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domingo, 3 de outubro de 2010

" IMATURIDADE E DECADÊNCIA SOCIAL "

                  "IMATURIDADE  E  DECADÊNCIA  SOCIAL"

 

 A  segurança é uma necessidade básica dos seres vivos. E, quanto mais ele  se eleva na escala zoológica, mais   necessidade sente de se manter em segurança. O Homem, a partir do momento em que foi  explorando o seu meio, percebeu os perigos que este lhe oferecia, procurou abrigo e aproximou-se dos demais para, juntos, melhor se protegerem. Hoje, o Homem procura afastar-se do outro, vendo-o como concorrente e seu maior inimigo. Já disse Plauto, séculos antes, em uma de suas comédias que o "homem é o lobo do homem". De fato, o que mais atemoriza o homem moderno é o seu próprio semelhante. Acredito que brevemente não haverá um só lugar, na face da Terra, em que alguém estará seguro da agressividade do outro. Essa agressividade que todos nós estamos assistindo diariamente e omissos, não nasceu de um dia para o outro. Como em tudo na vida, a Violência, que é a agressividade exagerada, vem de um processo em que todos, inconscientemente, contribuem e participam. Diante da agressividade sentimos medo; medo que nos torna omisso e nos faz calar. Ninguém melhor que o grande poeta russo Maiakovisk, que assim nos alertou:

 

 

" Na primeira noite eles se aproximam e                                                      colhem uma flor do nosso jardim.

E, não dizemos nada!

Na segunda noite; eles já não se escondem;

pisam as flores;

matam o nosso cão e não dizemos nada!

Até que um dia;

o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa;

rouba-nos a lua;

e, conhecendo o nosso medo;

arranca-nos a voz da garganta!

E, porque não dissemos nada;

já não podemos dizer nada!!  "

 

 

 

Voltando a nós, os agressores já não se escondem; já pisaram as nossas flores e já mataram o nosso cão. E, continuamos omissos, medrosos e acovardados, esperando apenas, que nos arranquem a voz da garganta.  Relembrando o que já citamos antes, em muitos estudos e pesquisas publicados; quando uma pessoa tem acúmulo de eventos traumatizantes (fatores negativos) registrados em sua memória Consciente e Inconsciente, principalmente no Inconsciente, ela se deixa levar por impulsos (ou desejos) inconscientes incontroláveis em busca do equilíbrio psíquico; que se efetiva  na realização do desejo, nocivo ou benéfico para ela ou para a sociedade. Essa busca pelo equilíbrio interno, na maioria das vezes é infrutífera, pois o indivíduo está em conflito; o seu Inconsciente negativo está impondo-lhe a prática de comportamentos nocivos a si, ou a outrem. Seu Consciente, fragilizado, tornou-se impotente para resistir às muitas investidas fantasiosas do seu Inconsciente. Este estado de "impotência" do Consciente e, da "dominância" do Inconsciente, é o que  denominamos de  "imaturidade mental".  São incalculáveis os males que uma pessoa imatura pode provocar a si, e aos demais. Vejamos, agora, os prejuízos que essa imaturidade impõe a todos, notadamente nos países mais pobres e subdesenvolvidos.

 

 No Brasil, é no trânsito que o comportamento imaturo se faz mais presente, através da agressividade e violência crescentes que já atingem proporções de uma guerra civil, não-declarada! Segundo estatísticas oficiais da época (lembrando que este Trabalho foi escrito e publicado em 26 de julho de 1987), morrem  ou ficam gravemente feridos, mais  de 30 pessoas, por hora, nas ruas,avenidas e estradas brasileiras. Mais da metade dos acidentes são provocados pela irresponsabilidade de motoristas imaturos. Quase todos esses criminosos do volante ficam impunes, protegidos pelo desinteresse dos legisladores, pelas nossas leis benevolentes, pela nossa  omissão e a dos governantes. Segundo ainda dados estatísticos, a maioria dos desastres é provocada por pessoas com menos de 30 anos de idade. As mulheres, que antes figuravam mais como vítimas, hoje já fazem parte do rol dos  criminosos motorizados; embora , ainda, em grande minoria. Como age o Inconsciente no trânsito?  O indivíduo imaturo, impulsionado por seu Inconsciente negativo, considera como parte de si mesmo, como um seu apêndice, o veículo que dirige. Nele, julga-se forte e poderoso, protegido pela "couraça metálica", força e velocidade  do carro. Hoje em dia, com os vidros escuros, o indivíduo imaturo sente-se  como se estivesse "pilotando" um tanque de guerra .  O seu sentimento de superioridade e poder será proporcional ao tipo, beleza, "potência" e valor do carro; bem como, a sua posição social e/ou financeira que ocupa  em seu habitat (o que o torna, proporcionalmente mais perigoso ainda).

 

Como uma das vertentes da agressividade, o trânsito, para muitos, tornou-se a válvula de escape da libertinagem da mente em conflito. São o sofrimento, a carência, as frustrações, as deficiências e outros sentimentos negativos que geram a agressividade e a violência. Nenhuma pessoa feliz, em paz, realizada espiritual e mentalmente, deseja ou provoca o mal a outrem. Os conflitos que jazem por trás do volante são de toda espécie. Qualquer sentimento de frustração, sentido por uma pessoa imatura é motivo para  se exibir publicamente e, no caso do motorista, o exibicionismo é mais praticado no trânsito. Nele, a frustração é projetada nas "arrancadas" e "freadas" bruscas;  na desobediência às Normas; nas aceleradas barulhentas e no "ronco" do motor (que é o seu próprio grito de desespero), nas buzinadas estridentes e constantes, no tipo e altura da barulheira que emite os seus auto-falantes  e muitos outros sintomas neuróticos. Em tudo se percebe a imaturidade psíquica do motorista. As "correrias" sem qualquer fundamento lógico; a pressa para chegar a "lugar nenhum"; os "enfeites", emblemas, decalques narcisistas, agressivos, violentos, pornográficos, imorais e amorais que revestem a "pele" do carro (sua própria epiderme); a descaracterização original do veículo, a fim de melhor chamar a atenção de uma imensa platéia infanto-juvenil, cuja alienação  se faz notar  no modismo inquestionado; no olhar vazio do descompromisso com o passado, com o presente e com o futuro (para a ruína deles e nossa); na gíria pobre, comunicada por 4  ou 5 palavras  inteligíveis e,quase sempre americanalhadas;  nos chavões  novelescos  de padrões tupiniquins plagiados  de presídios locais e/ou importados das penitenciárias norte-americanas de alta periculosidade.

 

Os imaturos menosprezam e infringem as leis  elaboradas para a segurança de todos, inclusive a deles mesmos. Também, como fruto da imaturidade generalizada, implantou-se o reinado do barulho. Qualquer pessoa, rica, pobre, de cor ou sem cor, ou miserável, se sente livre e liberado pela nossa omissão e irresponsabilidade, para nos infernizar à vontade. Qualquer um pode, a seu bel-prazer, ensurdecer os nossos ouvidos e neurotizar a todos, sem qualquer restrição legal ou social. Não há obstáculos para a prática do comportamento imaturo e nocivo. Quanto mais novo em idade é o indivíduo, mais necessitado está de atenção. Motos, carros, bicicletas, carroças e, brevemente até velocípedes, desfilam ou desfilarão, barulhentamente, anunciando a necessidade de se fazer notar. O carro "fala" por eles e empresta-lhes a sua potência (100, 200, 300 ou 1000; quanto mais cavalos, melhor). Cada buzinada, cada som estridente emitido  ou o barulho de "pneus cantando" no asfalto  é o  uivo do sentimento de frustração, anunciando a presença inútil de quem se sente espiritualmente,  nulo e vazio. É esse sentimento de vazio, de improdutividade, de incapacidade criativa, de pobreza material ou mental,  de alienação por falta de conteúdo cultural em seu cérebro;  que gera a insegurança frustrante. A ansiedade da frustração exterioriza-se na agressividade e violência no volante.

 

Observemos os motoristas que estão ao nosso lado; eles nos fornecem uma farta e valiosa fonte de conhecimento psicopatológico. Note a agressividade estampada em seus  rostos e  gestos . Veja como o veículo representa a personalidade de seu condutor ( a personalidade é  um atributo mais da mente inconsciente que da mente consciente). Quando você está dirigindo, encontrará  a todo momento, um outro motorista  querendo competir com você. Ele tentará ultrapassar-lhe e, ao fazê-lo, espera  que você o siga para competir com a sua imaturidade . Se você não for carente e imaturo, por certo ele ficará frustrado. Caso não o deixe "vencê-lo" (por exemplo, impedindo a sua ultrapassagem; sem querer ou querendo) Ele ficará possesso e ao tentar se "vingar", poderá causar danos a você, ao social e, a ele mesmo. Motoristas se digladiam na proporção de suas nulidades e de seus Inconscientes enfermos. Aquele que se sentir mais inferiorizado, seja pela pobreza material ou mental; procurará chamar mais a atenção sobre a sua "pobre" pessoa, na tentativa vã de compensar a frustração. Frustração essa que é o déficit entre o que a pessoa gostaria de ter, e não tem ; bem como, o que gostaria de ser, e não é.    

 

Quando passa um veículo barulhento  e muito decorado ; ocorre-nos a imagem de seu condutor implorando aplausos e a atenção dos outros. Você verá também, se ficar atento aos motoristas, como eles são facilmente sugestionáveis e influenciáveis pelos exemplos negativos dos outros.  Quando alguns carros estão parados diante de um semáforo que demora em "abrir"; se um deles avança o sinal vermelho (geralmente motoristas mais novos em idade), os demais motoristas tendem a seguir o infrator. Caso algum mais maduro e responsável se mantenha parado, os imaturos de trás  os força a praticar a mesma conduta criminosa, piscando os faróis, buzinando, acelerando ruidosamente e  vomitando adjetivos pouco lisonjeiros.  Um indivíduo imaturo considera uma ofensa o gesto ou comportamento prudente e responsável de outrem. O  comportamento imaturo é praticado de forma inconsciente e  dentre tantos outros males individuais e sociais, é a causa  da dependência aos vícios e inúmeros hábitos prejudiciais. Um indivíduo dependente de droga, por exemplo, procura estimular outros (inclusive utilizando-se de pressões e ameaças) para o mesmo vício, a fim de ter companhia na sua inferioridade mental.

