A TIRANIA DOS FILHOS E A
ESCRAVIDÃO DOS PAIS
Até a
alguns anos atrás, os filhos estavam sob a responsabilidade, proteção e
cuidados dos pais. Por eles, eram educados, socializados, aprendiam como “viver
a vida” com dignidade, honestidade e conduzir-se de forma inteligente pelos
seus caminhos vindouros. Ainda com os seus genitores, treinavam os primeiros
passos e soletravam as primeiras letras do abecedário. Nos lares, apesar
das discórdias, menos graves que as de hoje, as famílias permaneciam unidas,
mesmo à custa de algumas renúncias dos pais. Aquela união, ainda que algumas
forçadas e suportadas; pelo menos criava um ambiente de segurança e conforto
que fortalecia o elo familiar e mantinha certa estabilidade social. É claro que
existiram exceções, com graves consequências psicobiológicas para a prole;
porém, as famílias produziam exemplos de grandes Homens e vultos
extraordinários na Ciência, nas Artes, na Literatura, na Política, no
Humanismo, etc. Nem é necessário dizer e nem dar exemplos dessas tantas
contribuições sociais que as famílias de antes nos proporcionavam; basta que se
leia sobre as grandes personalidades do Brasil de ontem.
Alguns
psicólogos (não psicobiólogos), pedagogos, sociólogos liberais e pouco ou nada
científicos, criticaram e cerraram fileiras contra a formação familiar de
antes; afirmando que os pais eram dominadores, tiranos e subjugavam os seus
filhos, impondo-lhes castigos físicos e morais. Como já dissemos, não há
duvidas que tais aberrações na educação familiar existiam naquele tempo; porém,
não era a regra geral. Pelo contrário, tínhamos mais famílias formadoras de
pessoas honestas e cultas, em comparação com a maioria das de hoje que tem gerado
filhos ingratos, drogados, agressivos, rebeldes, ignorantes e alienados;
indignos e incapazes de serem bons cidadãos. Pais de outrora, via-de-regra,
ensinavam e educavam com a pedagogia do amor, da cultura, do bom-senso, da
honestidade e do respeito mútuo; amavam os seus filhos e, se necessário fosse,
dariam as próprias vidas por eles. É claro que, de vez em quando e de quando em
vez, era necessário que aplicassem algumas palmadas saneadoras nos traseiros
dos seus rebentos mais rebeldes.
Hoje; os
pais são condenados e presos se tocam nos filhos e estes, é que dão pauladas
nos pais, tiram-lhes a vida e recebem prêmios dos políticos corruptos e
educadores incompetentes e demagogos. Mas, o que causou tamanha reviravolta na
educação familiar que está levando à falência da família e, por conseguinte, a
desestruturação social? Filhos não mais respeitam e nem obedecem aos seus pais;
alunos agridem os seus professores; adolescentes e crianças maltratam animais;
destroem plantas; pisam nos jardins; sujam o chão nas ruas; não querem estudar;
se tornam alcoólatras e drogados; furtam as notas escolares (“Cola”); não tem
amor a mais ninguém a não ser a si mesmo e nos quais tem interesse e, ainda, se
exibem nas Redes Sociais com fotos de suas tolices, suas crueldades e com o
vazio de suas nulas existências. Como já citamos em Trabalhos anteriores, a
desestruturação familiar teve início nos Anos Sessenta, com a rebelião de
drogados nos EUA, cujo lema era: “Paz e Amor”. Em verdade, ao invés da paz e do
amor prometidos; trouxeram-nos a desarmonia e o desamor; pois a falta de
cultura, a falta de responsabilidade, o sexo promíscuo e as drogas livres só
podem proporcionar ignorância, doenças sexuais, agressões, violência, crimes,
abortos e discórdia; isto é, a falência da Paz, do Amor e da Família... Foi o
que aconteceu!
Como
poderemos esperar Paz e Amor com Drogas alienantes; se a maioria dos crimes
mais perversos acontece sob o efeito dessas drogas psicotrópicas; e, que
Unidade Familiar pode prosperar com a promiscuidade e facilidade em trocar de
parceiros logo que enjoar do mesmo? Repetindo o que tantas vezes citamos:
depois da Pandemia Hippie; o BEM virou o MAL e o MAL se transformou no BEM;
tornando o Comportamento Negativo mais atraente e seguido; enquanto que o
Comportamento Positivo passou a ser rejeitado e abominado; notadamente nos dias
atuais. Foi assim que tudo ficou de “pernas para o alto” e invertido. Some-se a
isso a invasão do lixo da Televisão em quase todos os lares do mundo,
mostrando,difundindo,divulgando, condicionando as mentes e ensinando toda
espécie de degeneração mental, material, espiritual e moral; sem falarmos dos
filmes, vídeos, teatro, revistas e em outros tipos de comunicação, como a
Internet que mostra as mais variadas formas de perversão imagináveis e
inimagináveis.
