Powered By Blogger

segunda-feira, 18 de julho de 2011

"PERCEPÇÃO EXTRA-SENSORIAL" E "SEXTO SENTIDO"



                 “PERCEPÇÃO  EXTRA-SENSORIAL”  E  “SEXTO SENTIDO”

            

Muitos de nós conhecemos a forma de o nosso cérebro captar as informações do meio ambiente para o seu interior, a fim de criar e manter a nossa extraordinária vida mental. É por meio dos cinco sentidos: visão, audição, gustação, olfação e tato, que logramos conhecer o nosso mundo exterior e as condições internas do nosso organismo. Deste modo, o sentido da vida animal, principalmente dos humanos, depende das informações que colhemos,armazenamos e conservamos dentro do cérebro; ainda que, no começo da nossa vida, alguns desses conhecimentos e comportamentos são geneticamente adquiridos; como: o automatismo de certos reflexos infantis.

Esta é a forma convencional de o cérebro receber os dados do mundo externo e usá-los da melhor forma possível para adequar à vida o seu portador. Essas informações do meio externo, captadas pelos órgãos dos sentidos, são canalizadas para o sistema nervoso central, em forma de impulsos eletroquímicos, codificados de acordo com as características peculiares de cada estímulo. Chegando ao cérebro, esses impulsos são decodificados e armazenados em locais geneticamente programados, ainda não inteiramente conhecidos; embora já se tenha evidências capazes de logo conhecermos melhor, as formas de gravarmos e retermos os traços de memória, de criarmos os pensamentos, elaborarmos as idéias, etc.  Quando isto acontecer,creio que ficará mais esclarecido o mistério que cerca a mente e, por certo, a fronteira entre o físico e o mental tornar-se-á mais tênua. Desta maneira, é fácil de se ver que o viver inadequado, individual ou social, é conseqüência de um cérebro com pouco conhecimento, escassa cultura e reduzido saber, gravados em seus neurônios e, conseqüentemente, sem condições de criar uma Mente rica, sadia, positiva e útil a si e aos demais.

As exceções dessa pobreza mental que leva a uma vida inadequada e infeliz ficam por conta das deficiências cerebrais genéticas, congênitas, adquiridas ou traumáticas. Mas, é provável que o cérebro possua outras formas de captar os estímulos ambientais, além dos cinco sentidos já conhecidos e citados. Há muito se especula sobre a possível  existência de outros modos de recebermos informações do meio ambiente. Um “Sexto Sentido” vem sendo imaginado por alguns, principalmente por escritores de ficção. Muitas pesquisas foram realizadas a fim de se comprovar a veracidade dessa hipótese, especialmente por estudiosos da Parapsicologia, ramo do conhecimento que se dedica aos fenômenos considerados, ainda, extraordinários. Mas, não é somente a Parapsicologia que estuda tão intrigante assunto. A “Ciência Oficial”, principalmente a Psicologia, vem envidando esforços nesse sentido e os relatos Psicobiológicos sobre as percepções “paranormais” têm se acumulado nos últimos anos.

Em pesquisas mais recentes, as evidências de novas fronteiras perceptivas estão sendo consideradas sob o rigor físico experimental. Nos EUA, há poucos anos, os fenômenos relacionados com o “Estado de Morte Aparente” (EMA), têm sido estudados com muito interesse por pesquisadores da Psicologia e da Medicina, encontrando-se alguns indícios sólidos de que possuímos a capacidade de captarmos e pressentirmos acontecimentos do meio físico, além dos cinco modos naturais que conhecemos. Ouvindo históricos de uma dezena de pessoas, verificamos que o fenômeno da “percepção extra-sensorial” encontra-se mais presente em Mães, nos acontecimentos relacionados com filhos ausentes, doentes, atravessando dificuldades ou passando por perigos iminentes. Este sentimento, condição e pressentimentos maternos, devem-se à grande ligação física, emocional e mental existente, por ter sido ele, o fruto do seu ventre. Embora essa capacidade perceptiva seja mais natural e evidente na mente materna; ela, também está presente, em menor intensidade, nos pais, amigos, parentes e nos verdadeiros amantes, naqueles onde o Amor autêntico reside, de fato. A percepção extra-sensorial ou o sexto sentido é quase exclusivo nas mulheres, pelo motivo óbvio de que somente elas são capazes de gerar filhos (embora, não irá nos assustar se brevemente, alguns homens se engravidarem). Se, de fato, temos mais essa capacidade perceptiva, pouco ou nada explorada nas condições normais da nossa vida; então, descortina-se um rico potencial de novos conhecimentos ...e poderes.  

Exercitar e poder usar novas percepções sensoriais, fazem-nos acenar com uma imensa possibilidade de melhorarmos os relacionamentos sociais e inúmeros outros benefícios práticos. A “extra-sensibilidade” tem sido verificada com maior intensidade nos estados alterados da consciência, como por exemplo, no “estado de coma”. Alguns históricos de fatos desta natureza foram relatados por profissionais que atuam no campo cirúrgico,quando os pacientes estiveram em coma, ou foram declarados, clinicamente mortos. Esses pacientes, ao “ressuscitarem”, fizeram declarações posteriores sobre o que lhes tinham acontecido durante o tempo em que estavam inconscientes, naqueles momentos mais dramáticos de suas existências. Suas estórias guardam evidentes semelhanças entre si; e são impressionantes no que tange a fatos ainda pouco conhecidos pela Ciência; bem como, pelo mistério que sempre envolveu esses estados de “ausência” e de obnubilação da consciência. As obras escritas sobre o EMA (Estado de Morte Aparente) provocaram grande polêmica nos meios científicos e leigos. De modo geral, há muita descrença entre os primeiros, porque as conclusões dos autores daquelas obras apoiaram-se em relatos obtidos dos próprios pacientes. Estes poderiam ter feito suas narrações de acordo com as suas crenças, religião e expectativas de vida e de morte. As estórias desses pacientes que relatavam, dentre outras coisas, o encontro com os seus entes queridos já falecidos; poderiam ser apenas, a manifestação alucinatória do grande desejo deles de reverem aqueles que tanto amaram (e amam).

Quem não gostaria de ter, novamente, em sua companhia, as pessoas que nos foram tão caras e amadas, como os nossos pais, irmãos, esposos e os amigos verdadeiros?  O cérebro, nos momentos extremos da vida e em situações fisiológicas graves, pode tornar accessível à mente, o seu vasto estoque de memória, proporcionando a ela a criação instantânea de imagens, sons, odores e outras percepções anteriormente assimiladas. Além disto, as secreções de substâncias químicas especiais pelos neurônios em agonia podem parecer factíveis as manifestações vívidas de seus anseios afetivos mais acalentados. Mas isso, o cérebro e a mente já fazem! Existe comprovação científica desses fatores neuropsicológicos. Entretanto, um caso relatado por um desses doentes críticos, acompanhado por pesquisadores meticulosos, deu margem a outros debates sobre uma provável “percepção extra-sensorial”. Nesse relato, o paciente ao retornar de sua “morte”, contou que havia estado com os seus parentes falecidos e, entre eles, estava um irmão seu, até então vivo e com saúde, antes daquele paciente ser internado no hospital. Acontece que, enquanto ele estava inconsciente,em estado de coma, o irmão falecia em um acidente de trânsito. O paciente não soubera de maneira alguma que o irmão havia morrido naqueles dias. Se ele não foi informado da morte do irmão, não poderia ter qualquer gravação em seu cérebro, relacionada ao acidente que o vitimou, enquanto ele estava hospitalizado e em coma. Como não tinha qualquer informação e gravação do fato, como poderia a sua mente criar uma fantasia, como argumentaram alguns, sobre um acontecimento que nem de leve passara por seu “estoque” de memória?

Isso deu muito que falar; pois é evidente que ninguém pode pensar, raciocinar, fantasiar ou mesmo sonhar com acontecimentos cujos traços não passaram pelo SNC (Sistema Nervoso Central), principalmente fatos dessa natureza! O paciente em foco comunicara-se com o irmão (ou este com ele; ou ambos) por vias sensoriais ainda desconhecidas por nós, evidenciadas em situações especiais da nossa existência. Por tais razões, é importante termos o máximo de cuidado quando estivermos na presença    de alguém em circunstâncias semelhantes. Todos aqueles profissionais que cuidam de doentes terminais ou que estejam inconscientes, devem observar, criteriosamente, o que dizem e fazem diante deles, pois, podem estar captando o comportamento dos que lhe estão ao redor. Mesmo quando uma pessoa encontra-se desmaiada ou simplesmente dormindo; provavelmente terá alguma via sensorial de “plantão”, aberta para o mundo que a cerca; inclusive para a sua proteção; veja o resultado ao  picar  ou queimar,  de leve, alguém que dorme!

Pessoalmente, acompanhei três casos que corroboram o enunciado deste Trabalho e reforçam os milhares de experimentos de outros pesquisadores mais afamados, na área da Neuropsicologia. Nos três casos observados, ouvimos os relatos dos seus protagonistas que passaram pela situação crítica de terem sido, clinicamente, considerados mortos. Eles recobraram a consciência, depois de demorado estado de inconsciência, em coma profundo. O que nos contaram coincidiu não só entre si; mas também, com os relatos de milhares de outros pacientes que passaram por situação idêntica. Os três nos narraram que ouviam e viam o que médicos, enfermeiros e outros que estavam na sala, discutiam sobre os seus estados de saúde e tinham uma razoável apercepção dos acontecimentos que se desenrolavam ao seu redor. Contaram, ainda, que se entristeceram quando os atendentes não lhes davam atenção e, principalmente, quando aqueles falavam de assuntos frívolos,piadas e outros impropérios, alheios aos seus sofrimentos e angústias, diante de seus corpos inertes. Como exemplos reclamaram (sem poder ser ouvidos) quando os seus atendentes os tratavam com descuido, apressadamente, a fim de se “livrarem” deles para cuidarem de seus interesses particulares; discutiam sobre futebol, novelas e banalidades diversas. Um desses pacientes que analisamos, contou-nos que ficara extremamente angustiado ao ouvir os médicos darem-no como desenganado e se apavorou com a idéia de ser enterrado vivo. Ouviram comentários negativos de familiares e visitantes que diante de seus corpos, falaram da gravidade dos seus estados de saúde e alguns outros comentários que jamais deviam ser falados ao leito de um moribundo.

Este Trabalho foi realizado com a intenção que vai além da individualidade. Aos pais, principalmente às mães e seus filhos, seria aconselhável que dessem ouvidos aos seus pressentimentos, evitando determinadas atitudes, viagens, divertimentos, esportes radicais, etc., quando mal pressagiados!  O mais importante, entretanto, é alertar aqueles que assistem ou estejam diante de pessoas nessas circunstâncias extremas da vida. Médicos, Enfermeiros, psicólogos, atendentes, parentes, amigos e visitas devem se abstiver de fazerem quaisquer comentários que não sejam otimistas para o enfermo, mantendo-se numa conduta respeitosa e de esperança na sua recuperação; mesmo que ele tenha sido desenganado, e mesmo, tido como morto.  Comportar-se assim, é, antes de tudo, uma obrigação ética, um dever cristão e de humanidade.

                                           ---------------------------------------

Belo Horizonte, verão de 1989;
Ouro Preto, verão de 2011.



CARLEIAL. Bernardino Mendonça.

Psicólogo-Clínico pela Universidade Católica de Minas Gerais;
Estudante de Direito da Universidade Estácio de Sá;
Escritor e Pesquisador nas áreas da Psicobiologia e do Direito.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

" O VOTO DOS INSENSATOS "

                        "O  VOTO  DOS  INSENSATOS"

O tempo está passando mais depressa e, em breve, a sociedade brasileira estará escolhendo, mais uma vez, os seus governantes e representantes. Esses cargos, os mais importantes  da Nação, têm tudo a ver com os nossos interesses mais imediatos e mediatos. Deputados, Governadores, Vereadores, Prefeitos, Senadores e Presidente da  República, interferem de forma direta nos nossos lares, no nosso dia-a-dia, no  presente e futuro dos nossos filhos e de todas as famílias e cidadãos que formam a Sociedade. Os cargos políticos mais simples servem de trampolim para os seus ocupantes alcançarem posições mais elevadas nas suas ambições e trajetórias políticas, não raro chegando à suprema magistratura da nação; que é o sonho de todos eles.