 

Ninguém, mentalmente equilibrado, precisa "mascarar" a sua realidade ( que é feliz e positiva) com produtos químicos que os imaturos tanto necessitam, para "viajarem" de sua realidade ( que é negativa e infeliz) para o mundo fantasioso e fantasmagórico de  seus Inconscientes desestruturados.  Trata-se de uma motivação inconsciente de quem se sente "por baixo", para trazer "para baixo" os demais, nivelando-o na inferioridade vivenciada. É bem mais agradável e aceito por um viciado, que internamente se sente frustrado e vazio, a companhia e solidariedade de outrem. É péssimo ficar-se sozinho na inferioridade. O desejo (inconsciente) de um indivíduo privado de um olho é o de reinar na terra de cegos. O mesmo também acontece quando se está gripado; nosso desejo inconsciente é que todos conhecidos e amigos estejam gripados também; a fim de termos companhia e solidariedade no mesmo mal ou deficiência. Também se verifica o mesmo com as pessoas  com pouco conhecimento , que se "defendem" ( às vezes com agressividade ) da sua inferioridade cultural, rejeitando quem se apresente com mais conhecimento; rejeita e fala mal do saber; deploram os livros (geralmente afirmando que estes são só teorias ).Quem não sabe  expressar corretamente a língua portuguesa, geralmente critica e rejeita aquele que estudou a gramática e que faz bom uso dela; etc.

 

Voltando à imaturidade no trânsito, para finalizar este tema, lembramos que são os motoristas imaturos, os maiores causadores dos mais de 300 mil acidentes anuais no Brasil, quando morrem mais de 30 mil pessoas e deixam cerca de milhares de inválidos físicos e mentais.  Pensemos nas incontáveis famílias dessas vítimas da sanha assassina de muitos desses imaturos, responsáveis pela maior parte desses crimes!   Nos muitos órfãos e viúvas que ficam sem o sustento do lar pela falta do seu provedor. Imagine-se o sofrimento desses milhares de pessoas que tiveram a infelicidade de cruzarem seus "destinos" com esses imaturos, filhos de pais, também imaturos que são mais doentes que culpados. Pensemos, também no ônus social que pesa sobre todos nós, acarretado  por esses acidentes, nos custos da Previdência social, no atendimento às vítimas e suas famílias, nas aposentadorias precoces pelas vítimas paralíticas, deformadas e incapacitadas para o retorno à vida produtiva. Não temos dúvida que  a Imaturidade Mental  é a causadora principal  dos imensos males que afligem  as Sociedades Mundiais, neste preâmbulo de Novo Século. Cabe aos Pais, Educadores, Governantes, Meios de Comunicação, Políticos e a todos nós, a mudança radical deste paradigma diabólico que estamos cegamente seguindo.

 

 

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(Artigonal SC #2939916)

" EXPERIÊNCIAS DE VIDA APÓS A MORTE "

              "EXPERIÊNCIAS  DE VIDA  APÓS  A  MORTE"

 


A curiosidade e indagações após a morte são bastante antigas na história da humanidade. Desde o momento em que o homem teve consciência de sua própria finitude, passou a especular sobre uma possível continuidade da vida, em outro plano. Por medo ou aspirações de imortalidade, o homem sente a necessidade não só de especular, como também, de acreditar que, ao findar a sua vivência terrena, continue experimentando alguma outra forma de vida no campo espiritual, perpetuando assim, os prazeres mundanos que já se acostumou.


John Eccles, o notável neurocirurgião americano, acredita que o Ser Humano adquiriu a autoconsciência  há uns 100.000 anos, quando os homens de Neanderthal, nos primeiros cerimoniais fúnebres, queimavam os seus mortos juntos com as suas armas, alimentos e outros pertences. Eccles deduziu daí, que aqueles nossos ancestrais poderiam ter raciocinado desta forma: "assim como o outro parava de viver; qualquer um de nós, também, poderá deixar de existir". Creio que também foi naquela mesma época que o homem passou a temer e a indagar sobre a morte. Inclusive aspirando a uma vida eterna; pois, até hoje, a grande maioria das pessoas prefere a vida terrena, apesar de todos os percalços da nossa existência.

 

Na verdade, não há ninguém  que não tenha medo da morte; com exceção  dos loucos e dos mentirosos. A preocupação em familiarizar-se com a morte e compreender esse fenômeno, levou-nos à criação de uma curiosa área da Ciência, denominada de "Tanatologia", que estuda o processo biológico terminal. Não foi apenas o ato de morrer que interessou aos cientistas. As atenções desses novos pesquisadores foram voltadas para o mistério que cerca o Além. Foi na década de 70 que se acentuaram os estudos sobre a sobrevivência da alma, ou a vida em outra dimensão. Naquela época, a Dra. Elisabeth-Kubler-Ross, causou  enorme celeuma no mundo científico, quando publicou o livro : " On Death and Dyng", relatando as observações de diversas pessoas que sobreviveram ao que se chama de "morte cínica". Ainda, naqueles anos, outro pesquisador, o Dr. Raymond Moody, punha mais "lenha na fogueira", lançando o livro: "life After Lifer", explorando o mesmo assunto e apresentando considerações sobre relatos de pacientes terminais, assim como fizera a Dra, Kubler-Ross.

 

As duas publicações alcançaram notoriedade, tornando-se, rapidamente, best-sellers e causando rebuliço entre cientistas e populares. É verdade que os dois estudiosos citados, não foram tecnicamente científicos, pois se basearam em narrativas de pacientes envolvidos em situação e acontecimentos muito traumáticos e, por estarem abalados, poderiam ter distorcido os seus relatos. Anos depois, já na década de 80, um novo livro mais preciso que os anteriores, foi editado por um médico, cético nesse assunto, o Dr. Michael Sabom, professor da Universidade de Emory, nos Estados Unidos. Este livro, intitulado: "Rellections of Death", trouxe interessante pesquisa desse autor, que em 5 anos de trabalho, estudou mais de uma centena de casos de pessoas que lhe disseram terem tido experiências transcendentais; após terem sido consideradas mortas. Tais pessoas sobreviveram após terem sido declaradas "irreversivelmente mortas" pelos médicos  que as assistiram. Em alguns casos, seus corpos já estavam sendo preparados para o embalsamamento, quando retornaram à vida.

 

O estudo do Dr. Michael Sabom foi mais apurado que os dos seus colegas anteriores. Sua pesquisa abrangeu pessoas de credo, raça, idade, profissão, grau cultural e sexos diferentes. Embora esse médico tenha afirmado que os seus estudos não provam a existência da vida após a morte; ele mesmo passou a crer na ressurreição espiritual, após essas suas experiências. Nas centenas de pessoas pesquisadas que estiveram na fronteira entre a vida e a morte, todas relataram terem tido experiências fascinantes. As estórias narradas por elas aos pesquisadores mantiveram semelhanças notáveis. A maior parte delas teve impressões autocóspicas; isto é, sentiram-se "flutuando" sobre os seus corpos inanimados, presenciando os esforços médicos na tentativa de reanimá-las. Contaram com muito detalhe o que se4 passou na sala de cirurgia, como: o número de pessoas presentes; o tipo de técnica aplicada para reanimá-las; a conversa dos médicos ao redor dos seus corpos; a cor dos aventais que usavam; a leitura nos indicadores dos equipamentos médicos e outros detalhes impressionantes que, posteriormente, foram confirmados pelos atendentes que os assistiram, enquanto estavam eles estiveram inconscientes, em coma ou em morte biológica. Muitos "ressuscitados" se lembraram de experiências místicas transcendentais que descreviam viagens através de um túnel, onde no final, brilhava uma luz  intensiva e atraente. Outros  desses "ressuscitados" relataram  aos pesquisadores "visões" de locais indescritíveis do Paraíso, semelhantes à pinturas retratadas  por pintores famosos da Renascença .

 

Alguns que "retornaram à vida" por procedimentos médicos, contaram terem se encontrado com os seus parentes e amigos já falecidos; tendo sido esses encontros muito gratificantes e felizes; ao ponto de eles não tido o desejo de "voltarem ao mundo dos vivos"; quando pressentiram que estavam  sendo "ressuscitados" pelos médicos. A ausência de dor; o alcance da paz tão almejada por todos nós e grande euforia; foram as sensações descritas por todos eles; nessa pesquisa que, a princípio, prometia abalar o prestígio de muitos conceitos científicos, filosóficos e religiosos. Os seus autores (dos estudos), principalmente a Dra. Kbler-ross, puseram em risco as suas reputações, quando alguns deles afirmaram,convictos, a imortalidade do Homem.

 

Mas, a polêmica surgida em torno das referidas pesquisas, atraiu a atenção de outros estudiosos e foi alvo de estudos mais acurados e metódicos. Nós mesmos, aqui em Belo Horizonte, tivemos a oportunidade de pesquisarmos e apurarmos os mesmos relatos que aqueles autores anunciaram, junto a alguns pacientes  que passaram pelas mesmas experiências ,em  situação clínica semelhante. Alguns destacados pesquisadores sugeriram que aquelas pessoas (referindo-se aos pacientes terminais que "retornaram" à vida) sofreram alucinações provocadas pelas circunstâncias especiais porque passaram os seus cérebros, nos momentos cruciais do término de suas existências. Sabemos que o cérebro ativa a produção de compostos químicos que alteram a atividade mental. Há uma variedade dessas substâncias, produzidas pelas células nervosas que coordenam, ajudam e facilitam a transmissão de mensagens (impulsos) no sistema nervoso. A falta ou excesso desses compostos pode provocar inúmeras perturbações psíquicas e somáticas, acompanhadas de alucinações e outras distorções do juízo. Personagens famosas da História Universal, como mártires, artistas, místicos e outros, foram vítimas desses processos alucinatórios, visões grandiosas do Belo e do Horrendo.