Não resta
dúvida que estamos sob o Domínio do Mal, vendo a inversão dos valores em todos os
sentidos; principalmente entre pais e filhos, com relação ao respeito destes
com aqueles. Na prática clínica e nas reuniões e encontros com os pais, é
comum ouvirmos as lamentações e as suas reclamações referentes ao sofrimento,
despesas e dissabores que os seus filhos lhes causam. Há tempos, visitando
famílias de pacientes, de parentes, de amigos e de conhecidos, constatamos “in
loco”, a evidência e a veracidade da tirania dos filhos e as razões da escravidão
em que estão submetidos milhões de pais, não somente no nosso País; mas, nas
famílias do mundo inteiro. Agora, são os filhos que governam e tiranizam os
pais e, muitos deles arruínam as finanças da família, sugam até as últimas
gotas do suor e do sangue dos seus genitores; sem demonstrarem qualquer
sentimento de gratidão, piedade, compaixão ou de culpa. A rebeldia filial, como
forma consciente e/ou inconsciente de vingança é um fato rotineiro entre os
filhos na faixa etária que chamamos de “Idade da Mula” (depois explicaremos
essa “idade”). Essa é a idade em que o filho (ambos os sexos), geralmente na
fase de idade compreendida entre o início da puberdade e o final da
adolescência quando ele é novo em idade, um alienado mental e social. Nessa
fase etária, as queixas paternas são quase semelhantes entre elas e se resumem
nos seguintes comportamentos dos filhos:
-O uso ou
desejo de usarem drogas;
-desconhecem
a Literatura e o Vocabulário da própria Língua, usando um palavreado chulo,
repleto de palavrões e chavões nojentos. A nossa Língua Portuguesa contém mais
de 400 mil vocábulos; entretanto, eles usam um pouco mais de uma dúzia de palavras
para se comunicarem; geralmente através de palavras chulas, palavrões e gírias
repetitivas das gangues criminosas daqui e de além-mar.
-Precocidade,
desvios e promiscuidade sexual;
-desinteresse
pelos Estudos, pelo Saber, pela Ciência e pela Cultura;
-agressividade
constante com os pais e com os irmãos que não concordam com os seus desejos e
comportamento, podendo chegar à agressão física;
-comem
demasiadamente e se alimentam pessimamente; empanturrando-se com doces,
refrigerantes, sanduíches, balas e qualquer outro lixo químico da indústria
alimentícia, produtos aditivados e qualquer outra coisa produzida pelas
Empresas cancerígenas, nacional e multinacional que não se importam com a saúde
e a vida dos ignorantes e dos imaturos consumidores, principalmente na faixa
etária até os 25 anos. Estes são umas verdadeiras “Mulas” que se deixam levar
pelo condicionamento da propaganda dos capitalistas espertos, gananciosos e
espertalhões do comércio e da indústria da comilança mundial. Além disso:
-são
dorminhocos, preguiçosos, pouco ou nada higiênicos, desorganizados e
bagunceiros com os seus pertences e com as coisas da casa. Deixam torneiras e
chuveiros pingando; sabonetes no chão e toalhas molhadas largadas em qualquer
canto. Mesmo em tempo mais quente, tomam banho no grau mais quente do chuveiro.
Poucos ligam para o gasto dos seus pais com as contas de água e luz da casa,
deixando tudo aberto e ligado. Entrar no quarto da maioria deles (quase sempre
todo fechado e sem ventilação natural) é uma calamidade; uma bagunça
descomunal, um desleixo incomum, uma sujeira indescritível, uma total ignorância
biológica desconhecem a necessidade da oxigenação pulmonar), sociológica (não
se preocupam com o social) e humanística (deixam toda a sujeira e
desorganização para as suas mães limparem e cuidarem) numa desorganização
proporcional às suas mentes confusas e conflituosas;
-dormem
tarde e acordam tarde, ouvindo com todos os decibéis possíveis toda espécie de
escória sonora e assistindo aos programas mais tolos e desestruturantes da
televisão-lixo, repletos de cenas de violência, horror, terror, crueldade e de
comportamentos negativos e nefastos que condicionam os tolos e os imaturos a
segui-los e a praticá-los;
-são
rebeldes, como forma de vingança consciente ou inconsciente contra os pais, é
uma prática constante dos filhos nessa “Idade da Mula”.