Os políticos que iremos   escolher e eleger, irão nos representar, governar, elaborar e decretar leis que beneficiarão ou prejudicarão a maioria da população, como por exemplo, mudando costumes, legislando para si, para a sua família e para os seus amigos e compadres; criando normas e promulgando impostos ao seu bel-prazer, de forma muitas vezes arbitrária e injusta, afetando a minguada economia doméstica das pessoas honestas. São eles os responsáveis diretos pela qualidade de nossa vida, como a educação, segurança, aplicação da justiça, saúde, transportes, saneamento básico, higiene, lazer, vias públicas e outras importantes necessidades sociais.

Para cumprirem tão relevantes serviços, é mister que os nossos representantes sejam escolhidos de forma consciente, séria e madura, para que não tornemos a nos frustrar e a lamentar, arrependendo-nos ( como já o fizemos tantas vezes), com a escolha infeliz  de políticos e governantes amorais e imorais que há séculos flagelam a nossa estremecida Pátria. Ninguém pode negar que as nossas escolhas eleitorais têm sido a causa de toda a nossa  miséria moral, material e social. Pelos políticos que temos, devemos olhar para o “alto”, bater no peito três vezes e exclamar constrangido: “Mea culpa, mea máxima culpa”. Dizia Platão que o governante deve ter em vista somente o bem público, jamais visar a si mesmo. É pouco provável que encontremos algum político ou candidato à altura deste preceito platônico. Apesar do baixo nível cultural, moral e mental de muitos candidatos, é obrigação de todo eleitor escolher, pelo menos os menos ruins.

É indispensável conhecermos a biografia dos candidatos, antes de concedermos-lhes a licença para nos representar. Quando, a cada pleito eleitoral elegemos oportunistas, desonestos, ignorantes e incompetentes, estamos deteriorando as nossas consciências, o futuro da nossa pátria, o porvir dos nossos filhos e o destino da própria sociedade. A irresponsabilidade dos eleitores é a causa maior da decadência moral, social, política e econômica que cronicamente maltrata o Brasil. Dezenas de novos candidatos atraídos pela cobiça do “melhor emprego do mundo”, e muitos outros velhos e conhecidos sanguessugas repetentes, constam em “listas sujas” que circulam, há muito, na Internet e em publicações oficiais ou não, com implicações na Justiça, processados por diversos crimes de maior ou menor gravidade. Muitos deles serão reeleitos e outros tantos serão eleitos pelo voto ignorante, pela curta memória e irresponsabilidade  de milhões de incautos brasileiros. O que podemos esperar e exigir de tais representantes?

Nas próximas Eleições, teremos mais uma chance de resgatarmos a nossa honra, nossa responsabilidade, nosso caráter e a nossa credibilidade, perdidas ao longo das muitas Eleições passadas. Votamos e elegemos contumazes espertalhões e notórios corruptos que fizeram da Política uma fonte eterna de enriquecimento ilícito próprio, familiar e dos amigos. Sob a proteção do manto da imunidade parlamentar eles garantiram o alvará e o direito ao crime sem castigo. É óbvio que não estamos nos referindo a todos os governantes e políticos; sabemos e conhecemos as honrosas exceções que não freqüentam as manchetes e as páginas criminais dos Jornais, Televisão e Revistas. Estamos nos constituindo em uma sociedade masoquista que tornou crônica a escolha  dos seus próprios algozes. Em verdade os nossos políticos estão longe de exibirem a envergadura moral e cívica de muitos políticos probos do passado. Estaremos a exigir demais dos atuais políticos e governantes se formos compará-los aos seus ilustres antecessores, do início da República. Entretanto, temos o direito de exigir deles um mínimo de decência, compostura e competência. Afinal, nós os colocamos nesses cargos para conduzirem os nossos destinos com zelo, decência, honestidade e competência; pagando-lhes altos salários e mordomias sem paralelo, além de muitas outras vantagens e estratagemas obscuros.

Isso já são um acinte e um atentado contra milhões de trabalhadores honestos que vivem no limiar da miséria material e cultural. Um país que ostenta os mais elevados níveis mundiais de pobreza, criminalidade, corrupção e ignorância; apresenta, por outro lado, os maiores gastos com os seus políticos e a sua politicagem. Bradam aos Céus as intermináveis filas para o atendimento médico público do INSS  e de seus conveniados, onde e quando milhões de pessoas carentes de recursos (e de futuro), idosos doentes, inválidos, deprimidos, revoltados e desnutridos, recebem como prêmio de uma vida inteira de trabalho honesto; a devolução minguada dos mais de trinta anos de contribuição previdenciária. Quanto do suor desses pobres miseráveis não é desviado para manter os imensos privilégios que irão gozar  muitos desses candidatos eleitoreiros que já estão “de olho” nas próximas Eleições! Evitaremos que os velhos e notórios corruptos de hoje continuem a nos surrupiar ou outros larápios, de hoje e de amanhã, retornem com os seus séquitos de vorazes vampiros do sangue da Nação? Vai depender de cada um de nós, com um pingo de consciência, honestidade e instrução primária.

É vergonhoso e desumano o contraste entre esses desafortunados brasileiros e os seus opulentos e peraltas “representantes”. “Cada povo tem o governo que merece”! Esta frase é antiga, conhecida por todos, e ninguém duvida que ela se aplique  à nossa sociedade. Se soubéssemos votar e escolhêssemos melhor os nossos candidatos, teríamos, hoje, uma sociedade mais rica, justa e competente. Falo muito em competência porque é ela que gera tecnologia, riqueza e trabalho. Não resta dúvida que a miséria social, moral, política e econômica que, cronicamente, nos atingem; são  frutos da nossa ignorância e irresponsabilidade social, por elegermos como representantes indivíduos ímprobos que desviam até as doações que recebemos de outros países e as parcas verbas  destinadas à merenda escolar de crianças famintas e dos miseráveis flagelados das secas e das enchentes. Os meios de comunicação estão aí, nos mostrando, diariamente, os atos imorais e impunes de muitos políticos dessa natureza. Sem falarmos das falcatruas que são acobertadas e não chegam ao conhecimento público. Mas, só o que vem à tona, é suficiente para nos causar o desabono e o descrédito na maioria desses representantes, eleitos por nós.

Não resta dúvida que ainda não aprendemos a escolher bem os nossos representantes. Votamos em qualquer indivíduo e, muitos deles, notórios desqualificados morais. Damos o nosso voto por gratidão em alguém que nos pagou uma cerveja, que nos deu um milheiro de telhas ou tijolos ou nos fez um favor qualquer; votamos em fulano que é parente, amigo de um conhecido, de um colega de trabalho, do vizinho ou companheiro de farra. Votamos em indivíduos que no ano eleitoral desfilam sorridentes pelos Mercados Municipais e Ruas, abraçando e beijando criancinhas pobres e suas raquíticas mães; candidato que aparece no balcão do boteco, dando tapinhas nas nossas costas, perguntando “interessado” pelas crianças (que, nem sempre  temos); elogiando  a nossa ”saúde” (que nem sempre temos) e muitas outras baboseiras pré-eleitorais. Prometemos votar em alguém que nunca ouvimos falar e que nos “empurra” um “santinho”, em cujo verso está estampada a sua foto, que às vezes  mais se parece com um marginal que  propriamente um candidato a um cargo de tamanha importância para a Sociedade. Votamos ainda, em Partidos, sem nos preocuparmos com a idoneidade moral e psíquica dos candidatos que eles nos oferecem. Praticamos, ainda, um crime social, quando, na última hora, na “boca da urna”, aparecem oportunistas (“cabos eleitorais”) forçando o voto da gente humilde e ignorante da periferia e nas cidades do Interior. Continuamos a votar pela beleza física, erudição, riqueza e carisma de certos candidatos que não servem nem para serem eleitores, quiçá para  representantes sérios e honestos.

Persistimos em vender e barganhar o nosso voto, elegendo até psicopatas. Quem conhece o comportamento de muitos políticos em pequenas cidades interioranas, verifica a trajetória perversa de alguns desses indivíduos para alcançarem os privilégios, proteção  e as facilidades desonestas que decorrem da  fama e do poder. São nesses pequenos “currais eleitorais” que nascem e nasceram muitos vultos nacionais. São nesses recantos humildes, distantes e esquecidos que os demagogos e desonestos, explorando a boa-fé e a ignorância dos humildes, iniciam a escalada para atingirem os cargos mais elevados da República, quando então, livremente poderão legislar em causa própria, usufruindo com os seus familiares e amigos, da parca riqueza nacional que  eles não contribuíram. O desrespeito à sociedade é tão grande que virou moda aqueles que são eleitos, nomearem seus amigos e correligionários que foram derrotados nas urnas, alojando-os em importantes cargos públicos, onde irão se locupletar das finanças públicas. Pelos péssimos exemplos que dão à população (principalmente aos incultos, imaturos e aos marginalizados), é que entendemos os principais motivos da nossa decadência moral, social e econômica.

Políticos eleitos, dessa forma irresponsáveis, sentem-se descompromissados de seus eleitores e com o social; já que foram eleitos à revelia da vontade honesta popular. Alguns deles, derrotados pelos votos  e recompensados por  seus correligionários eleitos podem sentir rancor do povo que não os elegeu e, assim, praticar toda sorte de manobras desonestas e prejudiciais, nas funções públicas que lhes foram presenteadas. É por tudo isso, bem como, por outros fatos escandalosos que se passam nos bastidores da política é que somos uma Nação rica com um povo miserável. Ainda se tem a ousadia e heresia de dizer-se que “Deus é brasileiro”!  Se o Criador já foi um dia brasileiro; há muito que Ele  já devolveu esta cidadania, envergonhado do povo que aqui colocou como diz aquela velha piada do japonês que foi reclamar de Deus por ser o Japão um país tão pequeno e acidentado.  Novamente começam a surgir os candidatos com as mesmas promessas não cumpridas de sempre; a mesma demagogia eleitoreira que, embora se repita há séculos, continua enganando grande parte da população, alienada  pela pobreza material, cultural e mental.

Muitos deles serão eleitos e irão governar ou desgovernar as nossas Cidades, nossos Estados e o nosso País. Perpetuarão o  círculo vicioso da miséria material, moral e mental que nos açoita, impiedosamente, desde o Império. Todos eles voltarão a acenar com os velhos e desgastados chavões demagógicos como: “povo”, “massa”, “operariado”, “menos afortunados”, “preservação ecológica”, “menor abandonado”, “democracia”, “autoritarismo”, “marginalizados”,”entulho autoritário”, “liberdade” e muitos outros muito bem decorados. Exibirão suas faces sorridentes e angelicais em cartazes, calendários, “santinhos” e na televisão. Picharão as calçadas, muros, passeios, postes e árvores com os seus falsos perfis e ideologias. Novamente vamos vê-los e ouvi-los trocando acusações mútuas (algumas vezes combinado), em que cada um tentará provar-nos que o concorrente é mais corrupto. Todos eles procurarão ostentar aquela auréola que costuma cingir as cabeças dos anjos, santos e mártires. Neste ano eleitoreiro, muitos políticos procurarão valorizar e moralizar a sua profissão, criando “Sindicâncias” e “Comissões” para simularem a apuração dos seus próprios crimes. Os governantes, nesta época, se tornam bons e piedosos, acelerando e inaugurando  obras inacabadas de seu início de governo; financiando tudo para os pobres, desde radinhos de pilha até conjuntos habitacionais; dando aumento aos assalariados (que antes alegavam não ter “caixa” para dar), destinando verbas para tudo e para todos; “segurando” os preços de produtos essenciais (para depois majorarem absurdamente), reduzindo impostos, anistiando caloteiros, etc., etc.