 

As mesmas experiências distorcidas acontecem com os infelizes e imaturos  usuários de drogas, como a Mescalina, o LSD e diversos outros tipos de criadores de fantasia. Evidentemente, as experiências transcendentais vividas por aquelas pessoas "ressuscitadas" podem ter sido confundidas com esses processos cerebrais anormais, desencadeados pela anoxia, injúrias ou drogas cerebrais, no momento crucial de suas "mortes". Outro estado comumente sentido e narrado pelos entrevistados que tiveram morte clínica; foi a ausência de dor e a sensação de paz e euforia; sendo que alguns deles afirmaram que a "passagem" para a morte foi o momento mais delicioso que já sentiram. Também a sensação de euforia e analgesia, tem as suas explicações, no campo material da Psicobiologia. No encéfalo, existem compostos químicos que são supressores da dor, como as "enquefalinas" e "endorfinas", que são secretadas por neurônios específicos para os momentos críticos da atividade psicofisiológica. Quanto à euforia, citada por quase todos, acompanhada de êxtase e prazer indescritível   associados aos quadros místicos observados nessas vivências transcendentais ; encontram-se explicações no complexo e maravilhoso funcionamento do cérebro. A aptidão ou capacidade de sofrer ou sentir prazer, está contida nas células nervosas e nas ligações entre elas (axônios, dendrites e sinapses). O circuito do prazer ou do desprazer, localizados em estruturas específicas do cérebro, compreendendo círculos neuronais  importantes , como o sistema límbico; promove incontáveis sensações emocionais que podem nos levar ao "Paraíso" ou fazer-nos descer   ao "Inferno".

 

Olds, Milner, Hebb, Hess, papez e outros estudiosos do cérebro, demonstraram a variação e ambivalência dessas emoções, em elegantes experimentos  com cérebros de mamíferos . Um dado intrigante nas conclusões dos trabalhos sobre a vida após a morte, efetuados por Elisabeth Kubler-ross, Raymond Moody e Michael Sabom; foi o fato de as mulheres terem tido mais experiências com visões de encontros com os seus entes queridos falecidos. Cremos que este pormenor é devido a particularidade de as mulheres, por gerarem e estarem mais ligadas aos filhos, criam laços afetivos mais sólidos com estes. Assim sendo, as estruturas cerebrais do Inconsciente feminino estão mais repletas de engramas (gravação de emoções fortes) afetivos dos familiares, que as dos homens. Uma mãe é mais apegada ao seu filho que o pai; este não o teve em seu ventre por tanto tempo e nem o acalentou como ela. Mesmo quando não gerou filhos, uma mulher tem mais afinidade pelo semelhante que a maioria dos homens. Não é por acaso que a mulher se compadece mais com o sofrer do outro. Isto explica, talvez, porque nos limites da vida com a morte, as mulheres da pesquisa de Sabom, lembraram mais que os homens, de terem visto os seus entes queridos já falecidos. Talvez, as  explicações psicobiológicas aqui apresentadas, não possam explicar a realidade daquelas visões e emoções sentidas e relatadas por aqueles pacientes "quase-mortos". É possível que o cérebro, capaz de criar alucinações durante o percurso da sua existência; possa vir a engendrar novas e diferentes emoções alucinógenas, nos momentos extremos da sua existência.   Tais fantasias podem ter sido  originadas às custas do vasto material acumulado, no emaranhado das estruturas neuronais daquelas pessoas que transpuseram , com um dos pés, os Umbrais da Eternidade. Talvez até, quem sabe, o paradigma psicobiológico não seja apenas a indicação preparatória  das previsões bíblicas ? 

 

É oportuno esclarecer que não pretendi, através deste trabalho, negar ou comprovar a espiritualidade. Seria demasiada pretensão deste autor, tentar radicalizar numa posição ou noutra, o maior problema existencial. Mesmo porque é duvidoso que as questões metafísicas sejam, algum dia, explicadas ou esclarecidas, pelos cérebros dos humanos. A mente necessita do cérebro para dar sentido ao seu viver; através da capacidade consciente. O que acontece com a mente quando o seu substrato material se desvanece com a morte? É uma pergunta de difícil resposta pelo homem; enquanto vivo. "Ninguém voltou de lá para contar", diz o velho ditado popular; mas, talvez tenha voltado sim!  Não deixa de ser fascinante especularmos sobre os mistérios da mente, da vida e da morte. Que a mente exerce controle sobre o cérebro e, vice-versa; não temos a menor dúvida. Mas, como exercem tais controles? Como algo que não é material (a mente) pode dirigir e controlar, tão intimamente, o que é material (o cérebro)? Qual o ponto de interseção entre o cérebro e a mente? Este é outro enigma que muito se relaciona com o problema da vida e.......da morte.

 

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Trabalho elaborado e publicado em Minas Gerais,  no Outono de 1988, pelo Neuropsicólogo-Clínico, CARLEIAL. Bernardino Mendonça, Psicólogo pela Universidade Católica de Minas gerais e Estudante de Direito da Faculdade de Direito Estácio de Sá, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

 


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(Artigonal SC #2948023)

" A LEITURA E A CULTURA "

                                     "A LEITURA  E  A  CULTURA"

 

Quando ainda não existia o papel, o homem já se preocupava em deixar gravados o seu pensamento e as suas idéias. A escrita tornou-se uma necessidade dos nossos ancestrais, desde épocas mais remotas. Por volta de 45.000 anos, antes de Cristo, o homem registrava a sua imaginação por meio de símbolos, em desenhos nas pedras e paredes das cavernas. Esta, possivelmente, foi a origem da Escrita, cuja evolução se estendeu por milhares de anos. Foi escrevendo na pedra, no barro, na madeira, nas folhas e cascas de árvores, que o homem iniciou a sua trajetória de escriba e comunicador, bem como, sua ascensão ao Conhecimento e à Cultura.

Há 3.500 anos, antes de Cristo, os egípcios faziam uma espécie de papel extraído do papiro, um tipo de planta regional. Posteriormente, surgiu o pergaminho, feito de pele de animal. Duzentos anos antes da Era Cristã, os chineses fabricavam delgadas folhas de papel, a partir de uma pasta de pano, madeira e palha, tratados com água. A escrita evoluía e se expandia de acordo com a facilidade da impressão. O jornal apareceu no século XVII, logo surgindo as primeiras máquinas para a  fabricação do papel. Além de outros usos, o papel mostrou-se fundamental para a preservação e difusão do conhecimento humano, através da comunicação do Saber, pela Escrita.

Neste particular, o livro se tornou o veículo por excelência da expansão cultural. Se alguém tem uma idéia, por exemplo, sobre um novo método de plantar; sua idéia poderá beneficiar milhões de outros, através da comunicação escrita. Se um pesquisador localiza um novo transmissor de doença, logo a sua descoberta chegará ao conhecimento do público pelos meios de comunicação, principalmente pela escrita. O cientista, após estudar por muitos anos um determinado fenômeno, difundirá o seu saber em forma de escrita que, ao chegar às mãos do leitor, dar-lhe-á a oportunidade de conhecer, em poucas horas de leitura, tudo o que o primeiro aprendeu em décadas de pesquisas e estudo. Isto é fantástico, levando-se em consideração o volume de conhecimento estocado, sob a forma de livros, revistas, jornais, boletins, etc.; à disposição de qualquer pessoa. O homem que lê, vale por dois; já dizia Rui Barbosa (por isso é que existem poucos como ele).

A linguagem escrita parece ter exercido um papel preponderante na evolução do homem, quando propiciou às comunidades a comunicação mútua de suas experiências e feitos, enriquecendo o acervo cultural de grupos heterogêneos e distantes entre si. Alguns estudiosos crêem que a aquisição da linguagem tornou o homem mais consciente e, principalmente, mais consciente de si mesmo. Paralelamente ao desenvolvimento da linguagem, o cérebro humano veio se desenvolvendo com as trocas de informações com o meio ambiente e com os outros cérebros. Neste particular a escrita trouxe enorme ajuda ao desenvolvimento cerebral, haja vista a grande interação com os outros viventes e o fluxo de informações que esta forma de comunicação proporcionou e proporciona. Entre o autor e o leitor cria-se um contínuo e enriquecedor intercâmbio cultural, num "feedback" de valor inestimável para  os humanos.

 

  • Cérebro: o mentor de tudo

 

Na evolução das espécies, o homem superou os seus ancestrais símios graças a sua atividade intelectual. Com um volume de 600g, cerca de dois milhões de anos atrás e, hoje, com 1.500g de "massa encefálica, o cérebro humano conquistou a supremacia terrena e avança na conquista do espaço sideral. Constituído por muitos bilhões de células especiais denominadas de neurônios, em que cada uma delas se comunica e troca informações contínuas, a cada segundo, com milhares de outras, através de ligações chamadas de sinapses, formando uma "teia" maravilhosa, misteriosa e fantástica. Esse "emaranhado" de células e fios coleta processa e conduz uma infinidade de informações pertinentes ao mundo externo e interno do indivíduo. Por isso, a capacidade do cérebro de estocar, processar e conduzir informações é quase infinita. O neurocientista Steven Rose, do Open University of London, estima que o cérebro humano possa guardar  mais informações que todas as bibliotecas do mundo. Esta impressionante e, ainda inexplicada, capacidade cerebral deve-se à sua constituição inata  e suas interações com o meio ambiente. Usando os 5 sentidos(visão,audição,gustação,olfação e tato)como receptores dos estímulos ambientais, o cérebro recebe,seleciona,processa e estoca conhecimento, a fim de promover comportamentos adequados a uma vida saudável ao seu portador e ao meio em que vive.