-mentem em
demasia, quando demonstram ser “bonzinhos”, “caridosos”, ”prestativos” e
defensores dos comportamentos dos seus colegas desviados, dos mais pobres, dos
humildes, das minorias e dos esquecidos
sociais. Mas, na realidade, no dia-a-dia, tudo que dizem não passa de bravatas enganadoras;
pois, quem os vê ajudando velhinhos ou deficientes atravessando ruas? Quem são
os que andam em bandos nas ruas atacando pessoas e quebrando os bens públicos e
particulares? Quem picham muros, monumentos, prédios, etc.? Quem são os
admiradores e imitadores dos piores criminosos da Humanidade? Já repararam a
idade dos mais cruéis bandidos que estão nos atacando e nos matando? E a idade
dos motoristas que matam quase 50.000
brasileiros por ano? Quem vive se exibindo em correrias de carros e matando
inocentes pedestres nas calçadas? Eles sabem e se preocupam com as 6 crianças
que morrem de fome a cada hora somente no Brasil? Onde são vistos dando esmolas, alimentando ou
cuidando de mendigos nas ruas? Eles visitam orfanatos, asilos, creches e
hospitais para consolarem os que estão ali internados e sofrendo? Quem ajuda, dá
apoio e fica ao lado, dia e noite com os doentes hospitalizados da sua família?
São os tios e parentes mais velhos e até amigos e vizinhos desses doentes que
irão prestar ajuda e solidariedade na dor dos familiares; até mesmo os pais
internados encontrarão dificuldades para ter a ajuda desses seus filhos
rebeldes e ingratos que só querem saber da mordomia caseira e do prazer e gozo
das festinhas, boate e outros divertimentos com seus amigos de rua.
A “Idade
da Mula” é um termo criado por um homem sábio que não tem o sentido de agredir
e nem de menosprezar as pessoas de menor idade, ou “Pior Idade”; como deveria
ser conhecida. O termo “Mula” se origina do animal mula, que é um eqüino
conhecido por sua teimosia, pouca inteligência e de dar coices fortes. Essa
“Idade” se caracteriza pelos sinais ou características seguintes:
-rebeldia
contra tudo e contra todos que representam figuras de autoridade,
principalmente contra os pais e os professores;
-não
gostam de estudar, odeiam a Cultura Científica e detestam as pessoas Sábias e
Cultas. Por não cultivarem o conhecimento universal, ficam alienados e se
tornam presas fáceis para serem condicionados e aliciados por traficantes e
terroristas que os seduzem e com uma “lavagem cerebral” religiosa os tornam
traficantes e terroristas internacionais, prontos para explodirem os seus
próprios países, o mundo e a si próprios por uma causa fantasiosa que eles
desconhecem;
-não tem
asseio e não costumam lavar as mãos e com elas sujas, pegam nos utensílios
domésticos e nos alimentos;
-por onde
andam dentro de casa deixam um rastro de sujeira, desperdício e desarrumação;
-não sabem
se alimentar comem o que é de pior para a saúde e, por isso, vivem doentes e
adoecendo os pais com preocupações, desgosto, prejuízos materiais e mentais;
-a maioria
deles detesta as coisas naturais; principalmente as frutas, legumes e verduras;
prefere o artificialismo do AR dos ventiladores e dos aparelhos refrigeradores;
-deixam as
portas abertas das geladeiras, dos armários, dos guarda-roupas entulhados de
bagulhos e roupas sujas;
-devido à
frustração de suas vidas vazias, nulas e fúteis por só pensarem em si e só
enxergarem um palmo diante do próprio umbigo, fazem tudo para obterem aplausos
e a aceitação dos outros; utilizando-se de toda espécie de enfeites físicos,
penduricalhos no corpo e, quase sempre simbolizando imagens macabras e de
violência (caveiras, armas, sangue, etc.);
-usam a
linguagem, tatuagens e roupas semelhantes às usadas pelos piores criminosos
nacionais e internacionais. Quem vê o comportamento e ouve o linguajar dos mais
cruéis assassinos condenados à morte nas prisões norte-americanas; vai notar a
grande semelhança com o gosto, atos, linguagem e comportamento das “Mulas” do
mundo inteiro. É nossa hipótese que mentes semelhantes geram comportamentos
semelhantes, mesmo que as pessoas não se conheçam e estejam a milhares de km
umas das outras. É claro que cérebros que gravaram estímulos negativos semelhantes,
seja numa família chinesa ou brasileira, irão agir de forma semelhante. O
grande dilema e o terrível problema é que os meios de comunicação, notadamente
a Televisão, o Cinema, Vídeos, as Revistas, a Internet e outros; estão
divulgando, há décadas o que é de pior da Espécie Humana. Todo esse comportamento,
alienado e desestruturante dos filhos criou a imensa barreira que vem
separando-os dos seus pais. Como já frisamos acima, os alvos principais da
agressividade das “mulas” são as figuras dos pais, dos professores e de todos
aqueles que se lhes representam autoridade e controle. É a rebeldia anencéfala,
herdada da “Era Hippie”, do “Paz e Amor”; Paz com os amiguinhos drogados e Amor
livre e sem compromisso com as amiguinhas imaturas, rebeldes e desgarradas dos
cuidados paternos e... A Guerra com os Pais e com toda espécie de Autoridades.