Finalmente, é bom lembrar que a nossa vida, o bem-estar de todos nós e o destino dos nossos filhos irão depender da  escolha que fizermos nessas próximas eleições de  outubro. Jamais se esquecer de observar a vida pregressa de todos os candidatos que aí estão. Não dê o seu voto a nenhum deles que esteve ou esteja envolvido em qualquer tipo de crime.

                                             ————————

Carleial. Bernardino Mendonça;
Belo Horizonte – MG.
Perfil do Autor:
Psicólogo-Clínico pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais;
Estudante de direito da Universidade Estácio de Sá;
Escritor e Pesquisador na área da Psicobiologia e do direito.

" PERCEPÇÃO EXTRA-SENSORIAL" E "SEXTO SENTIDO"

                   “PERCEPÇÃO  EXTRA-SENSORIAL”  E  “SEXTO SENTIDO”



Muitos de nós conhecemos a forma de o nosso cérebro captar as informações do meio ambiente para o seu interior, a fim de criar e manter a nossa extraordinária vida mental. É por meio dos cinco sentidos: visão, audição, gustação, olfação e tato, que logramos conhecer o nosso mundo exterior e as condições internas do nosso organismo. Deste modo, o sentido da vida animal, principalmente dos humanos, depende das informações que colhemos,armazenamos e conservamos dentro do cérebro; ainda que, no começo da nossa vida, alguns desses conhecimentos e comportamentos são geneticamente adquiridos; como: o automatismo de certos reflexos infantis.

Esta é a forma convencional de o cérebro receber os dados do mundo externo e usá-los da melhor forma possível para adequar à vida o seu portador. Essas informações do meio externo, captadas pelos órgãos dos sentidos, são canalizadas para o sistema nervoso central, em forma de impulsos eletroquímicos, codificados de acordo com as características peculiares de cada estímulo. Chegando ao cérebro, esses impulsos são decodificados e armazenados em locais geneticamente programados, ainda não inteiramente conhecidos; embora já se tenha evidências capazes de logo conhecermos melhor, as formas de gravarmos e retermos os traços de memória, de criarmos os pensamentos, elaborarmos as idéias, etc.  Quando isto acontecer,creio que ficará mais esclarecido o mistério que cerca a mente e, por certo, a fronteira entre o físico e o mental tornar-se-á mais tênua. Desta maneira, é fácil de se ver que o viver inadequado, individual ou social, é conseqüência de um cérebro com pouco conhecimento, escassa cultura e reduzido saber, gravados em seus neurônios e, conseqüentemente, sem condições de criar uma Mente rica, sadia, positiva e útil a si e aos demais.

As exceções dessa pobreza mental que leva a uma vida inadequada e infeliz ficam por conta das deficiências cerebrais genéticas, congênitas, adquiridas ou traumáticas. Mas, é provável que o cérebro possua outras formas de captar os estímulos ambientais, além dos cinco sentidos já conhecidos e citados. Há muito se especula sobre a possível  existência de outros modos de recebermos informações do meio ambiente. Um “Sexto Sentido” vem sendo imaginado por alguns, principalmente por escritores de ficção. Muitas pesquisas foram realizadas a fim de se comprovar a veracidade dessa hipótese, especialmente por estudiosos da Parapsicologia, ramo do conhecimento que se dedica aos fenômenos considerados, ainda, extraordinários. Mas, não é somente a Parapsicologia que estuda tão intrigante assunto. A “Ciência Oficial”, principalmente a Psicologia, vem envidando esforços nesse sentido e os relatos Psicobiológicos sobre as percepções “paranormais” têm se acumulado nos últimos anos.

Em pesquisas mais recentes, as evidências de novas fronteiras perceptivas estão sendo consideradas sob o rigor físico experimental. Nos EUA, há poucos anos, os fenômenos relacionados com o “Estado de Morte Aparente” (EMA), têm sido estudados com muito interesse por pesquisadores da Psicologia e da Medicina, encontrando-se alguns indícios sólidos de que possuímos a capacidade de captarmos e pressentirmos acontecimentos do meio físico, além dos cinco modos naturais que conhecemos. Ouvindo históricos de uma dezena de pessoas, verificamos que o fenômeno da “percepção extra-sensorial” encontra-se mais presente em Mães, nos acontecimentos relacionados com filhos ausentes, doentes, atravessando dificuldades ou passando por perigos iminentes. Este sentimento, condição e pressentimentos maternos, devem-se à grande ligação física, emocional e mental existente, por ter sido ele, o fruto do seu ventre. Embora essa capacidade perceptiva seja mais natural e evidente na mente materna; ela, também está presente, em menor intensidade, nos pais, amigos, parentes e nos verdadeiros amantes, naqueles onde o Amor autêntico reside, de fato. A percepção extra-sensorial ou o sexto sentido é quase exclusivo nas mulheres, pelo motivo óbvio de que somente elas são capazes de gerar filhos (embora, não irá nos assustar se brevemente, alguns homens se engravidarem). Se, de fato, temos mais essa capacidade perceptiva, pouco ou nada explorada nas condições normais da nossa vida; então, descortina-se um rico potencial de novos conhecimentos ...e poderes.  

Exercitar e poder usar novas percepções sensoriais, fazem-nos acenar com uma imensa possibilidade de melhorarmos os relacionamentos sociais e inúmeros outros benefícios práticos. A “extra-sensibilidade” tem sido verificada com maior intensidade nos estados alterados da consciência, como por exemplo, no “estado de coma”. Alguns históricos de fatos desta natureza foram relatados por profissionais que atuam no campo cirúrgico,quando os pacientes estiveram em coma, ou foram declarados, clinicamente mortos. Esses pacientes, ao “ressuscitarem”, fizeram declarações posteriores sobre o que lhes tinham acontecido durante o tempo em que estavam inconscientes, naqueles momentos mais dramáticos de suas existências. Suas estórias guardam evidentes semelhanças entre si; e são impressionantes no que tange a fatos ainda pouco conhecidos pela Ciência; bem como, pelo mistério que sempre envolveu esses estados de “ausência” e de obnubilação da consciência. As obras escritas sobre o EMA (Estado de Morte Aparente) provocaram grande polêmica nos meios científicos e leigos. De modo geral, há muita descrença entre os primeiros, porque as conclusões dos autores daquelas obras apoiaram-se em relatos obtidos dos próprios pacientes. Estes poderiam ter feito suas narrações de acordo com as suas crenças, religião e expectativas de vida e de morte. As estórias desses pacientes que relatavam, dentre outras coisas, o encontro com os seus entes queridos já falecidos; poderiam ser apenas, a manifestação alucinatória do grande desejo deles de reverem aqueles que tanto amaram (e amam).

Quem não gostaria de ter, novamente, em sua companhia, as pessoas que nos foram tão caras e amadas, como os nossos pais, irmãos, esposos e os amigos verdadeiros?  O cérebro, nos momentos extremos da vida e em situações fisiológicas graves, pode tornar accessível à mente, o seu vasto estoque de memória, proporcionando a ela a criação instantânea de imagens, sons, odores e outras percepções anteriormente assimiladas. Além disto, as secreções de substâncias químicas especiais pelos neurônios em agonia podem parecer factíveis as manifestações vívidas de seus anseios afetivos mais acalentados. Mas isso, o cérebro e a mente já fazem! Existe comprovação científica desses fatores neuropsicológicos. Entretanto, um caso relatado por um desses doentes críticos, acompanhado por pesquisadores meticulosos, deu margem a outros debates sobre uma provável “percepção extra-sensorial”. Nesse relato, o paciente ao retornar de sua “morte”, contou que havia estado com os seus parentes falecidos e, entre eles, estava um irmão seu, até então vivo e com saúde, antes daquele paciente ser internado no hospital. Acontece que, enquanto ele estava inconsciente,em estado de coma, o irmão falecia em um acidente de trânsito. O paciente não soubera de maneira alguma que o irmão havia morrido naqueles dias. Se ele não foi informado da morte do irmão, não poderia ter qualquer gravação em seu cérebro, relacionada ao acidente que o vitimou, enquanto ele estava hospitalizado e em coma. Como não tinha qualquer informação e gravação do fato, como poderia a sua mente criar uma fantasia, como argumentaram alguns, sobre um acontecimento que nem de leve passara por seu “estoque” de memória?

Isso deu muito que falar; pois é evidente que ninguém pode pensar, raciocinar, fantasiar ou mesmo sonhar com acontecimentos cujos traços não passaram pelo SNC (Sistema Nervoso Central), principalmente fatos dessa natureza! O paciente em foco comunicara-se com o irmão (ou este com ele; ou ambos) por vias sensoriais ainda desconhecidas por nós, evidenciadas em situações especiais da nossa existência. Por tais razões, é importante termos o máximo de cuidado quando estivermos na presença    de alguém em circunstâncias semelhantes. Todos aqueles profissionais que cuidam de doentes terminais ou que estejam inconscientes, devem observar, criteriosamente, o que dizem e fazem diante deles, pois, podem estar captando o comportamento dos que lhe estão ao redor. Mesmo quando uma pessoa encontra-se desmaiada ou simplesmente dormindo; provavelmente terá alguma via sensorial de “plantão”, aberta para o mundo que a cerca; inclusive para a sua proteção; veja o resultado ao  picar  ou queimar,  de leve, alguém que dorme!

Pessoalmente, acompanhei três casos que corroboram o enunciado deste Trabalho e reforçam os milhares de experimentos de outros pesquisadores mais afamados, na área da Neuropsicologia. Nos três casos observados, ouvimos os relatos dos seus protagonistas que passaram pela situação crítica de terem sido, clinicamente, considerados mortos. Eles recobraram a consciência, depois de demorado estado de inconsciência, em coma profundo. O que nos contaram coincidiu não só entre si; mas também, com os relatos de milhares de outros pacientes que passaram por situação idêntica. Os três nos narraram que ouviam e viam o que médicos, enfermeiros e outros que estavam na sala, discutiam sobre os seus estados de saúde e tinham uma razoável apercepção dos acontecimentos que se desenrolavam ao seu redor. Contaram, ainda, que se entristeceram quando os atendentes não lhes davam atenção e, principalmente, quando aqueles falavam de assuntos frívolos,piadas e outros impropérios, alheios aos seus sofrimentos e angústias, diante de seus corpos inertes. Como exemplos reclamaram (sem poder ser ouvidos) quando os seus atendentes os tratavam com descuido, apressadamente, a fim de se “livrarem” deles para cuidarem de seus interesses particulares; discutiam sobre futebol, novelas e banalidades diversas. Um desses pacientes que analisamos, contou-nos que ficara extremamente angustiado ao ouvir os médicos darem-no como desenganado e se apavorou com a idéia de ser enterrado vivo. Ouviram comentários negativos de familiares e visitantes que diante de seus corpos, falaram da gravidade dos seus estados de saúde e alguns outros comentários que jamais deviam ser falados ao leito de um moribundo.

Este Trabalho foi realizado com a intenção que vai além da individualidade. Aos pais, principalmente às mães e seus filhos, seria aconselhável que dessem ouvidos aos seus pressentimentos, evitando determinadas atitudes, viagens, divertimentos, esportes radicais, etc., quando mal pressagiados!  O mais importante, entretanto, é alertar aqueles que assistem ou estejam diante de pessoas nessas circunstâncias extremas da vida. Médicos, Enfermeiros, psicólogos, atendentes, parentes, amigos e visitas devem se abstiver de fazerem quaisquer comentários que não sejam otimistas para o enfermo, mantendo-se numa conduta respeitosa e de esperança na sua recuperação; mesmo que ele tenha sido desenganado, e mesmo, tido como morto.  Comportar-se assim, é, antes de tudo, uma obrigação ética, um dever cristão e de humanidade.

                                           ---------------------------------------

Belo Horizonte, verão de 1989;
Ouro Preto, verão de 2011.