É  recolhendo,assimilando e processando dados que lhe chegam pelos cinco sentidos que o cérebro, órgão superior da vida,  aprende promovendo o bem-estar ou a destruição do homem. A aprendizagem dá ao ser humano um registro de informações para serem usadas na ação comportamental Consciente e Inconsciente. Para resolvermos um problema matemático, por exemplo, necessitamos de informações prévias sobre esta disciplina. Um médico para curar um doente necessita de dados, estocados anteriormente em seu cérebro, relativos à biologia, física, química e outros. De um advogado, esperamos que tenha conhecimentos jurídicos armazenados em seu cérebro. De um psicólogo, imagina-se que tenha estudado e aprendido biologia, química, filosofia, psicobiologia, neurociências, etc. A um engenheiro, exige-se que tenha levado a sério e armazenado em seu cérebro as matérias do seu curso, para que nossas casas, pontes e elevados não caiam sobre as nossas cabeças.

Logicamente, quando tais profissionais não possuem o conhecimento inerente às suas profissões, não poderão desempenhá-las com competência, acarretando prejuízos incalculáveis a si e aos outros. Vemos, assim, que o conhecimento é fator de vida, progresso individual e social. É o conhecimento e o saber que expande a ação do indivíduo e, a falta do conhecimento (a ignorância), limita o sujeito e toda a sociedade. Uma pessoa que não cultiva o seu cérebro, alimentando-o com informações, através da leitura, da análise e da observação; será uma pessoa imatura, devido a carência de dados em seu cérebro. É como um computador sem programa, com pouca ou nenhuma eficácia.

 

A Luz da Mente

 

Sobre a mente, é necessário que expliquemos sobre esta importante e principal atividade cerebral... Pode se fazer uma pálida analogia com uma lâmpada e a sua luz. A Mente está para o Cérebro assim como a luz está para a sua lâmpada. No cérebro e na lâmpada, podemos tocá-los e apalpá-los. Entretanto, na mente e na luz não podemos pegá-las, embora possamos senti-las e avaliar as suas intensidades. Apesar da mente ser originada do cérebro; ela o transcende, constituindo-se um grande mistério para a ciência. Embora já se tenha obtido muitos  conhecimentos sobre o cérebro; pouco se explica essa estranha e maravilhosa capacidade do cérebro. Como afirmam alguns neurocientistas, a mente é a última barreira no conhecimento do homem.. Em 1951, o neurocientista canadense Wilder Penfied, examinando o cérebro, descoberto, de um paciente epilético que se submetia à cirurgia, notou que ao estimular, eletricamente, certas áreas cerebrais, através de um micro eletrodo, fazia esse paciente recordar fatos acontecidos há muitos anos atrás. Tais lembranças eram relatadas ao cirurgião, com riqueza de detalhes, apesar de terem se passado 40 ou mais anos.

Esses famosos experimentos que se repetiram com centenas de outros pacientes, vieram reforçar a idéia de que a mente de um adulto sofre influência de fatos acontecidos, desde tenra idade. Se esses fatos antigos forem negativos (sofrimentos, dissabores, frustrações, etc.); eles concorrerão para a geração de múltiplos conflitos para a pessoa. Portanto, o cérebro é um órgão susceptível de engrandecer ou de destruir o seu possuidor, conforme tenham nele gravados eventos positivos (gratificantes) ou negativos (sofrimentos). Isso, também, deixa claro que, quanto mais informações contiverem gravadas no cérebro, mais este terá capacidade para a análise e, assim, maior competência para discernir entre os comportamentos negativos (que provocarão a si e aos outros prejuízos atuais e futuros) e os comportamentos positivos (que gratificarão o presente e o futuro seu e da sociedade).

Voltando à Mente, conclui-se que uma pessoa carente de conhecimento, se comportará de forma inadequada na vida. Será uma pessoa imatura que prejudicará com o seu comportamento inadequado e negativo a si e a todos nós. Imagine-se, agora, uma sociedade onde a maioria dos seus membros faz "pouco caso" do conhecimento, elegendo como prioridade os bens materiais, os valores estéticos corporais (beleza física) e os efêmeros prazeres mundanos!  Como se comportaria a espécie humana, caso seus membros rejeitassem os fatores de enriquecimento interno, como o Estudo, a Leitura, a Pesquisa, a Observação e Análise dos fenômenos da própria natureza que os abriga? Por certo, os humanos pouco se diferenciariam das outras espécies menos evoluídas, como os símios e outros mamíferos menos desenvolvidos (aliás, este assunto já foi descrito por nós, em Trabalho recente, denominado: "A Descendência de Caim").

Em decorrência da deficiência de conhecimentos gravados no cérebro, haverá um perigoso distanciamento da realidade ambiental, por falta das informações que o capacitam para tomar providências positivas e criativas, pertinentes à vida individual e social. Se a maioria dos cérebros se torna incompetente para cuidar, de forma positiva, dos problemas que, invariavelmente, surgem no cotidiano social; teremos um eclipse do "Homo sapiens sapiens", em todas as suas atividades, devido à pobreza mental, originada de cérebros alienados, desprovidos de conhecimentos que deveriam estar contidos nas células gravadoras do cérebro de cada homem. Para isto é que a Natureza ( O Criador) lhe gratificou com bilhões dessas células especiais e únicas. A mente humana, assim desprovida do Saber, enfrentará sérios obstáculos vitais para a sua sobrevivência (não é exatamente isto o que está acontecendo conosco!).

O processo de vida, tanto individual quanto social, implica em uma série de providências nascidas da mente, tanto no sentido fisiológico como social, a fim de ajustar o indivíduo ao seu meio ambiente. Entretanto, tais providências implicam e dependem do estoque de informações desse mesmo meio ambiente, contidas no cérebro. Uma pessoa alienada, isto é, que tem poucas informações ambientais gravadas e estocadas em seu cérebro, terá poucos recursos mentais para se comportar de forma positiva e ficaria desajustada em seu meio, contribuindo para uma séria de transtornos pessoais e sociais. As doenças mentais de origem funcional; isto é, causadas por transtornos no cérebro; embora este esteja neurologicamente normal, ocorrem, em grande parte, devido aos comportamentos negativos de pessoas que se encontram inadaptadas para a vida em sociedade, em razão do pouco conhecimento que dispõem em seus cérebros, mentalmente regredidos. É muito comum os Psicólogos e Psiquiatras tratarem de distúrbios mentais gerados pelas exigências familiares e sociais sobre pessoas  cujo conhecimento está aquém das necessidades exigidas no seu cotidiano. Fica mais fácil a compreensão desses fatos, exemplificando-os com casos clínicos tirados da prática desses profissionais da Mente:

-Uma paciente de 35 anos, solteira, procura a terapia pelo motivo de há muito vir sofrendo de depressão, com crises periódicas de choro e abatimento geral. Ao longo do tratamento a sua vida pregressa foi sendo analisada e verificou-se que ela levava a vida fundamentada em sua beleza física, não se preocupando com o aprimoramento de sua Mente, gravando em seu cérebro as informações que mais tarde ser-lhe-iam exigidas pelas necessidades de sua vida. Conseguiu concluir um curso superior, via de regra se utilizando de meios que não lhe proporcionaram o adequado conhecimento para exercer a profissão desejada. Segundo seu relato, durante o seu curso, utilizava-se de "cola"; de "sedução" para conseguir notas; assinava trabalhos feitos por alguns colegas mais estudiosos; etc.

Com o diploma na mão, incompetente para o exercício profissional, teve que percorrer alguns gabinetes de políticos, em busca de "pistolão" para ter acesso a algum emprego que não exigisse dela concurso ou prova comprobatória de conhecimento (que não tinha) do Curso que fizera. Ela conseguiu a ajuda política, mas, à custa, de "favores sexuais"; violentando-se física e moralmente por indivíduos inescrupulosos e imaturos (assim como ela) socialmente "importantes" que se aproveitaram de sua necessidade de sobrevivência, por ser ela vítima dos poucos conhecimentos gravados  em seu cérebro. Quanto menos conhecimentos gravados, mais incompetente e imatura estará a pessoa. Por carecer de enriquecimento mental, a paciente voltou-se para a "idolatria" do corpo  (narcisismo) que, com o passar do tempo, um acidente ou uma moléstia qualquer, perderá os encantos da beleza jovial. Foi o que lhe aconteceu! Não mais dispondo da beleza física, pouco lhe restou para a manutenção da sua vaidade, segurança material e amorosa. Estão aí, as causas da sua depressão! Perdeu a sua auto-estima e se frustrou diante da realidade adversa daquela que, fantasiosamente, idealizara.

-Um casal procurou-nos em busca da estabilidade conjugal, muito desgastada pelos  atritos e incompreensões diárias,originados pela incompatibilidade mental existente entre ambos. A desarmonia foi gerada pelo desequilíbrio cultural entre eles. A esposa era bióloga, pós-graduada e com doutoramento nessa área. Ele era comerciante e nunca manifestou interesse pelos estudos, recusando-se a aprimorar a sua mente com novas e importantes informações que lhes dariam suporte cultural à altura da mente da esposa. A mulher, logo no início da vida conjugal pôs em prática os seus conhecimentos científicos, principalmente quanto à higiene de sua casa. Preocupou-se, com a assepsia a fim de evitar proliferações microbianas em casa. Fez muito bem, quanto a tais cuidados; tendo em vista que ela havia estudado tanto este assunto. Um biólogo competente sabe muito bem a importância da limpeza no combate microbiano. Entretanto, o marido cujo conhecimento biológico era nulo, não entendendo os bons e louváveis propósitos da esposa, julgou que esta o estava menosprezando e humilhando-o, quando ela o alertava sobre a possibilidade de contágio, quando, por exemplo, ele ficava gripado e não lavava as mãos; ou, quando ele utilizava as vasilhas destinadas aos outros, principalmente as do bebê. Quanto mais ela tentava explicar-lhe e convencê-lo da existência e perigo das bactérias, vírus e outros microrganismos; mais ele reagia com agressividade e descaso para com a higiene do lar. Dizia que ela não gostava dele e por isso sentia "nojo" dele. Foi neste clima que nos procuraram (por iniciativa dela e grande oposição dele), a fim de por termo ao sofrimento mútuo, gerado pela falta de informações biológicas, gravadas no cérebro desse marido. Vê-se que a falta de um tipo de conhecimento (o biológico) provocou grandes transtornos econômicos, físicos, psíquicos, sociais e familiares. Poderia ter causado outros tantos conflitos mais graves, como agressões, suicídio e, até mesmo o homicídio.