Vejamos os princípios da desordem que nos legaram aqueles que foram conhecidos
como “Hippies”; que eram contra tudo que é natural e legal e, a favor de tudo
que é anormal, antinatural e ilegal. E, o que queriam com tal comportamento
desviante dos bons costumes? Queriam, dentre outros:
-sexo
livre sem compromisso e à vontade, com qualquer um;
-drogas
liberadas e com fartura;
-não dar
nenhuma satisfação dos seus atos; principalmente aos pais e às autoridades;
-o viver
somente o “aqui-e-agora”; isto é, interesse apenas no gozo e prazer do momento
e nada importando com as consequências futuras dos seus atos;
-nada de
Estudo Científico e de qualquer Cultura Clássica; foi o início da implantação
da Anticultura;
-anarquia
e desleixo generalizados; isto é: tudo é permitido e nada é proibido; etc.
Como os
Pais e as Autoridades responsáveis daquela Época não aprovaram e nem poderiam
aceitar tamanhas anarquia e libertinagem generalizadas; daí surgiram as
primeiras revoltas e raiva contra eles, principalmente contra os Pais. Ora,
sabemos que, quando uma pessoa imatura, seja pela pouca idade ou por
transtornos mentais, não é aceita ou não tem os seus desejos realizados... Surge
a Frustração. Importa lembrar que a FRUSTRAÇÃO é a causa da Agressividade e da
Violência. Quando uma pessoa imatura em razão da pouca idade ou por distúrbios
mentais fica frustrada; a sua reação consciente ou inconsciente é a Agressividade.
Nenhuma pessoa em estado normal e de felicidade poderá agredir a quem e ao que
quer que seja. Procurem pesquisar sobre a idade e/ou o estado mental dos
delinqüentes e criminosos mais cruéis! Com exceção das anomalias genéticas e
congênitas, todos nós nascemos com o potencial genético neural para aprendermos
e sermos inteligentes; daí a nossa diferença com os demais animais. Porém, se
não enriquecermos o cérebro com conhecimento científico; estaremos
iguais, em pensamento e em comportamento aos das Mulas.
Da
Tirania dos Filhos ao Masoquismo das Mães
Refiro-me
ao masoquismo das mães, porque são elas as que mais sofrem com a
desestruturação dos filhos. São elas que ficam acordadas esperando aflitas pela
volta deles ou são acordadas nas madrugadas para acudi-los nos seus desatinos e
nas consequências desastrosas de seus comportamentos desestruturados quando são
vítimas ou causadores de vítimas. Temos que pensar: porque uma Mãe se submete a
todos os caprichos, agressões, incompreensões, ingratidão e irresponsabilidade
de seus filhos? Imaginemos os milhões de mães que ficam escravas de seus
filhos; com as mãos calejadas por carregar pesos com compras para a casa;
lavando roupas, esfregando chão,cozinhando,costurando e arrumando os quartos deles,
diariamente! Enquanto eles dormem “curtindo” a ressaca da farra da noite
anterior, Elas acordam e levantam cedo para fazerem as coisas em casa para,
quando os dorminhocos saírem de suas tocas comerem, reclamando e pondo defeitos
na comida feita por suas cansadas e sofridas mães escravizadas e tornadas
masoquistas pelo imenso trabalho exigidos na criação e manutenção deles.