CARLEIAL. Bernardino Mendonça.

Psicólogo-Clínico pela Universidade Católica de Minas Gerais;
Estudante de Direito da Universidade Estácio de Sá;
Escritor e Pesquisador nas áreas da Psicobiologia e do Direito.

domingo, 3 de julho de 2011

" A OPINIÃO PESSOAL" E " A OPINIÃO PÚBLICA"



              “A OPINIÃO PESSOAL”  E  “A OPINIÃO  PÚBLICA”


Antes de comentarmos este importante assunto, convém lembrar os significados dos termos “Opinião Pessoal” e “Opinião Pública”.  A opinião pública é o somatório das opiniões pessoais de todos, quase todos, da maioria ou da minoria dos cidadãos que compõem uma sociedade. Assim, opinião pública é o que dizem,pensam e leva a agir (ou, não)  conjuntos de pessoas nesta, nessa ou naquela determinada Sociedade.  A grosso modo, temos “opinião pública” de um grupo de pessoas (como o de determinados profissionais), de uma rua, de um quarteirão, de uma quadra, de um bairro, de uma cidade, de uma zona metropolitana, de uma zona rural, de um estado, de uma região, de um país, de um continente e do  mundo.

Acredito que estes exemplos são suficientes para se ter uma idéia do poder e alcance da “Opinião Pública”. Ela se torna mais poderosa e efetiva quando se transforma em “Clamor Público” que pode forçar e levar às mudanças profundas na Sociedade. Já vimos isso no passado e, agora, as presenciamos em muitos países orientais; derrubando impérios, reinados seculares, governantes déspotas, políticos desonestos e demais tipos de corruptos. Vemos, pois; que a “Opinião Pública” pode gerar o  “Clamor Público”  e causar alterações profundas na vida das pessoas e no todo Social.

Assim, pode-se perceber  que uma determinada opinião pública pode ser construtiva ou destrutiva; positiva ou negativa para esta, essa ou aquelaloutra  Sociedade. Um exemplo de opinião pública mundial e positiva foi a que gerou o clamor positivo que derrubou o “Muro de Berlim”, levando à unificação da Alemanha, na década de 90. Quanto à opinião pública negativa, o melhor exemplo é a que levou à condenação e morte de Jesus; contrariando o desejo do governador Pôncio Pilatos que queria libertá-Lo.

Porém, temos um grande  e grave problema a resolver, se quisermos formar uma opinião pública consciente e positiva  no Brasil e em todas as sociedade em que a maioria das pessoas não tem conhecimento,cultura e saber; suficientes para a formação de uma consciência madura e inteligente.  Os poucos Países que ainda não foram, totalmente, derrotados pela contracultura moykana, como por exemplo, a Suécia; onde os deputados nada ganham para legislarem, vivem de seus rendimentos privados e se orgulham por trabalharem  graciosamente por seus cidadãos.  Lá, a opinião pública é forte e atuante porque a maioria do povo sueco é culta e dedicada aos Estudos e à Leitura.  Desta forma, como a “Opinião Pública” é formada pelo conjunto de opiniões individuais ou pessoais e que, a maioria de nós, nem conhece a Língua Pátria, pois estamos nos comunicando, apenas, por meio de, mais ou menos, 7 (sete) palavras vazias, pobres e chulas; 3(três) frases repetitivas e muitos palavrões pouco recomendáveis para quem tem mais de 50 anos ou portadores de alguma síndrome estomacal.

As palavras mais usadas pela maioria para comunicarem a “cultura” nacional vigente, principalmente pelos “veios” mais novos, são: “valeu”, “beleza”,”cara”, “jóia”, “legal”, “vei” (no lugar de “velho”,creio eu) e “mano”. As frases campeães em repetição são: “com certeza”, “de repente” e “ ninguém merece”. Estas, quase sempre significando o contrário do que pensam os que a repetem. Coincidentemente (e, o que é pior!), são as mesmas palavras usadas por detentos das penitenciárias norte-americanas, notadamente entre aqueles de alta periculosidade que aguardam ansiosos a injeção letal. Penso que essa coincidência não deve ser muito lisonjeira  ou salutar para nós e  demonstra que estamos “lascados”, ”perdidos” e “fritos” em gordura trans, quanto ao nosso incerto e pouco promissor futuro.

Como podemos atuar na sociedade, de forma positiva e construtiva se a maioria formadora da “Opinião Pública” se encontra em deploráveis condições intelectuais, culturais, materiais, psíquicas e somáticas? Como podemos reivindicar algo que desconhecemos? Por exemplo: que opinião pública poderá se opor à construção de novas usinas nucleares em nosso País? E, se alguma já existente vazar  material radiativo! Com exceção de alguns poucos especialistas, quais do povo irão formar oposição contra tão grave fato? E a atual e crescente contaminação atmosférica com o CO2, causada pelos milhões de veículos e chaminés de indústrias poderosas nacionais e internacionais! Devemos esperar combater esses crimes ecológicos através do “clamor público” da nossa festiva e despreocupada moçada, incluindo os moykanos, que se divertem incendiando pobres índios solitários, e mendigos sonolentos nas noites frias (ou quentes) das nossas cidades e que matam com tiros, facadas e pauladas outros moykanos de tribos rivais? Será que virá deles a nossa salvação? O inculto, o alienado, o ignorante e o imaturo não têm opinião própria, pois seguem os rastros de uns poucos espertos e aproveitadores que os condicionam ao modismo, ao consumismo, às bebidas, às drogas, ao sexismo e à permissividade e promiscuidade generalizadas. Como poderemos formar uma opinião pública consciente, inteligente, criativa, forte e responsável; com pessoas alienadas que nem o idioma nativo sabem falar!

Por tudo isso e mais outras é que a sociedade brasileira necessita tanto de uma “Opinião Pública” forte, consciente, esclarecida e atuante. Forte que seja capaz de enfrentar os descalabros políticos e administrativos, bem como, as inúmeras ameaças psicológicas, físicas e econômicas que nos afligem os maus governantes, os comerciantes inescrupulosos, as autoridades incompetentes, desonestas e arbitrárias, além da bandidagem que nos atormenta no dia-a-dia, tornando a nossa vivência mais angustiante, sofrida e curta neste “vale de lágrimas”(mais lágrimas que Vale). Precisamos, urgentemente, de uma opinião pública atuante, capaz de arregimentar-se no momento preciso, com a rapidez proporcional às ameaças sentidas e pressentidas. Ameaças estas que nos vem por todos os lados, dos pilantras mais endinheirados aos assaltantes “pés-de-chinelo” que furtam pirulitos de criancinhas; passando pelos milhões de moykanos que agridem com paus e pedras o que vêem pela frente, sem falarmos dos inúmeros outros  tipos de agressões que nos amedrontam diariamente.

As iniciativas de formação de uma “Consciência Nacional” com o objetivo de proteger o cidadão têm sido tentadas há muito, porém de formas tímidas, isoladas e fracionadas; sendo, por isso, frágeis e incapazes de se oporem à ganância especulativa dos capitalistas vorazes, dos políticos, governantes e autoridades corruptas; além de muitos outros problemas crônicos que, historicamente, nos atingem, como a corrupção, incompetência e omissão de muitos (i)responsáveis pelo destino e o viver da população. Não esqueçamos o esforço e a boa vontade de algumas associações de consumidores que, com muita abnegação e competência, nos defendem dos maus empresários. Sempre fomos omissos e incapazes de exigirmos providências contra a impunidade que caracteriza os autores de crimes que corroem a nossa economia, a nossa saúde, o meio ambiente e a nossa segurança física.

Estamos, há séculos, dormindo em “berço esplêndido”  ( não mais tão esplêndido), divididos  e fracionados para exigirmos o que temos direito. Nós, cidadãos produtivos, honestos e contribuintes, permitimos que os maus invertessem a ordem natural das coisas. Paradoxalmente, são os desonestos, os improdutivos, os parasitas e os degenerados que estão a receber prêmios, medalhas de honra e benesses!  Porque deixamos  chegar a tal ponto? Porque nos omitimos por medo, fraqueza e sentimento de impotência para reivindicarmos as nossas mais justas pretensões e  porque as nossas mentes não estão solidárias e coesas para os mesmos objetivos sociais. Olhamos somente para os nossos próprios umbigos e os umbigos  dos outros,principalmente agora, assistindo a essa monumental exibição de umbigos a desfilarem desinibidos pelas ruas e em todos os cantos e recantos do nosso País(vide o Artigo: “A Dança dos Umbigos”, do mesmo autor). Como é de costume, ficamos a esperar que os “outros” tomem as providências para a resolução dos problemas sociais, esquecendo que cada um é o “outro” do “outro”; e, assim, nada de concreto se faz.  Ao contrário, os delinqüentes e espertalhões aglutinam forças em organizações e quadrilhas bem articuladas e em “lobbies”, a fim de exercerem pressões contra quaisquer ameaças aos seus fabulosos lucros e em outros interesses contrários à população. Nós, pobres e indefesos cidadãos, pensamos isoladamente e, quando muito, lutamos individualmente pelo nosso escasso direito de viver. É o “salve-se quem puder”, entulhando o Judiciário de Ações de disputas e querelas pessoais que, progressiva e geometricamente, sobrecarregam os magistrados que deveriam ficar mais voltados para as importantes missões sociais.  Por tais razões, poucos de nós se salvam, enquanto muitos degenerados nos atormentam diária e impunemente nas ruas e os gatunos se eternizam no poder e na riqueza fácil, garantidos por nossa subserviência material, mental e moral.

Um bom exemplo da crônica omissão dos Bons, frente à ofensiva dos Maus é a nossa tolerância diante do imenso e crescente festival de barulho e de asneiras que invadiu as cidades brasileiras, desde as mais humildes às grandes capitais. Em qualquer lugar que se vá, somos obrigados a ver e ouvir os berros e os urros da rapaziada festiva se divertindo e se exibindo com os seus inúmeros “berros-falantes” instalados em seus carros ricos ou pobres que vociferam os seus lixos sonoros, no mais alto e “mau-som”. Ninguém faz nada para impedir o avanço dessa delinqüência sonora que, além de causar uma surdez epidêmica, está alimentando e disseminando a estupidez nacional. Sobre este assunto, o autor o expõe e o analisa em detalhes no Artigo “ O Império do Barulho”, já conhecido e divulgado em diversos Sites.  Estão omissos os bons cidadãos; aqueles que são cristãos, trabalham honestamente  e pagam os impostos devidos e indevidos. Se continuarmos calados, inconscientes e medrosos; dentro em breve veremos a vitória total do MAL e o triste velório do BEM. Assistiremos à prevalência das opiniões de malfeitores e degenerados de toda espécie, a comandarem o nosso destino, com a implantação de costumes, normas e leis esdrúxulas, nocivas e prejudiciais às pessoas que ainda preservam os Bons Costumes, que são a honra, a honestidade, o humanismo, o patriotismo e o respeito social.

Uma autêntica “Opinião Pública” tem as suas bases no amadurecimento político, na conscientização de cada cidadão, através da Cultura adquirida pela prática  do Conhecimento construtivo e pela leitura útil e positiva. E quem quer saber disto hoje? Quais moykanos, com algumas exceções, que se interessam por outras coisas que não o prazer imediato do “aqui-e-agora”, do sexismo, dos variados tipos de vícios e do exibicionismo estético e material? Não são somente os “tribais” e os das “galeras” que se encontram à deriva nos mares revoltos da abissal ignorância em que se afundam e nos levam juntos, sem qualquer tábua ou balsa de salvação à vista. A maioria dos nossos,  não estuda,não quer saber de estudo e odeia quem estuda . O que se deve esperar de tantos alienados? Pior, essa alienação é mundial, crescente e sem perspectiva de estanque! Qual governante e político de países de segundo, terceiro e quintos mundos que têm interesse em educar e cultivar, positivamente, as suas populações?