-Outro exemplo que podemos citar como um comportamento nocivo a todos nós, motivado pela falta de conhecimento e ignorância decorrente desse, é o comportamento generalizado, entre hortigranjeiros, de pulverizar com agrotóxicos as hortaliças e aplicar hormônios, em demasia, nas criações avícolas. Nos países mais avançados culturalmente; aqueles em que os cérebros da maioria da população contém muitos conhecimentos gravados (com mentes mais ricas, ágeis, competentes  e inteligentes) a prática do uso desses venenos agrícolas está sendo suprimida. Mas, entre países em que a maioria dos cérebros é culturalmente pobre, mercê da falta de conhecimentos gravados, o uso desses pesticidas continuará a provocar inúmeras doenças nos consumidores, inclusive alguns tipos de câncer. Tanto os aplicadores do veneno, quanto os consumidores têm pouca ou nenhuma noção dos males que acarretam à saúde pública. Eles morrem pela boca por desconhecerem (ignorarem) as informações biológicas, químicas e psicológicas daqueles venenos e da própria saúde. Conversando com alguns desses aplicadores de agrotóxicos, constatei que nada sabiam e entendiam da constituição desses produtos e, alguns, desconheciam até a dosagem certa da sua aplicação. Por falta de conhecimento eles nos matam e se matam.

-Casos como a poluição sonora que cada vez mais neurotiza a todos, exemplifica a ignorância dos milhões de indivíduos imaturos que deterioram o som e desestruturam as nossas mentes com  a infernal barulheira que promovem em suas casas,carros,motos,festinhas,botecos,boates, nas ruas  e onde quer que estejam, a fim de atraírem os aplausos e olhares de outros imaturos e a busca da auto-afirmação ( sobre este assunto; ler  o Artigo: "O Império do Barulho").  Cada vez mais, num crescente incontrolável, bandos de imaturos barulhentos perturbam e danificam as mentes alheias (nossas) e as deles.

Muitos são os exemplos que poderíamos citar para comprovar a inexorável rota da imaturidade que atinge todas as Cidades do Planeta.

A Força da Alienação

Poderíamos continuar citando mais exemplos de perturbações comportamentais decorrentes da desinformação cérebro-mente que concorrem para desestabilizar todo o social. Nos dias atuais, parece que a desinformação e a ignorância, relativas ao conhecimento geral sobre a própria Natureza, assumem proporções gigantescas, atingindo limites insuportáveis de prejuízos e transtornos de toda espécie à Sociedade. A falta de conhecimento, a ignorância e alienação tornaram-se bastante comuns e populares, prejudicando todos que vivem em sociedade.

Entre os adolescentes e púberes, principalmente, a leitura, estudo e a pesquisa, tornaram-se quase nulos, como meio de obtenção de conhecimentos que deveriam "alimentar" os seus cérebros, a fim de se comportarem de forma sadia, construtiva e positiva para eles e para a sociedade. Condicionados e presos no prazer imediato do aqui-e-agora, a maior parte deles rejeita o conhecimento. É muito raro encontrarmos alguém que goste de estudar. Quando se fala em livros,estudo,ciência e saber; é como se insultássemos a maioria das pessoas de hoje.Chega-se ao cúmulo de condenar e rejeitar aqueles que nas escolas são mais  dedicados ao estudos.

Nas Faculdades, onde se encontram os nossos futuros "doutores", muitos deles só conseguem "passar de ano" graças a expedientes escusos, criou-se até um chavão que comprova o desinteresse pelos estudos: "quem não cola, não sai da Escola". Algumas escolas, ainda, levam a sério os seus currículos; mas, muitos delas, estão interessadas, apenas, nas mensalidades pagas pelos  alunos. É bem conhecida a incompetência de muitos recém-formados, cujas atuações põem-nos em risco nos diversos setores em que exercem suas atividades profissionais. Quem mais sofre com essa incompetência são os mais pobres e humildes que se submetem a esses profissionais, por não poderem pagar profissionais mais competentes e capacitados; isto é, aqueles que se dedicaram com seriedade aos estudos e nutriram os seus cérebros-mente com os conhecimentos necessários para exercerem bem as suas profissões. Imaginemos profissionais médicos e enfermeiros formados em faculdades desaparelhadas e incompetentes, lançando, semestralmente milhares de recém-formados incapacitados e imaturos que irão cuidar das nossas vidas quando adoecemos e tivermos que  recorrer aos hospitais onde entregamos as nossas vidas e dos nossos amados, nas mãos imaturas de tais profissionais! Estamos todos "fritos", em gordura "trans"!!!  O indivíduo sem conhecimento torna-se vazio, alienado e perigoso a todos. Vazio por se sentir dependente e controlado por outrem; alienado, porque está no mundo, apenas, como mero expectador da passagem do tempo; e, perigoso, porque está apto, a qualquer momento, comportar-se de forma nociva, agredindo,destruindo e matando o seu ambiente e o seu semelhante; basta dar uma olhadinha nos noticiários diários da TV e dos Jornais. Uma pessoa que, tendo condições de estudar e aprender, não o faz; é um verdadeiro traidor da Natureza; pois denigre a própria Espécie, ao invés de engrandecê-la e honrá-la. Os exemplos são inúmeros e podem ser vistos diariamente por todos que queiram observar o comportamento da maioria das pessoas de todas as populações do mundo. Projetando as suas frustrações (carências, deficiências, inveja, imaturidade) no ambiente social, a maior parte da população nova busca nas drogas, crenças cabalísticas, fugas alucinógenas, bebidas, consumismo, carros e outros bens materiais; procuram fugir da realidade chocante que protagonizaram e dela são vítimas inconscientes e  protagonistas inconseqüentes.

Toda Geração, em determinado momento de sua época, fornece o alicerce para as vindouras. Nenhuma Geração prescinde da sabedoria de seus antepassados. A História nos revela a "saga" dos nossos ancestrais; seus inventos, descobertas e criações estão sendo usados hoje (e muito mal) por bilhões de imaturos que em nada concorreram apara tê-los; muito pelo contrário; fazem péssimo uso deles. Vejam os exemplos dos carros, armas, dos aparelhos de som, das drogas farmacêuticas, da cola de sapateiro, de alguns xaropes para a tosse, etc. Agora, pergunta-se, que "saga" esta geração deixará como exemplos para as próximas?  Por quais feitos se notabilizarão para os que nos sucederão os briosos, conscientes, competentes e alegres rapazes e moças; dignos patriotas e autênticos  representantes destes nossos dias? De que forma os novos "moykanos" escreverão as páginas do Porvir? Creio que a nossa herança não lhes será muito rica! Talvez, sejamos lembrados pelas Drogas, Gírias, Palavrões, Exibicionismo, Irresponsabilidade, Inconseqüência, Narcisismo, Alcoolismo, Tabagismo, Atrocidades, Violência, Alienação, Desonestidade, Amoralidade, Imoralidade e tantos outros atributos não muito honrosos; além do risco de os nossos sucessores receberem o Planeta todo "depenado". Possivelmente, esta será a herança que deixaremos. Muitos Homens do passado nos deixaram a marca dos seus "gênios" que ainda hoje nos deleitam e tornam melhor a nossa vida. Quando comparamos os atuais adolescentes com os de ontem, devemos ser fortes para suportarmos a visão do que se espera em futuro próximo. A geração atual, com raras e honrosas exceções, exibe-se pela ignorância, insensatez, degeneração, desestruturação, insegurança, barulho, violência, agressividade, desrespeito a tudo e a todos, além de enorme descompromisso com o passado, presente e com o futuro. É de se prever, analisando o comportamento da maioria, que a vida futura na Terra (se não conseguirem destruí-la antes) será terrivelmente ameaçadora para todas as espécies, animais, vegetais e minerais. Os Pais, geradores e degeneradores dessa atual geração, devem se preocupar com os seus rebentos, procurando saber onde estão, com quem estão e o que andam fazendo,principalmente nas caladas das noites!

Para finalizar, seria muito bom que observássemos mais o comportamento das pessoas, conhecidas, amigas, colegas, parentes, familiares e desconhecidos com quem nos relacionamos. Procuremos ver a pobreza de assuntos (pobreza mental) quando se reúnem, por exemplo, em um aniversário. Os homens, falando de futebol, bebidas, jogos, riqueza, material, carros, apartamentos, mulheres, sexo fácil e tantas outras futilidades passageiras e efêmeras.  E as mulheres! Por outro lado comentando as novelas do dia, as fanfarronices dos seus maridos e filhos desgovernados; falam de cabelos, unhas, riquezas materiais, beleza física, cabeleireiros, infidelidade conjugal, rivalidade estética e material, de homens "bonitos", malhação, cosméticos, intrigas, fofocas e tantas outras futilidades.