Muitos deles acordam e com os estômagos saciados, saem
para perambular com os amiguinhos pelos shoppings, lanchonetes, cinemas, etc.;
são as Mães que vão limpar e organizar toda a sujeira deixada no quarto
por eles. Ao invés de agradecerem, os mesmos retribuem com agressividades às
reclamações das suas desafortunadas Mães Masoquistas que assim se tornaram, com
o sofrer da repetição diária desse trabalho escravo, sendo que os seus filhos
Sádicos são os seus próprios algozes. É claro que este processo psicopatológico
é inconsciente para Eles e para Elas. Qualquer pessoa de fora da família
que tenha um mínimo de conhecimento psicológico notará os desvios mentais que
se formam no relacionamento familiar; principalmente entre uma mãe e um filho
envolvidos no quadro doentio do Sadomasoquismo. Porém é tão inconsciente esse
processo psicopatológico que, além de desconhecerem, a mãe e o filho reagem com
grande agressividade (principalmente a Mãe) contra aquele que os alertarem.
Isso se dá porque os seus Inconscientes Mentais resistem à cura. Não é raro que
o Clínico que trata essa disfunção mental seja agredido fisicamente pelos seus
pacientes Sadomasoquistas que assim agem para impedirem o Terapeuta de desfazer
o terrível ELO doentio em que estão envolvidos.
Eu mesmo já fui agredido, subta e fisicamente por
uma Mãe enfurecida quando foi alertada sobre o futuro dela e de seu filho único;
caso não mudasse o seu comportamento esquizofrenizante. Mas, porque acontece
este processo tão prejudicial para todos? O medo materno de perder a
estima e a companhia dos filhos (Para melhor compreender, procure ler no
Google o Trabalho intitulado "O Medo da Solidão"), com o
passar dos anos, por permanecerem no estado de sofrimento (Ela se matando pelos
filhos ingratos e irresponsáveis) em que os filhos a fazem sofrer;
cronifica-se o quadro Sado-masoquista. Isto é, a Mãe masoquista que sofre por
ter que "amamentar" as mulas já bem crescidas que sentem prazer ao
serem servidas pela desventurada Mãe. O pior é que esses hábitos e
comportamentos desestruturantes tornaram-se mundiais. Não há dúvida que se
tornou uma epidemia global. Em qualquer país as “Mulas” se comportam da mesma
maneira; perdem tudo, estragam tudo, raramente deixam os objetos que usa em
casa nos lugares em que pegou, deixam a pasta de dente destampada, o sabonete
que usou no chão do banheiro, toalhas e roupas íntimas jogados em qualquer
lugar, a escova largada até no bojo da pia em que todos lavam as mãos, cospem e
escarram. E quem vai arrumar limpar e por ordem na sujeira e na falta de higiene?
A mãe de cada um deles; seja aqui ou no Japão.
Isto seria apenas curioso, caso não fosse uma Síndrome
de uma patologia em suas mentes. Um dos grandes sinais de dependência e da
patologia Sado-masoquista é quando a Mãe, repetidamente, fica perguntando, insistindo
e até acordando o filho de mais de 6 anos para alimentá-lo, que se encontra
deitado e fechado em seu quarto; salvo se o mesmo estiver enfermo e incapaz de
se alimentar sozinho. Também é importante lembrar que o quadro Sado-masoquista
não está limitado nos laços familiares! É esperado que uma Mãe ou outra pessoa
masoquista também se submeta aos caprichos e ao sofrimento de estranhos que
venha a conviver ou ter contato, como empregados, vizinhos, visitas em sua
casa, etc. Nestes casos, o masoquista irá tratá-los de forma subserviente e
subalterna, tal como se lhes fosse inferior; ficando ela ansiosa para servi-los
com exagerada servidão e zelo, a fim de buscar o sofrimento que alimenta a sua
disfunção mental. Em outras palavras: uma pessoa masoquista sente prazer
Inconsciente em servir aos outros; ao mesmo tempo em que sofre Consciente pelo
desgaste do trabalho físico e mental de sua escravidão.