Repetindo, a opinião pública, isto é, a opinião geral de uma sociedade, tornada pública, é resultante do modo de pensar das pessoas que constituem essa mesma sociedade; sendo o somatório da vontade e dos anseios individuais para uma vida melhor para todos. Ao contrário do “todos por um e um por todos”, vigora entre nós o “cada um por si e ninguém (ou quase ninguém) por todos”. Assim, vivemos ao sabor de interesses de espertalhões e degenerados que conseguem dominar e se aproveitar da maioria inerte, frágil, covarde, inculta e omissa. Esperamos que  o outro, ou alguém, tome as iniciativas que cabe a cada um tomar, na preservação de sua própria cidadania.Enquanto esperamos que o outro fale, reclame ou lute por nós; ele espera,também, que façamos o mesmo por ele. E, assim, ninguém faz nada pelo social e quase nada por si; com exceção das minorias que detém o poder político, econômico e social.  Estas se organizam com ênfase, garantindo e solidificando o poder e o controle sobre os demais que pouco reclamam  ou agem em sua defesa. Isto fica bem evidenciado no comportamento das grandes corporações industriais, agropecuárias, comerciais e políticas que usam e abusam da população, manipulando sem o mínimo pudor e humanismo as nossas necessidades mais básicas, como a alimentação, a saúde e a segurança.

Muitos indivíduos e empresas, aproveitando-se da nossa inconsciência individual e coletiva (esta, depende da primeira), da tolerância irresponsável e conivente de governantes e políticos amorais e imorais; auferem lucros astronômicos, em meio às crises econômicas que, de  vez em quando, assolam o País. Algumas delas, internacionais, exploram a população há décadas e quando solicitadas a abrirem mão de uma pequena parcela desses lucros, frente às dificuldades das populações locais, ameaçam com o boicote de seus produtos, alguns deles essenciais à sobrevivência de grande número de pessoas, como gêneros alimentícios, remédios e outros produzidos e monopolizados por elas. Quando enfrentam determinações legais, burlam as leis, lesam os interesses e a saúde de todos, não raro, desrespeitando e ameaçando abertamente as impotentes autoridades que, desmoralizadas por sua própria incompetência e conduta moral, voltam atrás e se submetem aos caprichos e interesses econômicos ou políticos. Já vimos exemplos demais de tais desmandos e nada fizemos para contê-los. Tudo temos suportado, covardemente, porque não temos a força de uma “Opinião Pública” verdadeira, forte e consciente, capaz de enfrentá-los, atingindo-os em seu ponto mais vulnerável: suas vendas!  Se nos organizássemos, não ficaríamos sujeitos à ganância e aos seus interesses, nem sempre angélicos. Teríamos a força necessária para enfrentrá-los, mostrando-lhes que a nossa dependência em comprar os seus produtos é proporcional à deles, em nos vender os mesmos. Não há empresa sem consumidores; assim, como não se pode consumir sem a existência de produtores. Somos dependentes um do outro.

Os políticos são eleitos e dependem do nosso voto para sobreviverem; assim como necessitamos deles para mantermos a governança; e, por não sabermos votar, não temos governança competente. Podemos e devemos boicotar produtos, serviços, governantes e políticos nocivos, desonestos e perversos. É preciso uma consciência nacional culta, madura e  atuante para a prática social da própria sobrevivência pessoal e coletiva. Por que continuar usando serviços e comprando mercadorias adulteradas; votar em políticos criminosos, corruptos e incompetentes? Por que não se organizar em associações e grupos comunitários para exigir que o Poder Público se empenhe na caça aos bandidos ricos e a Justiça puna os marginais poderosos? Afinal, eles não estão aí para servir à comunidade?  O  que se vê no Brasil é uma imensa  falta de caráter que nos condiciona  à desonestidade generalizada. De tanto vermos a imoralidade  e a amoralidade daqueles que deveriam ser exemplos de integridade e caráter; estamos nos tornando corruptos contumazes. Não é só aqui que o Mal  prevaleceu sobre o Bem ; é um fenômeno mundial maligno e inevitável. Se perguntarmos a qualquer pessoa sobre o que faria se achasse na rua algo valioso, como dinheiro; quase todos responderão que ficarão com o que não lhes pertencem. Tal pergunta e a mesma resposta, nós já a fizemos, e  a obtivemos em muitas pesquisas locais. Raríssimas foram aquelas que responderam com caráter e honestidade que devolveriam aquilo que acharam e não lhes pertence. Assim, desgraçadamente, o Mundo se corrompeu em todos os sentidos e o Mal venceu o Bem. Desse modo, se aceitamos a Teoria da Evolução de Darwin, estamos geneticamente  imorais e amorais; exemplos de imoralidade e amoralidade no mundo, é o que temos com muita fartura.

Não temos é criatividade e, tampouco, a iniciativa de mudarmos os nossos hábitos negativos, como o da alimentação, por exemplo. Neste caso, poderíamos criar associações e movimentos municipais, estaduais e nacionais; solidários e coesos, numa força poderosa com o firme propósito de se rechaçar a ganância dos especuladores a improbidade dos políticos, governantes e autoridades desonestas. Poder-se-ia engajar a maior parte da população brasileira em uma imensa Confederação de Contribuintes para dar um basta à violência, à degeneração dos costumes, à corrupção política, governamental, comercial, industrial e de qualquer indivíduo que  desobedeça as regras sociais de convivência harmônica, honesta e salutar para todos. Quando o preço de um produto subisse especulativamente, os consumidores boicotariam, por tempo determinado, aquele produto. Uma denúncia de fraude no peso ou na qualidade da mercadoria, esta seria prontamente rejeitada pelos consumidores, até que o vendedor ou produtor remarque o seu preço. Alimentos contaminados teriam como punição para os responsáveis o boicote total de todos os produtos daquele fabricante. Ninguém iria morrer por deixar de consumir, por algum tempo, leite, carne, enlatados, embutidos, óleos, refrigerantes, etc. Muito pelo contrário, poderia haver até um grande “surto” de saúde na população; pois muitos deles são, notoriamente, prejudiciais ao nosso organismo. Não há exagero na afirmação, considerando-se que se pode substituí-los por outros alimentos mais naturais e menos tóxicos, usando-se a criatividade de receitas alternativas.

A cobiça desenfreada de muitos empresários seria contida com a simples providência de se rejeitar os seus produtos. Não só com o consumo de bens; mas, também, o consumo de muitos programas de televisão que, em grande parte, são os causadores da falência da família, no mundo inteiro. Os pais que ainda tem alguma consciência do Bem ( os inconscientes já perderam-na), devem boicotar  todos os programas que deterioram a personalidade  e comprometem a saúde física e mental de seus filhos; bem como o bem-estar da própria Civilização, já em franca deterioração. Desligar os seus aparelhos de televisão, boicotando essas emissoras que  se utilizando de uma concessão PÚBLICA, concedida obsequiosamente por governantes e políticos inescrupulosos, em nosso nome e sob a irresponsabilidade, incompetência e cegueira de autoridades que deveriam zelar pela moral pública, invadiram e invadem os nossos lares, corrompendo a tudo e a todos com programas de baixíssimo nível mental, ensinando e condicionando ao crime e às perversões de toda natureza. A repetição desse lixo televisivo, durantes décadas, sem qualquer oposição das famílias, do Governo e das autoridades, condicionou milhões de indivíduos imaturos que estão por toda a parte, drogando-se, agredindo, “sexando”, ”ficando”, “bestando”, alienados, alcoolizados,fumando,pichando e sujando os bens públicos e particulares que encontram pela frente; roubando,furtando e nos matando.

Desligando suas televisões e boicotando as Emissoras; as famílias prestariam  um grande bem a Humanidade e a si mesmas, restaurando o que sobrou dos laços familiares, destroçadas que foram pelo condicionamento nocivo e negativo de inúmeros programas de TV, principalmente de  novelas que retratam,expõem e ensinam diferentes  espécies de degeneração e degradação às crianças e a todos imaturos que a assistem; são verdadeiras Escolas de Criminalidade. O boicote e a rejeição serão as grandes armas da população consciente e participativa nos problemas comuns. Isso só será possível, repetimos, por meio da estruturação de uma sólida e autêntica “Consciência Nacional”, visando à oposição e à  resistência a todos aqueles que são nocivos à sociedade. Os interesses escusos de alguns políticos, governantes, autoridades, comerciantes, industriais e de quaisquer outros vigaristas, não poderão mais continuar incólumes, aviltando a nossa economia, a nossa saúde e a nossa dignidade. Não devemos e não podemos mais continuar omissos sob o jugo daqueles que tornam a vida de cada um de nós mais sofrida, infeliz e mais curta. Lutemos com a mente e com a inteligência; elas são mais fortes que os músculos. Elas são, também, as mesmas armas utilizadas pelos detentores do poder e da riqueza para dominarem, explorarem  e  sacrificarem os povos mais pobres e incultos, desde o começo da civilização. A mente inteligente e consciente supera qualquer obstáculo. Boicotemos a tudo e a todos que nos causam danos físicos, mentais, econômicos e morais. Imitemos os povos mais cultos, inteligentes e conscientes que vão às ruas protestar e reivindicar os seus direitos com bravura e destemor. O difícil é fazer isso aqui, cuja maioria da população está cada vez mais inculta por não estudar, não querer estudar e ter ódio do Estudo. Assim, ignorante, não raciocina além do umbigo e cuja visão não passa de um “palmo diante do nariz”.

Finalmente, como frisamos tantas vezes aqui, a formação de uma poderosa Associação Nacional de Consumidores não se limitaria à defesa  do nosso consumo material! Além disso, haveria ela de impor limitações à conduta e comportamento daqueles que ameaçam a nossa segurança e o nosso bem-estar, o nosso patrimônio individual e social. Os governantes, políticos e as demais autoridades deverão ser escolhidos pelo voto consciente e inteligente, vigiados, exigidos e julgados pelos seus atos.


Nota: ao leitor menos precavido, pode parecer que este Trabalho foi escrito de forma esquisita e repetitiva em palavras e termos desordenados e  confusos. Não foi por acaso a escolha deste modo! Sabemos que o cérebro apreende e grava melhor  quando a mente se esforça para entender o global do que se vê. A repetição e a curiosidade são a melhores  técnicas para o condicionamento; é assim que os meios de comunicação fizeram, fazem e continuarão a fazer conosco... até a consumação dos tempos !

                                   --------------------------------------------

Obs.: Este trabalho foi desenvolvido e publicado em meados de junho de 1989, em Minas Gerais. Agora, a pedidos, o autor volta a divulgá-lo, após revisá-lo e acrescentar-lhe algumas modificações.


Belo Horizonte, inverno de 2011


CARLEIAL. Bernardino Mendonça

Psicólogo-Clínico pela Universidade de Minas Gerais;
Estudante de Direito da Universidade Estácio de Sá;
Escritor e Pesquisador nas áreas da Psicobiologia e do Direito.

sábado, 21 de maio de 2011

" A DANÇA DOS UMBIGOS "


                   ” A DANÇA DOS UMBIGOS “

                          “ A  DANÇA  DOS  UMBIGOS “

No mundo oriental, por muitos séculos, o umbigo se destacou entre danças e rebolados, tornando-se um poder de atração e de sedução. Em meio aos véus que lhes deixavam transparecer o corpo, as dançarinas do ventre, agitando os seus umbigos frenéticos, hipnotizavam os homens e arrancavam-lhes o que bem queriam. A cabeça de João Batista foi a mais célebre de suas vítimas. Em nossos dias, sem véus ou grinaldas e, aos montões, os umbigos saíram às ruas e, por eles, já não se perde tanto a cabeça. A oferta em demasia e a quebra do mistério, desmistificam e desvalorizam o produto; esta é a lei fundamental em uma sociedade consumista, vazia, sem rumo e prumo. Em qualquer lugar os umbigos são exibidos sem qualquer cerimônia ou recato. De forma tímida e ousada, estão eles por aí, em toda a parte, por todos os cantos, recantos e lados. Calculo que, neste exato momento, muitos bilhões de umbigos estão às soltas nas ruas, avenidas, passarelas, salas e salões do mundo inteiro. É tão grande a “umbigagem” que, se existirem mulheres em outros planetas, creio que, também lá, estarão elas exibindo os seus umbigos. A “febre” dos umbigos é tão contagiante que poucas, ainda, não foram contagiadas.