E o que falam,discutem, analisam e divulgam os nossos filhos adolescentes e os mais crescidinhos quando se reúnem nos botecos,boates,festinhas e outros locais não muito lisonjeiros? Acho que cada pai deve imaginar o que dizem e o que fazem eles; afinal, foram eles que os criaram. Os "moykanos" do mundo inteiro, com honrosas exceções, estão se drogando,fumando,bebendo, "fazendo sexo" (sexo não se fabrica) sem saber fazê-lo (milhares de crimes de aborto por mês, agredindo uns aos outros (ver final de jogo de futebol), pichando e depredando os bens públicos e particulares, berrando,gritando,ouvindo lixo sonoro a 200 decibéis por segundo, exibindo carros e motos comprados por inúmeros pais irresponsáveis, fazendo "pegas" para as suas filhas imaturas verem e quererem "ficar" com eles, discutindo futebol, falando de quantas mulheres/homens  eles/elas "pegaram" por noite/dia, falando das novelas de televisão e outros sacrilégios contra a Espécie Humana. Além disso, assassinaram a Moral, a Ética, o Respeito, a Honestidade, o Amor, a Música, a Poesia e o Cavalheirismo; além de  darem as costas ao Criador. Mataram a Língua Portuguesa, utilizando-se de meia dúzia de palavras, quase sempre importadas dos presídios norte-americanos, como: "legal", "beleza", "jóia", "valeu","cara"  e alguma outra expressão chula condicionada pela TV ou algum modismo copiado de delinqüentes de além-mar; sem falarmos dos desenhos de morte,agressividade,violência e horror,estampados em suas roupas e peles. O que devemos esperar desses nossos sucessores! Quantos bilhões deles, em todo o mundo, estão fazendo o mesmo, comportando-se da mesma maneira! Na Globalização do MAL, este prevaleceu sobre o BEM? E as palavras Dele, quando afirmou que o MAL não prevaleceria sobre o BEM!  Pais, procurem saber se seus filhos estão falando,discutindo e se preocupando com a poluição devastadora da terra, ar, mar e espaço sideral, quando bilhões de toneladas de lixo/ano,são evaporados, enviados e retornados para os nossos pulmões. Perguntem se eles estão procurando solução para os milhões de esfomeados no mundo inteiro; se estão pensando na cura do câncer e de muitas outras doenças que virão em decorrência dos seus muitos desatinos promíscuos; sobre o que seus filhos estão tramando para diminuirmos a barulheira infernal que eles mesmos promovem, nos 500 decibéis dos seus  alto-falantes dos seus carros exibicionistas e em suas casas; nas festinhas e nas algazarras que fazem nos bares e botecos, dentro deles e nas calçadas, diariamente, encharcados de álcool e outras drogas mais. Pensem muito nisso e vejam o que nos esperam no futuro deles, seus e nossos. Brevemente, em outro Trabalho de pesquisa comportamental, intitulado: "PAIS, NÃO CHOREIS POR VOSSOS FILHOS...", poderemos analisar melhor o comportamento dos seus filhos e as conseqüências, para todos nós, dos seus desatinos, patrocinados por vocês mesmos.


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CARLEIAL. Bernardino Mendonça

 

 

 

 

 

 

(Artigonal SC #3253364)

" ADULTÉRIO-UMA VISÃO PSICOJURÍDICA "

                                    O Adultério: Uma Visão Psicojurídica.
   

Não faz  muito tempo que os nossos legisladores, ao arrepio de Deus  e das vítimas  , descriminalizaram ou descriminaram o adultério. Agora, com "carta-de-alforria" oficial, maridos e esposas podem prevaricar e se traírem  à vontade, sem qualquer temor, cerimônia ou pudor. O temor se foi, a cerimônia quedou-se  no passado das promessa mil e das juras de amor eterno, sob as bênçãos do Senhor e ao som da Ave-Maria. Quanto ao pudor, dantes sinal de caráter, hoje, em muitos, se encontra banido. Além de socializarem o adultério, banalizaram, também,o uso das drogas e, brevemente, concederão o alvará de matança de criancinhas nos ventres, já não muito maternos, de uma infinidade de mamães   psico e fisicamente imaturas que de paraíso já não mais padecem. Será a nova "lei do ventre livre"; às avessas ; livres para abortar e para matar. Parece que alguns parlamentares estudam a formação de uma Comissão para rever a Lei n°11.343/06 que descriminou o uso de drogas. Alguns desses políticos alegam que houve acentuado aumento do número de usuários e, logicamente, aumento do consumo, favorecendo os traficantes e o seu comércio maligno. Se não medirmos as conseqüências; se continuarmos posando de "bonzinhos",tolerantes, seguindo os exemplos do vício e da decadência moral de países apelidados de "liberais"(quando,na verdade, são libertinos); pagaremos caro pela elaboração de leis benevolentes,demagógicas e nocivas. É o temor do castigo que refreia o instinto  e o impulso doloso(e pecaminoso) dos milhões de imaturos e desestruturados que permeiam o dia-a-dia nas nossas cidades. E esse número tende a ser geometricamente crescente, à medida que a mídia fomenta a degeneração dos bons costumes; bem como, o descaso crônico dos governos que faz acentuar as diferenças sociais. É a punição que  evita muitos crimes que,por receio dela,permanecem no nível do desejo consciente ou inconsciente do nosso cérebro e da nossa mente. No caso das drogas, por não mais temer o castigo é natural que um número maior de desequilibrados e de imaturos se sintam livres e seguros para consumirem mais, aumentando,consequentemente suas doses alienantes e a delinquência. Novos usuários,atraídos pela impunidade,juntam-se aos velhos viciados,comprando e traficando mais drogas,para a felicidade geral dos produtores e atravessadores do Mal.  A droga, tornou-se o símbolo mundial de uma juventude descompromissada com o passado,com o presente...e com o futuro.

Criminar ou descriminar comportamentos,sem uma prévia avaliação segura das conseqüências disso,pode ser muito desastroso,injusto e cruel para muitos. Não devemos nos admirar, se em futuro próximo descriminarão todo o Mal e incriminarão todo o Bem. Na inversão dos valores que presenciamos, tudo é possível!   Uma sociedade que baniu Deus de suas vidas e preferiu,novamente,Barrabás à Jesus; não deve esperar a Paz e a Felicidade neste mundo e, muito menos,no outro. Os meios de comunicação(pior com o advento da Internet),principalmente a televisão,mostram-nos em que nos transformamos; nós que nos auto denominamos de "homo sapiens sapiens"!  A descriminação do adultério, através da Lei n° 11.106/05 , foi um desses equívocos cometidos pelos elaboradores da Constituição Federal que, em seu Capítulo VII,arts.226,227 e 229,promete especial proteção do Estado à família, à criança,ao adolescente e ao idoso. Além da Carta Magna de 1988,outros dispositivos legais,contidos no Código Civil,como os artigos 1511,1566 e 1573,procuram preservar a vida conjugal,salientando a necessidade da fidelidade entre marido e mulher. São justamente a família,a criança,o adolescente e o idoso, os maiores prejudicados pela abolição da pena para os adúlteros. Ao se revogar o Art.240,do CP, que punia o cônjuge infiel, não se previu,como já aludimos,os graves efeitos colaterais que adviriam com tal liberação. Não pensaram que esse liberalismo iria facilitar e incentivar a infidelidade conjugal. Os cônjuges, agora,traem-se por qualquer motivo,por banal que seja. O marido ou a mulher pode trair sem receio,incentivado e condicionado pelos incontáveis exemplos de permissividade e traições matrimoniais que os meios de comunicação nos oferecem,gratuitamente,em domicílio ou, "à la carte".

 Por todo o mundo, diariamente são oferecidos pela mídia(hoje,mais pela Internet), vários exemplos,incentivos e convites de inúmeras degenerações sexuais, como "ménage à trois",troca de casais,"swing"  e outros mais que estão por aí a perverter e atrair milhões de imaturos incautos.  Com a isenção da pena,favoreceu-se e incentivou-se o delito. Os casais (principalmente os imaturos) ficaram a mercê de uma falsa sexualidade; de um erotismo promíscuo e patológico,como: o sexo pelo sexo, sexo compulsivo e sexo por vingança do cônjuge. Sexo, enfim, como capricho voluptuoso de qualquer um deles, coadjuvando mais promiscuidade sexual. Adultera-se e, se trai, por qualquer "birra" conjugal, por motivo fútil ou  torpe. Sem medo do castigo que o antigo Art.240,CP  impunha a quem traía; e, pior, aplaudido por muitos outros infiéis, o casal não mais dialoga e discute os seus problemas, suas dúvidas,suspeitas e eventuais incompatibilidades. Agora, com a permissividade que a nova lei oferece, cada um deles corre em busca de "consolo", para os abraços de um outro adúltero. O incentivo ao adultério, promovido pela nova lei,era a pá de cal que faltava para a dissolução do casamento e as funestas conseqüências que,agora,analisaremos,sob o enfoque da  Neuropsicologia. 

Quando uma mulher trai o seu marido(ou vice-versa); durante a fase oculta da infidelidade ela se encontra em tensão psicológica; antes,durante e após o ato infiel. Há sempre o risco de ser vista,de ser seguida e flagrada com o amante,em qualquer local em que se escondem. O amante,por sua vez,pode ser um traidor de sua esposa e de sua família,cujos efeitos dessa traição com a outra do outro,gerará imensos conflitos à sua família. È um dos muitos  efeitos colaterais do adultério.  Pode ocorrer que a mulher adúltera, mais velha, esteja traindo o marido com outro mais novo que ela; este,tenderá a explorá-la financeiramente, extorquindo-a e ameaçando deixá-la. Conheço casos em que a adúltera se valia do dinheiro do seu esposo para financiar motéis, passeios e outros locais de encontros. Quando tudo é descoberto, ao se ver flagrada ou denunciada, a adúltera entra em desespero e, não  raro, tece uma teia de mentiras e calúnias contra o seu esposo, a fim de  justificar o seu crime e pecado, responsabilizando o cônjuge inocente para arrebatar o máximo de bens na partilha e não perder a guarda dos filhos.  Em clima de grande tensão,inicia-se uma intensa guerra entre eles,algumas vezes resultando em tragédias,como acontece em alguns grupos sociais. Há briga pela posse dos bens que, algumas  vezes, pertencem ao cônjuge traído. Os transtornos mentais, psicológicos,econômicos e fisiológicos são bastante aflorados, nas famílias de ambos, notadamente na família do traído. A adúltera(ou o adúltero) não percebe os danos que causa a todos os envolvidos,em decorrência do seu ato pecaminoso. Além da condenação eterna prometida nas Sagradas Escrituras, as muitas seqüelas do adultério se estendem às famílias do casal, dos conhecidos e  às famílias dos amigos deles. A mudança é radical; diferente do que acontece quando a separação do casal se dá por outros motivos que não, o do adultério. A separação do casal é inexorável  porque o cônjuge inocente não confiará mais no infiel,pois é comum falar-se que: quem trai uma vez, trairá novamente. Como dizíamos, quando o casal se separa,os filhos se desnorteiam(principalmente os menores), com sérias conseqüências para todos, como depressão(e,até, o suicídio),problemas econômicos,chantagens e muitas intrigas parentais,levadas a efeito pela família do traidor. Geralmente esta, é conivente  com o adultério de seu membro,tendo sido,não raro,a promotora e incentivadora dos encontros furtivos dos amantes adulterinos. O ódio,não só do cônjuge ferido,como de sua família é bastante notório; daí,outro  risco que o cônjuge traidor pode correr. A destruição do lar e da família pelo adultério é, também, um problema social; muito além do casal e de seu círculo familiar.