E o destino de todos os envolvidos? Pode ocorrer
que saiam do quadro Sado-masoquista sem o auxílio terapêutico (o que é
dificílimo); que não se tratem, ficando propensos à Depressão, Doenças
Psicossomáticas, risco de Violência familiar e Autodestruição de algum ou
alguns deles. Existe outro fator de risco para os personagens (Mães e Filhos)
envolvidos no quadro Sadomasoquista; é quando um dos dois morre ou fica
incapaz! Quem irá arcar com os cuidados tão ambíguos e patológicos com filho,
quando faltar-lhe a sua “supermãe”? Como sobreviverá a mãe se o seu especial
filhinho falecer? Em ambos os casos o sobrevivente poderá entrar no perigoso estágio
da depressão que poderá levá-lo à Autodestruição. É importante relembrar que
todo esse Quadro e o sofrimento causado na relação Sadomasoquista é um processo
Inconsciente aos envolvidos; tendo eles pouco ou nenhum conhecimento
(Consciência) do que se passa; apenas sofrem, sofrem e sofrem até que um
tratamento ou a morte os separem. Não é crível que uma Mãe deseje
conscientemente o seu sofrimento e o do filho, premeditando e executando a
ruína do futuro de ambos.
É doloroso, também, para o profissional da mente
observar o sofrimento acarretado pela patologia Sadomasoquista nas famílias dos
amigos, conhecidos e na sua própria e nem sempre poder sequer comentar ou
discutir com eles sobre a extensão e o prognóstico do Mal. Vivendo apenas para
os filhos (pior se tiver apenas um filho), a mãe não terá tempo para cuidar de
si e abandona tudo, até a atividade sexual, tão importante para a sua psique e
para o seu corpo. A salutar energia sexual que é a Libido será sacrificada e
desviada para a manutenção material (principalmente alimentar) e afetiva do
filho que se torna sádico e torna a mãe...Masoquista.
No síndrome Sadomasoquista sobressaem outros tantos
efeitos colaterais doentios que afetam pais e filhos; além de
parentes,amigos,colegas,etc.. Um dos mais graves se verifica quando há o
envolvimento de uma Mãe Madura com o
Filho Único ou com o Mais Novo (caçula). O excessivo cuidado dela com esse
filho é fonte de alguns graves distúrbios psicofísicos, como: desvios sexuais, obesidade,
diabete, ansiedade, insucessos profissionais e sociais, depressão, neuroses, psicoses
e, até suicídio. Por isso é que alguns clínicos denominam essas mães de “Mães Esquizofrenizantes”.
Desvios sexuais ocorrem porque a Libido da mãe (sua energia sexual) é desviada
para a dedicação ao filho. Toda, ou quase toda a energia vital da sua
sexualidade é represada em favor do
“bem-estar” do filho; em prejuízo do bem-estar e saúde dela. Não é raro que
essa mãe, sexualmente reprimida, fique assexuada e sinta repulsa de sexo e,
rejeite qualquer tipo de carinho erótico masculino. O filho único, sob o
domínio do relacionamento “pegajoso” materno, poderá ter a sua sexualidade
afetada; dirigindo a sua energia libidinal para a mãe (ou, a Filha para o Pai,
caso seja ela e o pai os envolvidos na relação Sadomasoquista). Os outros efeitos psicobiológicos acima
citados, como por exemplo, a Diabetes; poderão se desenvolver, colateralmente,
em ambos, principalmente no filho, pelo excesso de comida (rica em
carboidratos) que a mãe insiste em abarrotar o seu estômago, advindo a
obesidade e, conseqüentemente, a diabetes. Infelizmente, é evidente o
envelhecimento precoce de tal mãe, em decorrência do imenso desgaste psíquico,
físico e material que nela se abate.
Se todos
os familiares não se submeterem a um tratamento psicoterápico sério,
competente e psicobiológico; o futuro psicofísico de todos estará comprometido.
Tanto os filhos sádicos, como os seus pais masoquistas devem se tratar com
terapias de sessões alternadas, onde todos deverão freqüentar as Sessões
familiares e individuais, alternando o tratamento, ora com os pais, ora com os
filhos, individual e coletivamente. Não é um tratamento fácil e nem rápido;
haja vista que o Terapeuta encontrará grande resistência dos pacientes,
sofrendo o Psicólogo grande rejeição e agressões de todos familiares (principalmente
da Mãe) que tentarão impedir a quebra da dependência mental mórbida que construíram
e a mantém... O Sado-masoquismo.
Minas
Gerais, 12 de janeiro de 2015.
Carleial. Bernardino
Mendonça.
Psicólogo-Clínico,
Estudante de Direito, Escritor e Pesquisador nas Áreas do Direito e da
Psicobiologia.
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