Por toda a terra, as mulheres estão com os seus umbigos de fora; mostrando-os com muita desenvoltura e pouco embaraço. Estão à vista de tudo e de todos. Não há regras ou limites para a revoada umbilical que, repentinamente, passou a fazer parte da nossa paisagem diária. Estamos sem  exagero,cercados por umbigos por todos os lados. Eles se apresentam de todas as formas, cores e modelos. Com enfeites ou sem enfeites; nus e crus, de todos os tamanhos, modelos e idade. Desfilam por aí umbigos feios, bonitos, deformados, salientes, retraídos, doentes, sadios, fracos, normais e anormais. Enfim, umbigos de todos os jeitos, para o gosto de muitos e desgosto de poucos. Na passeata dos umbigos, estão solidárias quase todas as mulheres do mundo. O contágio “umbigocionista” ( misto de umbigo+exibicionismo) atingiu a maioria delas,de forma mais democrática possível. Mulheres de todas as posições sociais, credo, raça, cor, peso e tamanho, aderiram a essa gigantesca cruzada umbilical (para a sorte nossa  não é,também,belicosa!). É invejável a solidariedade entre elas! Parece que guiados por um comando invisível e único, os umbigos foram arregimentados, em massa, para esse monumental desfile que, ora, presenciamos. Andando pelas ruas de qualquer cidade; freqüentando qualquer ambiente, por mais insignificante que se considere; nos lares pobres, ricos ou miseráveis, vêem-se umbigos e mais umbigos de fora; uma enxurrada monumental deles!  Afoitos e sem qualquer etiqueta, lá estão eles a nos expiar, por todos os cantos e  encantos. De onde vieram tantos umbigos? Porque, de repente, se desinibiram tanto? Porque se desnudaram desse jeito? Vieram para ficar ou passarão céleres como muitos outros modismos? Meninas que mal saíram das fraldas, já estão a nos mostrar os seus tenros umbigos, condicionadas pelos exemplos de suas mamães que,também, se comprazem em mostrar os seus, para o mundo. Não é raro encontrarmos em uma só ocasião, três gerações de umbigos à mostra: avó, mãe, filhas e netas, juntas e felizes da vida, mostrando, orgulhosa e vaidosamente a Deus e ao mundo, os vestígios de seus cordões  umbilicais. Acredito que o mundo até goste disso; mas, o Todo Poderoso…?  É muito duvidoso que Ele esteja apreciando  esse “umbigocionismo.”

Este assunto é muito interessante e provoca indagações que bem merecem ser analisadas. Será que alguém já parou para pensar sobre as razões que levaram a essa revolução dos umbigos? Acho que não; pois são  tantos e tamanhos os problemas da nossa vida diária que não nos sobra tempo para pensarmos em umbigos; muito menos no umbigo alheio. O que deu nas mulheres do planeta que de uma hora para a outra resolveram rebaixar as suas calças e encolher as suas blusas!? Chegarão elas a um limite epidérmico para as roupas? Ninguém sabe ao certo!  Tudo indica que vai depender de mais uma desconhecida  ”ordem superior”.  Já vemos aqui, ali e alhures, algumas mulheres com os coses das calças tão rebaixados  que se vêem os seus pêlos pubianos. Aliás, estes também, em breve, serão farta e sedutoramente  mostrados, com destemor  e profundidade!  Enquanto isso, outras tantas mostram as suas calcinhas com vaidade e pouca elegância. E quanto às grávidas? Antes, elas cobriam com conforto, segurança e pudor os seus ventres dilatados e, com cuidado e recato, resguardavam os seus fetos dos olhares mais curiosos e impudicos. Hoje!  Nem um e nem outro! Barrigas enormes andam por aí,  saindo fora do reduzido invólucro,com umbigo e tudo, desfilando nas ruas entulhadas de gente e de coisas. Qualquer queda, esbarrão ou pancada podem afetar a integridade física e mental de seus filhos em formação que se encontram  logo atrás dos seus imensos umbigos.

Entretanto, nesse verdadeiro “tulsiname” de umbigos, não são  só eles que estão emergindo impetuosamente das calças; estão sendo,também,mostrados,de mansinho; mas,vigorosamente, o baixo-ventre que de tão baixo já deixa à mostra  o íntimo dos traseiros: este, de origem não tão nobre quanto à dos umbigos! Basta que os umbigos se agachem para vermos o que há milhares de anos o “homo sapiens” (que já não é mais tão sábio assim!) vem escondendo da vista do outro, com muita reserva e pudor. Antes o que se escondia por vergonha; hoje, se exibe com orgulho e vaidade! Pensando bem…, tudo isso é, no mínimo, curioso!

                          ————————————–

Belo Horizonte, outono de 2011.

Carleial. Bernardino Mendonça.

 

Psicólogo-Clínico pela Universidade Católica de Minas gerais;

Estudante de direito da Universidade Estácio de Sá;

Escritor e Pesquisador nas áreas da Psicobiologia e do Direito.

 


terça-feira, 10 de maio de 2011

" A IDOLATRIA DA BELEZA FÍSICA "

                  "A  IDOLATRIA  DA  BELEZA  FÍSICA"

 

Muitas pessoas famosas aceitam propostas para se exibirem nuas em revistas, jornais filmes, vídeos, etc.  Esse tipo de notícia vem se repetindo, há décadas,  e com muita freqüência, em nossos noticiários. Mais e mais mulheres conhecidas ou não; ricas ou pobres estão a oferecerem seus corpos desnudados à curiosidade da maioria dos homens e de muitas outras mulheres. Muitas dessas exibicionistas-narcisistas, algumas, até em franca decadência física, concorrem com suas plásticas, "Botox" e outros remendos, nessa imensa vitrine de açougue, onde estão expostos peitos, traseiros, pernas, pés, coxas e miúdos. Deixam-se fotografar e filmar em poses acrobáticas, quase radioscópicas, como se isso fosse a coisa mais importante de suas vidas. Muitas delas possuem fama e dinheiro; todavia, sentem prazer e ganância na exposição dos seus corpos, numa oferenda pública à voracidade fantasiosa e doentia dos imaturos erotomaníacos.  Boa parcela dessas mulheres exibicionistas se diz realizada,quando expostas publicamente, são desejadas por todos os leitores e expectadores; nestes, incluindo-se todo tipo de marginal, maníacos sexuais, decréptos, foragidos e  degenerados de todo naipe.

 Não raro essas exibicionistas se mostram com tamanho despudor que pensamos não mais ser possível criarem novas posições eróticas. A necessidade em se mostrar tornou-se uma obsessão em nossos dias, em todo o mundo. Antes, as pessoas se envaideciam por seu conhecimento, cultura e saber; o que era muito bom e útil para elas e para todos nós. A  competição vaidosa entre sábios, leva à descoberta de remédios,inovações tecnológicas,vacinas,utilidades,conforto,felicidade e tantas outras benfeitorias geradas da "vaidade" cultural entre os grandes vultos da humanidade, como: Oswaldo Cruz,Carlos Chagas,Édson,Ford,Bell e tantos outros. Ao contrário, a vaidade moderna se liga aos bens e riquezas materiais, à beleza física e qualquer outro tipo de futilidade. A maioria das mulheres ( e, muitos homens também) , principalmente adolescentes, está obcecada na exibição pública de seus corpos. Estamos na Era do Umbigo; no tempo (e Templo) da vaidade,do exibicionismo material,do narcisismo patológico, do voyeurismo e, logicamente, na Era da tolice, da nulidade, do vazio existencial,do niilismo global ,da depressão e...do suicídio físico,espiritual,mental e moral ! A regra do nudismo-pervertido está generalizada. Desde as mais humildes até  às mais sofisticadas, a preocupação maior  é a de exibir a anatomia externa, principalmente quando tem alguma "saliência" ou algum atributo físico exagerado (mesmo que por uma aberração genética), que seja "atraente" para o sexo oposto (ou até mesmo para o mesmo sexo).

 As ruas se tornaram passarela de um constante desfile estético, cuja submissão à moda, atesta a nulidade interior dos seus seguidores, cuja racionalidade deixa muito a desejar. Deixar-se levar pelos outros, pelo modismo desenfreado e furta-cor do momento, demonstra a imensa decadência mental e cultural da maioria das pessoas deste nosso pobre tempo. Às vezes a roupa está em flagrante desacordo com o clima ambiente e com o estado fisiológico e financeiro do exibicionista. Entretanto, permanece usando-a, até que outro vendedor de moda resolva ditar e impor novas regras no jogo exibicionista. A exploração do corpo, principalmente do feminino tornou-se o filão comercial explorado por todos. Em nossos dias, o contorno epidérmico da mulher considerada "bonita", está vendendo tudo, nas múltiplas facetas da publicidade mercantil, influenciando as mentes frágeis das numerosas pessoas imaturas. É claro que todo homem normal aprecia a nudez feminina! O que nos impressiona, como clínico, é o condicionamento do valor humano à epiderme, às formas físicas das pessoas; logo hoje, que se fala tanto em valores humanos e dignidade das pessoas! Essas discrepâncias e incoerências estão de acordo com a imaturidade e desequilíbrio da maioria das pessoas que escolheram como ídolo o exterior, o invólucro e a casca do seu semelhante. Preocupa-nos muito a origem e as conseqüências desse desenfreado exibicionismo corpóreo. A justificativa comumente que se ouve, para tal comportamento, é a de esses exibicionistas estão se mostrando para eles mesmos; se "embelezam" para si; por pura satisfação pessoal, suprindo dessa forma um gosto e prazer individuais. Parecem-nos remota as possibilidades de alguém mentalmente são; se enfeite e se exiba para ela mesma. Isto é, uma pessoa que sai à rua vestida de forma a exibir o seu corpo, estaria, unicamente, satisfazendo   o seu "Ego"!  Seria muita ingenuidade aceitar-se tal premissa; pois estaríamos negando as necessidades inconscientes, peculiares à mente humana, principalmente às das pessoas imaturas; que é a da maioria desfilante. Na busca da aceitação, por se sentirem vazias, dependentes dos aplausos e da aceitação dos outros. Cada vez mais as pessoas necessitam mostrar aos demais, aquilo que elas acham ser o mais importante, nelas mesmos.  Alguns (poucos), mostram conhecimento e saber;  outros, ostentam riqueza material e, a maioria, exibe seus corpos como seu único valor demonstrável. O carnaval; os concursos de beleza; as revistas, os jornais, a televisão e a internet, comprovam muito bem essa carência mental e espiritual.