Como se sentem os filhos que sabem que a sua mãe esteve nos braços e abraços de um amante; em conjunção carnal com um estranho, traindo as promessas que fez?  E quanto a adúltera, com as imagens escandalosas de sua voluptuosidade infiel? Como ela lidará com essas cenas gravadas,de forma,indeléveis em sua mente? Através do conhecimento neuropsicológico, sabemos que tais imagens se consolidam de forma eletroquímica, no cérebro consciente e inconsciente,causando distúrbios psicofísicos que a perseguirão por toda a vida. Creio que é por isso que a Bíblia fala na condenação eterna dos adúlteros. Quem cometeu adultério,embora possa se safar das penas dos homens; jamais escapará de si mesmo, na culpa da sua infidelidade. Ela,ou ele,por si próprio, se condenou. Também estarão inclusos nas penalidades mentais e divinas, todos aqueles que colaboraram para o adultério.

 Vê-se, pois,que o adultério não é apenas um caso conjugal; mas sim, um dilema social.  Sodoma e Gomorra enviam lembranças a todos os adúlteros e aos que os incentivam nesse crime de lesa-família.






                       CARLEIAL .  Bernardino Mendonça










(Artigonal SC #2848177)

" A TELEVISÃO E A FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE "

                         A  Televisão  e  a Formação da Personalidade     
  
                                                                                                                                                                                                                                                          Televisão  A Televisão é um dos inventos que mais tem provocado elogios; ao mesmo tempo,desperta  grande número de críticas. São muitos os seus defensores; mas, cresce o número dos que a condenam por condicionar a mente dos seus telespectadores, notadamente dos mais novos.


A Televisão fez a sua estréia no mundo, quando o escocês John Logie Baird exibiu, publicamente, no vídeo, a imagem de um rosto humano. O cenário foi Londres e o ano, o de 1926. Daquela época até os nossos dias, a televisão tem passado por muitos aperfeiçoamentos e o seu desenvolvimento tecnológico é testemunhado por todos, assim como os seus subprodutos, como o videocassete, o videofone, o videotexto, o videogame e muitos outros. Com o advento dos satélites artificiais, nos anos sessenta, a retransmissão imediata de acontecimentos, em qualquer local do Mundo, tornou-se um fato rotineiro. Com a Internet, mais uma de suas "crias",centuplicou a possibilidade de divulgar-se diversos outros modos de comunicação; e, o que é pior, mais  negativa que positiva. Em  todo lugar do Planeta( e,mesmo em outros), as imagens de ocorrências  nocivas ou construtivas são levadas,instantaneamente, à todos, desde às tribos indígenas do Xingu , aos habitantes das Megalópoles; atingindo as famílias  mais abastadas, bem como, os miseráveis das favelas e os trancafiados nas prisões e penitenciárias do mundo inteiro. Tornamo-nos todos, neste século, telespectadores habituais de nossa própria conduta. A influência que o invento de Baird tem exercido nas pessoas, especialmente nas crianças e adolescentes, vem provocando polêmicas acirradas, desde o seu aparecimento, décadas atrás. Em seu aspecto tecnológico, trata-se de um objeto eletrônico fantástico, cujo impacto nos meios de comunicação não pode ter sido imaginado por seus idealizadores. A sua utilidade como veículo de som e imagens, extrapolou as perspectivas dos seus pioneiros mais otimistas; tornando-se,rapidamente, em poderoso instrumento de modificação da conduta humana e de condicionador implacável das mentes, influenciando os hábitos,costumes e cultura dos povos. Não há qualquer área da vida que a TV não exerça a sua forte interferência. Não resta dúvida que a "telinha" transformou a vida dos seres humanos, incorporando-se ao cotidiano de todos nós. Nos países desenvolvidos existe um aparelho de TV em toda residência. Já em 1972, calculava-se que existiam no mundo, cerca de 270 milhões deles. Somente nos Estados Unidos, naquele mesmo ano, mais de 55 milhões de famílias possuíam televisão, sendo que em cada residência, alguém da família permanecia por 5 horas diárias defronte a TV, absorvendo a sua programação. Pesquisas americanas, ainda naquela época, mostraram  que existiam 653 estações de TV, naquele país, transmitindo 24 horas por dia, as suas programações. Ficou evidenciado que um estudante ao concluir o curso secundário, gastou 15.000 horas diante do aparelho de TV e 10.000 horas dentro de uma sala de aula. Há 38 anos atrás (este trabalho foi produzido por CARLEIAL, em 1990 e publicado em Minas gerais neste mesmo ano), já se prenunciava o poder nocivo da Televisão nas mentes das  pessoas, principalmente nas mais imaturas como as crianças,adolescentes,ignorantes e débeis mentais. Um adolescente médio americano consumia 625 dias assistindo TV e 417 dias estudando. Assim, como muitos inventos, a televisão não é boa e nem é má; ela apenas reflete o nível e o perfil mental da sociedade que lhe é contemporânea.  As pessoas que a programam são as responsáveis pela deturpação da sua finalidade original: cultura, entretenimento saudável e utilidade pública. Imensos interesses comerciais, egoísticos e narcisistas se escondem por trás da televisão. Comerciantes, publicitários, os "donos" e suas  famílias, dessa que é uma "nossa" concessão pública. Atores, diretores, etc.; que a usam para seus fins, quase sempre estão divorciados da saúde e do bem-estar da população que lhes deu a permissão (ou, permissividade) para nos "entreter", nos dar Cultura e ser-nos úteis. Para essas pessoas (todos os que fazem a Televisão), pouco importa os resultados do condicionamento que impõem à Sociedade. A Televisão, a faca, a energia nuclear, as drogas e tantos outros inventos e descobertas, foram idealizadas para fins positivos e úteis para a Humanidade. Entretanto, sabemos do que são capazes tais criações, nas mãos  de indivíduos inescrupulosos e insanos. No Nordeste, por exemplo, a faca é tão utilizada na cozinha; como também é usada como  arma, nos muitos assassinatos que ali ocorrem. A energia nuclear tornou-se um pesadelo para todos (que a conhecem, é claro!), quando do seu uso bélico-destrutivo. E as drogas? Quem desconhece os seus efeitos terríveis na geração festiva, descontraída e irresponsável de nossos dias! A Televisão foi, realmente, um dos maiores inventos de todos os tempos; o mais rápido e perfeito veículo de comunicação, gerando a oportunidade de fornecer ao mundo o mais potente meio de confraternizar os Povos do Mundo. Infelizmente, tornou-se uma catástrofe, com a sua ação condicionante negativa, no mesmo século que a viu nascer. As suas maiores vítimas, como já frisamos tantas vezes, são as crianças e adolescentes que, ainda, não têm a capacidade psicobiológica para analisar e discernir as mensagens desestruturantes projetadas nas suas mentes imaturas.  Ela trouxe para a intimidade dos nossos lares a escória do comportamento do homem; o submundo da torpeza humana; o lixo de uma sociedade decadente que está concretizando passo-a-passo, as previsões bíblicas de que irmãos se voltariam contra irmãos.... Etc.; e notem, que este trabalho foi feito e divulgado há mais de 20 anos atrás! Quase sempre a programação televisionada está impregnada de sexo vulgar, horror, violência, prostituição, traições conjugais e de toda ordem de crimes e. Pecados. A qualquer momento que se liga a TV, ela está nos oferecendo os seus múltipços ensinamentos de crime, corrupção e de erotismo compulsivo. Basta que se ligue o aparelho de TV ( e qualquer criança pode fazer isso), para que se tenha dentro de casa o mais aperfeiçoado método; os mais avançados métodos pedagógicos  de desestruturação, alienação e perversão  da personalidade.