A valorização excessiva do corpo não é mais que o corolário do sentimento interior de nulidade e  vazio existencial, sentido e pressentido pelo exibicionista. Quem se sente realizado como Ser Humano, sente-se rico interiormente; pouco ou nada necessitando dos aplausos e aceitação dos demais. Porque o formato do corpo e a pele que o cobre valorizou-se de modo tão intenso e evidente em nossos dias? Por quais razões o conteúdo mental, a alma, o espírito, a sabedoria e o interior pessoal se desvalorizaram tanto? É, que o enriquecimento interno é um processo  lento e penoso que exige introspecção,quietude,esforço,dedicação,renúncia, e isolamento, para lapidar o cérebro e a mente ,através do conhecimento e prática cultural . A herança genética constitui-se, tão somente, nos instintos indispensáveis às necessidades iniciais da vida biológica da espécie, como o choro,o sono, a sucção,a fome,etc. O seu aprimoramento decorre do acúmulo de dados captados pelos órgãos dos sentidos:visão,audição,gustação,tato e olfação que são as entradas naturais do cérebro para a percepção do mundo que nos cerca. Sem essa percepção, o indivíduo ficará imaturo, incapaz de sobreviver sem a dependência de outrem; dependência física e ou psíquica. Poucas pessoas dedicam tempo a esse penoso, porém indispensável processo de desenvolvimento interno ou mental. Por esta razão é que vemos tantos, se preocuparem tanto com o invólucro externo, cujos defeitos podem e são mascarados pelos arranjos alegóricos disponíveis na crescente e lucrativa indústria de cosmético e da moda. A maior parte das pessoas  desconhece a finalidade do cérebro. Por tal heresia biológica tornam-se mais vítimas que sujeito, de suas próprias e empobrecidas vidas. A exortação apoteótica da beleza física, ao contrário do que muitos pensam, é uma deficiência interna, uma desestruturação mental inconsciente que contribui, severamente para originar diversos transtornos à pessoa e aos demais. Conheço casos de pessoas que eram bonitas antes; e, hoje, ao passar dos anos ,ou devido à doenças ou um acidente desfigurante, sofrem graves conflitos mentais depressivos,motivados pela rejeição daqueles que, antes, as cobriam de ofertas,admiração e bajulação. Sem a força interior da sabedoria elas sucumbem quando desaparecem  os seus adornos físicos; ou seja, quando deixam de ser bonitinhas. Muitos terapeutas se ocupam em casos como esses, cujo tratamento é difícil e oneroso. Passemos a analisar, agora, um tipo de discriminação, cuja origem está no excessivo culto da beleza externa.

                             A  Discriminação  Estética
 
 
É bastante notória, mais  na atualidade, a preferência por pessoas dotadas de beleza exterior ou física. Esse tipo de preferência é injusto e fere os direitos humanos; que são muito falados em verso e em prosa, porém, pouco respeitados na prática. A distinção estética discrimina aqueles que não foram contemplados por esses atributos genéticos, sofreram alguma doença degenerativa ou sofreram algum acidente deformador. Essa descriminação é fruto da imaturidade mental que afeta a maioria das pessoas, principalmente as de menos idade, porque se prende a valores e predicados efêmeros e ilusórios. Ninguém, a não serem alguns tipos de psicóticos, duvida da fragilidade do corpo. Um acidente, uma enfermidade e, principalmente, a passagem (cada vez mais rápida) dos anos, encarregam-se de desmoronar a formosura física; é só uma questão de anos; ou melhor...., de dias.  Com a ruína externa, muitas vezes desaba também, a estrutura interna, que já se encontrava fragilizada pelo narcisismo. A valorização exagerada do envoltório anatômico prende-se ao próprio sentimento (às vezes inconsciente) de posse e usufruto do corpo alheio, como simples objeto de sexo.  A inversão dos valores naturais para os artificiais induzida pelos meios de comunicação, notadamente pela televisão, num condicionamento repetitivo e desestruturante, levou as pessoas carentes de afirmação  ao endeusamento e idolatria da Aparência, em prejuízo do seu Interior e dos seus valores humanos mais autênticos. Em tudo, e em quase todos, se nota a idolatria da aparência externa. Nas embalagens das mercadorias, nas aberrações de cores, na enxurrada de cosméticos, na moda que uniformiza e tiraniza, nos apelos comerciais que reduzem os valores da pessoa à sua epiderme, na exposição e oferta do corpo feminino (paradoxalmente criticada, consentida e desejada por muitos) ao consumo dos que se dizem não-manipuladores e igualitários.  O mundo não é constituído somente por coisas e pessoas "bonitas" ou "bonitinhas". Grande parte da população é formada por indivíduos com defeitos físicos; por pessoas de peles diferentes e ásperas; muitos são destituídos de contornos esculturais e outros com um imenso tipo de mazelas e, que nem por isso, são menos humanos que os "bem dotados" fisicamente. Muitos destes  até  superam, em valores humanos , os "bonitos" e "bem dotados". As mulheres, ao mesmo tempo em que induzem e alimentam a discriminação estética, são as suas maiores vítimas. Inicialmente, no frescor da juventude o sexo feminino se beneficia desse seu atributo físico. Mas, com o passar dos anos (cada vez mais rápido),por um acidente ou enfermidade; tornam-se vítimas da falta da beleza que perderam. A beleza exterior sem a solidez estrutural interior; resulta, quase sempre em  deterioração mental, quando os seus traços fisionômicos forem afetados pelos diversos fatores externos e internos a que todos nós estamos expostos. Como isto acontece? Novamente nos reportamos à Psicobiologia para nos responder com acerto científico.  Repetindo: sendo a beleza física apenas uma dádiva genética, independe da nossa vontade e esforço próprios. Está além do querer consciente o  querer, ou, o ser fisicamente  bonito e perfeito. Por se tratar de uma dádiva aleatória, a beleza física é efêmera, inconsistente e inconsistente.

Quando alguém valoriza algo que não tem o respaldo da realidade; está se iludindo; deixando de ver a transitoriedade do atributo, sendo, portanto, uma pessoa guiada por seu Inconsciente e, dessa maneira, é uma pessoa imatura.  Nela o consciente ( a Razão) perdeu,ou não teve a condição fundamental de sobrevivência , que é a Predição. A capacidade preditiva se verifica graças ao conhecimento do passado e do presente, com todos  os estímulos acessórios ambientais, registrados e acumulados no  cérebro, que capacita a mente humana na planificação e planejamento da vida futura  da pessoa, tornando-o previdente e precavido. A ausência dessa capacidade torna a pessoa insegura quanto ao seu futuro, ainda no presente. Inseguro, portanto, de forma dupla. Todo aquele que escolhe unicamente pelos atributos estéticos, não passa de uma pessoa insegura e vazia, espiritual e mentalmente. Não é de se espantar, pois, que atravessamos uma era de incertezas  e, ao mesmo tempo, um período de excessivas sofisticações materiais que não trouxeram, não trazem e nunca trarão a felicidade e paz tão falados e desejados por todos. Inúmeras pessoas capacitadas e ricamente dotadas dos verdadeiros valores morais, espirituais e humanitários são rejeitadas e preteridas  do social pelos muitos nulos e apavonados da estética  facial.

                                 A  Realidade da Vida 
 
_ R.A., 26 anos, filho de fazendeiro, nasceu com um dos braços atrofiado, causando-lhe fortes sentimentos de auto depreciação. Foi crescendo e notando o afastamento dos colegas, principalmente das meninas da sua idade, apesar destas, afirmarem que não tinham preconceitos contra ninguém.  Na verdade, todos tinham namorados, menos R.A.  Não lhe faltava companhia para os estudos,para as brincadeiras, passeios e conversas; mas, para namorar, não conseguia uma parceira. O pior é que R.A., além do defeito físico que se acentuava com a idade, não era o tipo considerado "gato" pelas meninas, como alguns do seu grupo. Cedo veio morar na Capital e com o apoio do pai, montou um apartamento luxuoso e tornou-se muito festivo. Logo suas festinhas passaram a ser conhecidas e muito freqüentadas por pessoas de sua idade. Fazia festa todo fim-de-semana; com  todos os gastos por sua conta(do pai) e os convidados davam-lhe "alegria"e companhia, semanalmente. Falavam de tudo nas suas festinhas, desde "reforma agrária, até de  "sexo livre". O esquisito,notava ele,era  que, apesar de falarem tanto em  "sexo livre"; as meninas não queriam nada de sexo com ele; apesar dos seus desejos,tentativas e...gastos.  R.A. conseguiu um vasto círculo de amizade, principalmente do sexo oposto( o que mais queria). O som, no mais alto volume, incomodava com freqüência os seus vizinhos. Seus "amigos" festivos chegavam e saíam pela madrugada, acelerando as suas máquinas" e "rocando" seus estridentes  motores; o que lhe valeu algumas denúncias e ocorrências policiais. O tempo foi passando e ele se sentia cada vez mais só; apesar dos seus esforços, despesas, sorrisos e de ser considerado pela turma como um "cara legal". Na verdade, R.A. sempre ficava sozinho, após as sua noitadas festivas, quando todos os seus convidados se retiravam bêbados e/ou drogados, cada um deles "ficando" com uma coleguinha, para a sua  tristeza,ciúme,inveja e frustração. Para o desespero de R.A., nenhuma garota lhe dava nada, além dos dois beijinhos em sua face corada. As mais desejadas por ele, se "amarravam" mesmo era nos garotões mais "bonitinhos" e  nos esteticamente normais. Pobre R.A.; sempre se sentia rejeitado e sozinho, com o seu defeito estético, cheio de fantasias eróticas com as suas coleguinhas, a duvidar da solidariedade dos jovens, tão falada e propagada por suas convidadas. Ele também notou que raramente era visitado ou tinha companhia feminina, quando não fazia as suas festinhas. Quando lamentava o seu defeito físico e a falta de beleza estética, os outros sempre corriam a consolar-lhe com palavras bonitas de solidariedade, consolo e incentivo, apontando a sua "simpatia" e "solidariedade" com os colegas que ele tanto ajudava nos trabalhos em grupos, etc., (R.A., era muito estudioso). Mas, apesar de tanta oratória de consolo que as coleguinhas lhe ofertavam, o que ele realmente queria, era sexo; muito sexo mesmo (estava muito carente). Mas elas só queriam satisfazer-se com os seus amiguinhos mais "bonitos" e "gatões" da turma. Hoje, com 26 anos, solitário, impedido de atrair as garotas com as suas festinhas ( o pai cortou-lhe metade da mesada), ele se encontra sob forte depressão, sob risco de atentar contra a própria vida. Seus festivos e barulhentos "amigos" deixaram de visitá-lo, salvo uns poucos, menos estéticos, solidários na rejeição estética.

-N.S.:, de 24 anos, foi salva do suicídio(após uma tentativa), graças a presteza do atendimento psicoterápico. Está muito abatida e magra. Nem de longe lembra a beleza física que tanto atraía a moçada, há alguns anos. Aproveitou-se (contou ela) de seu contorno epidérmico por apenas 10 anos. Nunca imaginou que o tempo iria lhe passar tão depressa. Julgava-se bonita para sempre. Aos 14 anos era considerada a garota mais bonita de sua cidade. Era desejada por todos (ou quase todos) homens dali.  Era muita "convencida", diziam muitos. Começou a sair, ora com um e ora com outro; procurando na variedade erótica precoce, o prazer efêmero das ilusões coloridas da sua imaturidade mental. Na escola, desfilava lascivamente, pelos corredores e pátio, vendo e sentindo os olhares "gulosos" dos seus colegas, de toda a idade. Isto era o máximo que desejava, "inflando" o seu Inconsciente narcisista dominante. Estava sempre cercada  pelos "caras" mais ricos e  mais "bonitos" e com eles estava sempre envolvidas nos encontros furtivos,em barzinhos(onde aprendeu os "bons costumes" de fumar,bebericar e outros menos saudáveis), festinhas ,etc. Seus pais se mudaram para um grande centro e N.S., mudou de palco e de...platéia.  Continuou a receber elogios e favores duvidosos de admiradores que espreitavam e cobiçavam as deliciosas curvas e arremates cuidadosos do seu, sempre, exposto corpo. Ela se deliciava em saber-se desejada por tantos e tantas. Um séquito de homens a acompanhava para onde fosse; obviamente, interessado apenas em sexo (iguais aos machos dos animais inferiores, que acompanham e brigam pela fêmea, quando no cio). Noites sem dormir, barzinhos, botecos, bebidas, churrascos semanais, sexo variado e promíscuo, etc.; foram marcando o corpo e a sua mente. Um dia, por insistência dos seus colegas e "amigos", para não desapontá-lo e  não ser chamada de  "quadrada", N.S. fumou o seu primeiro "baseado". Daí foi um "pulo" para a dependência de drogas variadas. Então, rapidamente, foi perdendo a sua atração, a sua saúde e a sua única força atrativa e seu único valor: a beleza física! Fora a Estética, o que mais tinha ela a oferecer? Esgotou-se o seu manancial erótico e se viu solitária, engravidada, rejeitada e destruturada no físico e na mente. Quase todos os seus admiradores, fãs e "comensais" se afastaram por ela não ter mais belos traseiros, dianteiros, pernas, coxas e miúdos; tal como são exibidas aos fregueses, as diversas partes bovinas nos balcões dos açougues. Segundo nos  confessou: "os homens acabaram com a sua beleza e saúde"!  Quando procurou a terapia, N.S.  estava muito deprimida e sem ânimo para viver; assim como muitas outras, sem conteúdo interior, vítimas da imaturidade mental e da discriminação estética; algozes de si mesmas.

Conversando com famílias do Interior, ouviam-se, com freqüência, relatos sobre "moças bonitas" que deixaram seus lares e cidadezinhas para se prostituírem nos grandes Centros; condicionadas e ludibriadas pelos exemplos negativos das novelas e comerciais da televisão que enaltecem e idolatram os atributos físicos e externos das pessoas. Quantas pessoas capacitadas, principalmente femininas, são rejeitadas para determinadas funções e empregos, unicamente por serem consideradas "feias"? Quantos outros são bem aceitos, bajulados, cortejados e indicados para empregos, apenas por seus dotes físicos exteriores! Muitos até incompetentes e incapacitados para esses empregos; mas, como são fisicamente "bonitos" e atraentes são colocados no lugar de quem tem competência,honestidade e capacidade para exercerem as mesmas funções; mas, não é"bonita" por fora!

                                                As  Raízes  do  Mal
 
A formação vem do berço, diz o ditado popular. Com efeito; a criança é condicionada pelos adultos que a rodeam. E esses primeiros adultos e modelos; são os pais. Estes são os seus mais importantes exemplos, principalmente a mãe, com relação à filha e o pai, com respeito ao filho. Aí residem as principais causas de todo comportamento futuro da criança, do adulto e do futuro cidadão maduro ou imaturo; consciente ou inconsciente; negativo ou positivo; animal ou Ser Humano; útil ou nocivo à Humanidade. No que toca ao exibicionismo estético e a sua idolatria; temos que, quando uma mãe veste a sua filha pequena, de forma a expor o seu corpo, esta mãe está projetando na criança os seus desejos exibicionistas, narcisistas e eróticos. Ela está usando a filha  para aquilo que gostaria de fazer; mas, que se o fizesse, encontraria resistência e crítica de outras pessoas. Essa mesma mãe andando nas ruas com a sua filha de saia curta ou justa, por exemplo, canaliza para si (de forma inconsciente ou  mesmo sabendo) os olhares lascivos e desejosos  dos homens , que a filha possa atrair. Vejam o quanto um distúrbio mental se liga a outro! Imaginem, quantos doentes, desajustados  e maníacos sexuais estão soltos no meio da multidão e daqueles que estão expiando o corpo da filha desta mãe!  Multiplique este fato pelas vezes que as mulheres fazem isso com as suas crianças com o número de indivíduos inconscientizados e desestruturados no mundo inteiro! Aí, vemos um dos fatores comportamentais que levam à prostituição, à idolatria do corpo, à miséria material e mental que tanto assola a humanidade. Na maioria das vezes as mães que procedem assim com as suas filhas; são mães imaturas, sem o conhecimento das bases do comportamento negativo e pouco ou nada sabem das motivações que as levam a agir dessa forma doentia. Uma criança assim formada ( e são milhões e milhões) será um adulto imaturo e, conseqüentemente, inseguro,tanto quanto os seus pais. Dá para se avaliar a quantidade de pais e filhos imaturos e mentalmente desestruturados na nossa sociedade e no mundo.

O que se deve esperar deles?  Se o indivíduo, principalmente a mulher, possui os atributos físicos desejados; se o seu corpo for atraente para os homens e vice-versa, condicionados que estão para verem somente o lado externo do outro,; tornar-se-á um exibicionista até  que entrem em decadência esses mesmos atributos físicos que lhes dava boniteza e servia de "isca" para atrair  indivíduos imaturos e volúveis. Quando a degradação física vier, seja pela idade, por doença, pelo uso de drogas e vícios ou por algum acidente ( que pode  nos  acontecer a qualquer momento da vida), a pessoa "bonita" sofrerá a rejeição daqueles que antes a desejavam e, que agora, irão em busca (à "caça") de novos corpos, mais novos e bonitos, a fim de satisfazerem as suas lascívias e fantasias sexistas . Quando aquela criança, exemplificada acima, tornar-se adulta não apresentar seu exterior físico de acordo com o padrão de beleza tipificado, exigido e condicionado pela sociedade; ela será rejeitada e corre o risco de ser depreciada de maneira material, social e moral; além dos transtornos psíquicos que poderão atormentá-la por toda a vida; como nos dois exemplos clínicos citados acima. Ela, mesmo destituída dessas "belezas" físicas, poderá suplantar a "deficiência" com o  enriquecimento interior,fortalecendo a sua mente Consciente(o Consciente Cérebro-Mental), através do Conhecimento,da cultura ,dos Estudos e do Saber.

 Uma pessoa internamente Bela é mais interessante, útil, Formosa e promissora; que, uma centena de beldades unicamente estéticas e cheias de curvas, retas e triângulos eqüiláteros ou obtusos! As pessoas "pouco dotadas" fisicamente são comparadas e confrontadas com aquelas esteticamente "bem-dotadas".  São os valores internos,mentais,humanísticos e espirituais que advogamos, cuja constituição dará a segurança necessária para se sentir útil e desejado, não pela efêmera e ilusória embalagem epidérmica; mas, sim, pelo conteúdo rico e duradouro da solidez mental e espiritual; um autêntico Ser Humano. Lembremo-nos que, não raro a beleza física e a permissividade sexual (que difere da liberdade sexual) estão ligadas ao crime, às drogas, às doenças físicas e mentais e à prostituição do corpo,da mente e do espírito. Comumente vemos nos noticiários criminosos famosos com "carrões", iates e mansões luxuosas, cercados por mulheres bonitas, distribuindo largos sorrisos de uma pseuda felicidade que de um momento para o outro poderão ser substituídos por lágrimas e choro, quando forem desprezadas (quando não sofrem o pior) e substituídas por outras mais novas e bonitas. É notório que a beleza externa é seduzida,facilmente, pelo dinheiro e pela fama.  Agora, analisemos outros prejuízos e perigos que causados pela beleza física.  Pensemos na frustração que sente uma pessoa que vê na rua, no cinema,na televisão,nas revistas,internet e vídeos pornô-eróticos. Essa pessoa sendo pobre, que tenha alguma deficiência física ou mental, que seja "feio"; ou, que seja um excluído social, como mendigos, marginais, tarados, foragidos, etc.  Como reagirão tão carentes  pessoas  ao verem centenas de mulheres desfilando e se exibindo, com seus corpos desnudos,exuberantes,lascivos e provocadores ?  Seguramente, em sua mente consciente e/ou inconsciente formar-se-á  uma imensa frustração por saber que uma mulher bonita e atraente não vai querer,normalmente, se envolver com uma pessoa que ela percebe não poder lhe proporcionar riqueza,poder e fama. Assim, na cabeça daquele pobre e desesperançado admirador da "beldade", um  turbilhão de impulsos nervosos o levarão a tomar duas atitudes: resignação ou agressão. Para se resignar diante de tanta descarga  eletroquímica,  impulsionadoras de comportamento animalesco-sexual; é necessário que aquele cérebro-mente esteja bastante forte, com um consciente vigoroso para conter e dispersar tanta energia do seu Inconsciente. O que é pouco provável em uma pessoa sem conhecimento, depauperado, revoltado, frustrado e faminto. O que mais deve ocorrer é o ataque à vítima bonita e desnudada, principalmente quando as encontram sozinhas e à noite; como faz qualquer fera faminta. Daí, tantos ataques sexuais. Décadas atrás, o psicólogo americano Eckhard Hess comprovou   que as pupilas de um homem se dilatam muito ao verem mulheres nuas e que as pupilas femininas pouco se dilatam ao verem homens nus. Tal fato já havia sido notado, há vários séculos, pelos comerciantes chineses que observavam as pupilas dos seus  fregueses para saberem do seu interesse pelas suas "mercadorias".
É provável que muitos homens, com suas pupilas muito dilatadas, estejam "vendo"  e tratando as mulheres "bonitas" e sedutoras como "mercadoria" e "objetos" que após o seu uso e desgaste, rejeitam-nas em troca de outras mais "bonitinhas", deixando muitas delas deprimidas e "desgastadas" pelo "mau uso" que delas fazem eles.  Devem, pois, as mulheres, aprimorarem as suas mentes para saber distinguir os homens imaturos  dos conscientes e responsáveis. Outro problema que merece a nossa análise é quando se expõe o corpo em mostruário público; ele passa a ser visto e avaliado como uma mercadoria que se pode comprar trocar e vender. Exibindo-se desta maneira, as mulheres terão grandes dificuldades em se impor, além de objetos de uso e descarte. . Quando alguém valoriza em demasia a sua casca, não pode exigir que os outros reconheçam e dêem valor ao cerne, ao  seu conteúdo; como querem muitos e muitas. Ao terminar este Trabalho, não poderíamos deixar de enfatizar que o nosso propósito foi o de esclarecer a opinião pública (voltado mais para  a segurança,saúde e bem-estar feminino), sobre eventos inconscientes,capazes de provocar transtornos mentais e fisiológicos. Focalizamos mais a beleza física porque esta, sem o devido respaldo da maturidade mental, torna-se responsável por grande número de conflitos, notadamente entre as mulheres, alvo preferido pelo condicionamento dos interessados na obtenção de lucros e no prazer sexual dos neuróticos sexistas. Certa vez, atendemos a uma  jovem mulher que aos 15 anos tinha perdido a beleza exterior e se encontrava em deplorável estado psicossomático, em decorrência do doentio erotismo precoce, vítima da própria idolatria estética ( dela e dos outros). Focalizamos mais o sexo feminino, neste Trabalho,  por causa dos séculos de submissão a que foi submetido, causando-lhe dificuldades ao acesso à cultura científica; razão pela qual, somente agora é que elas estão tendo mais destaque (com muita competência) no mundo científico. Dessa forma, o conhecimento sobre o seu universo mental lhe foi subestimado, restando-lhes, apenas, o cultivo de suas formas externas; do seu lado material subserviente aos homens imaturos de todos os tempos. É lamentável que até hoje, muitas, ainda, se encontram  neste deplorável estágio mental.  Assim, ficaram vulneráveis  frente às vicissitudes da idade, dos defeitos físicos, da genética não-embelezadora e das desfigurações estéticas.  Não tivemos a intenção de criticar ou julgar  quem quer que seja; pois não somos juízes,puritanos  ou salvadores. Focalizamos como terapeuta as causas e efeitos do tema aqui abordado. È  claro que nem todas as mulheres encontram-se voltadas, unicamente, para as suas peles. Cremos que muitas "Tereza de Calcutá" passam despercebidas por nós. Seus valores estão além..., muito além da epiderme, onde os olhos vesgos do nosso tempo não alcançam.


                         -------------------------------------------


Nota: todos os dados pessoais, citados nos exemplos clínicos acima, foram trocados e modificados em respeito às suas dignidades.

Obs.: Este Trabalho, com algumas atualizações pelo autor, foi publicado no Jornal "O Estado de Minas",em 12 de janeiro de 1986, sob o patrocínio da Jornalista e Editora Anna Marina Siqueira.


                           ----------------------------------------


Autor: CARLEIAL. Bernardino Mendonça;

 

CARLEIAL Bernardino Mendonça 
             
 
 Perfil do Autor:

 CARLEIAL. Bernardino Mendonça;
 Psicólogo-Clínico pela Universidade Católica de Minas Gerais;
 Estudante de Direito da Faculdade de Direito Estácio de Sá-BH
 Escritor e Pesquisador nas áreas Jurídicas e Psicobiológicas.