 Como terapeuta, costumamos perguntar às famílias que nos procuram, sobre ouso da televisão em suas casas. Quase sempre respondem que a TV fica ligada por grande parte do dia e que seus filhos são dependentes ( e os próprios pais)das novelas, filmes e programas "infantis". As novelas merecem até um estudo à parte, por seu alto poder de condicionamento  mental, físico e moral das Sociedades. Em qualquer lugar onde se instalar um canal de televisão, logo os costumes desse lugar serão deteriorados pelos maus exemplos por ela propagados.  Desonestidade, imoralidade, amoralidade, perversão, prostituição, desvios sexuais e até a alimentação das pessoas será deturpada pelas maciças propagandas dos comerciantes e fabricantes de enlatados, engarrafados e de  todos produtos nocivos à saúde, contaminados por agrotóxicos e conservantes de toda espécie. Enfim, tudo que é natural, torna-se artificial, superficial e deletério à vida das pessoas e do meio ambiente. Muitos programas televisivos são fartos em cenas de violência, sexo vulgar, vadiagem, corrupção, drogas e desvios sexuais. Tudo isso, acondicionado em um enredo medíocre que é projetado de forma condicionante aos telespectadores de toda idade. As pessoas mentalmente evoluídas não conseguem digerir a maior parte dos programas que a televisão nos mostra. Embora não se possa afirmar quer não existem programas de grande utilidade social! É claro que ainda se vê bons programas; todavia, isso não é a tônica da televisão. Em recente pesquisa na França (lembrar que este Artigo foi escrito em 1999), sobre os programas de televisão, o resultado foi considerado alarmante, pelas autoridades daquele País (que sempre foi  considerado muito "liberal").  Verificaram eles que no espaço de uma semana foram anotados 670 assassinatos, 848 agressões físicas, 15 estupros, 419 tiroteios, 11 assaltos, 32 tomadas de reféns, 27 cenas de tortura, 18 pessoas se drogando, 8 suicídios e muitas outras cenas de sexo e de violência, consideradas "leves".Tudo isso,apenas em uma semana,num país sério,amadurecido e competente. E no nosso País, onde impera a imaturidade, a ignorância, a corrupção, a ausência de um histórico cultural e a falta de seriedade? Antes, quando havia censura, a orgia carnavalesca no vídeo era um fato corriqueiro. Imagine-se agora com o "liberô" total ! Já estamos vendo nas novelas das sete,cenas de promiscuidade e desvios sexuais; não tardarão a focalizar pais,filhos e irmãos na intimidade incestuosa. Aí, o incesto, como qualquer desvio sexual, de tanto ser visto, será considerado normal e aceito por todos. Em seguida, os legisladores, juristas e aplicadores do Direito, também condicionados pela televisão, tratarão de expurgar todos esses crimes da nossa ordem jurídica. É através da repetição de palavras e cenas que se condicionam aos comportamentos positivos ou negativos. Esse é o método mais utilizado pelos publicitários, comerciantes e patrocinadores dos programas televisionados.  Lá na França, o resultado daquela pesquisa acarretou enérgicos protestos de representantes da sociedade e a cólera do governo, exigindo mudanças nas programações da televisão francesa. Isso, em 1998, porque agora, em 2010, nem o Governo e nem a população de lá (assim como os daqui), devem estar mais protestando ou se indignando com coisa alguma; pois, também já foram todos condicionados pelos exemplos permissivos das suas emissoras de TV. De vez em quando surgem  os seus defensores, argumentando que a televisão é inofensiva e, até, faz muito bem à saúde e a moral dos povos. Dizem eles que ela mostra, apenas, a nossa realidade. Dizem eles, ainda, que a violência e a amoralidade mostradas representam, tão somente, o que já existe no nosso cotidiano; que a "maldade" está é na cabeça das pessoas (como na minha que os condeno) e outras desculpas mais esfarrapadas. Tais afirmativas são tanto quanto acanhadas em sua retórica, como por seus conteúdos ingênuos e marotos. Todos nós sabemos (ou deveríamos saber) que a violência e a iniqüidade tornaram-se comuns no relacionamento do homem com o seu semelhante. Todavia, não é por isso que devemos incutir, precocemente, nas mentes infantis, a discórdia e a torpeza,através das cenas repugnantes de violência,corrupção e de erotismo vulgar e degradante, principalmente  da mulher.  Afirmar-se que as crianças devem tomar conhecimento da perversidade e promiscuidade do homem, a fim de acostumarem-se  cedo a tais irracionalidades e bestialidades; demonstra uma perigosa irresponsabilidade social. O Ser Humano, assim como todos os seres vivos, nasce com uma  dose natural de agressividade; a fim de preservar a Espécie. O homem, assim como os demais mamíferos, possui circuitos neuronais que encerram a capacidade de agredir e de praticar o sexo, especificamente para a defesa e procriação, respectivamente. A violência e o erotismo desvairados são formas anormais e exageradas desses mecanismos naturais, provocados pelo bombardeio de estímulos perversos e doentios que incidem sobre o seu cérebro, através dos órgãos dos sentidos. Aquelas estruturas cerebrais se ativam desde cedo e, precocemente, provocam nas pessoas, principalmente entre os imaturos, a compulsão ao crime, à violência e à promiscuidade sexual. Não é só por coincidência que o número de gravidez entre menores de 17 anos, vem aumentando consideravelmente, em nosso País e em todo o mundo. Em um Seminário sobre o adolescente, o médico e pesquisador João Tavares Leite Reis, declarou que 70% das jovens iniciam suas vidas sexuais na faixa etária de 16 a 17 anos e os rapazes, nessa mesma  idade. Sabemos que é nesse período que a alienação e a irresponsabilidade pessoal, familiar e social, é mais comum entre eles (isto em 1990; agora, em 2010, essa irresponsabilidade é  mil vezes maior).

Neles, a alienação é patente nos estudos, no trabalho e no saber cultural. Na pratica, poucos estão preocupados com a Nação ou com quem quer que seja; a não ser com eles mesmos. O  pior, é  que agora, nem os adultos e velhos se encantam mais com  "Pátria" e  "Nação"; tal é o desengano e desencanto  causado pelos péssimos exemplos dos governantes,políticos e autoridades reinantes! A turma "jovem" (entre aspas, porque considero jovem aquele  que eleva o conceito de dignidade humana; tal como fez os jovens Madre Tereza de Calcutá; João Paulo II, Irmã Dulce, Martin Luter King, Ghandi, Rui Barbosa,Caxias,Tamandaré e muitos outros jovens que souberam honrar e dignificar a espécie dos Humanos); a turma "jovem", repetindo, em sua maioria, quer mesmo é diversão desastrada, carros, motos, sexo promíscuo, bebidas, drogas, ociosidade e irresponsabilidade pessoal e social. Um fato que passa despercebido pela maioria das pessoas, é a idade precoce dos marginais de toda espécie, como os assaltantes, criminosos, seqüestradores e outros, que aparecem nos noticiários jornalísticos, cada vez mais novos em idade e atacando-nos com requintes de perversidade. O curioso é que os bandidos mais idosos são menos sanguinários e mais benevolentes com as suas vítimas (devemos até torcer para, quando formos atacados, sejamos pelo menos, por bandidos mais velhos!).


A televisão, como escola de graduação do crime e da desestruturação social, é bastante convincente e promissora. Com muita propriedade a Logosofia  conhece os  estímulos negativos que ela impõe  sobre as crianças e adolescentes. Através do seu mestre e criador, o notável humanista argentino Gonzalez Pecotche, o pensamento logosófico é enfático quanto à "tremenda avalancha de estímulos negativos da hora presente, que arrasta consigo os germens da decomposição moral e espiritual, que propaga a corrupção dos costumes e o desprezo pela dignidade humana". É claro que tal avalancha desagregadora se origina da televisão, sem nos esquecermos da contribuição nociva do Cinema, do teatro,, da Literatura  chula e de baixo nível que atulham as casas de projeção, os palcos, as vidiotecas, as livrarias, etc. Quem também analisa , também, o assunto com preocupação e clareza é o Professor e escritor mineiro, João Luiz de Freitas que em seu livro "Despertar de um Senso Crítico"(Ed. Lutador,1988), focaliza com profundidade os conflitos originados da televisão,relacionados com a educação,sexualidade e personalidade das pessoas mais novas. Inúmeros são os exemplos de desagregação individual e social, provocados pela programação nociva da televisão e do cinema. Há tempos, numa pequena cidade da Alemanha, passou um seriado na TV, em que um adolescente psicopata violou e matou algumas meninas de sua idade. Na semana seguinte à exposição da referida Série televisiva, três mocinhas foram estupradas e estranguladas por um maníaco de 16 anos. Após a sua captura, confessou que praticou os crimes estimulado e seguindo o modelo do psicopata do filme. Nos Estados Unidos, há poucos anos, outro "vidiota" (termo usado por João Luiz de Freitas para designar o telespectador idiota) de 13 anos, arrebentou a cabeças de próprio pai com um tiro de escopeta porque este desligara o aparelho de TV, quando o filho assistia a um filme de violência. Exemplos como estes, de estimulação cerebral negativas veiculadas pela TV e suas congêneres, são cada vez mais freqüentes e conhecidas. Em 1973 (atentem que foi há 37 anos!), tribunais ingleses julgaram crimes semelhantes, induzidos pela programação televisiva. Três deles se sobressaíram nos noticiários da época pela violência e idade dos criminosos. Um indivíduo de 15 anos fabricou uma bomba (que aprendeu a fazer em um filme) e a atirou nos professores que o haviam reprovado na escola. Outro menino de 6 anos se atirou pela janela de um prédio, com uma capa amarrada nas costas, após ver na televisão o "Super-Homem" cruzar, livremente,  os céus de "Metrópoles". Um terceiro "vidiota" colocou vidro moído na refeição dos seus familiares, alegando depois, que queria ver se acontecia o mesmo que viu em um filme que vira na TV. Estes fatos não são isolados! As conseqüências negativas e funestas decorrentes do impacto  e influência da televisão no comportamento individual e social; são, verdadeiramente, catastróficas.

Muitas vezes visitamos alguém, e lá, encontramos a família "hipnotizada" pelas novelas; esses dramalhões repletos de violência, perversão sexual, drogas, adultério, vadiagem, futilidades e tantos outros fatores de deformação do caráter. A violência e o erotismo têm sido as mais desastrosas conseqüências da televisão e do cinema. O comportamento agressivo anti-social tem atingido níveis alarmantes no mundo inteiro (note que estamos no ano de 1999!) e a violência tornou-se a marca registrada do nosso tempo. O número de abortos no Brasil (estimativa de 1999), segundo se tem noticiado é de mais de 5.000.000; sendo que a metade deles é praticado por adolescentes jovens, que pouco ou nada sabem sobre a sua própria sexualidade. Conforme alertavam alguns especialistas em 1999, calcula-se que 4 mulheres morrem diariamente, em decorrência desse volumoso índice abortivo. Mesmo que se saiam bem, fisicamente, do aborto, um grande número delas padece e padecerá de enorme sentimento de culpa que lhes acompanhará pelo resto de suas vidas, pela conscientização da destruição de seu filho indefeso, fruto de um prazer momentâneo e fugaz. Quantas vezes atendemos pacientes dessa natureza, deprimidas e com desejos de autodestruição!

Quando uma criança se acostuma com o linguajar, trajes e trejeitos eróticos de apresentadores de programas "infantis", ela certamente irá imitá-los. O próprio modo de vestir-se e comportar-se dos pequenos telespectadores se assemelham aos padrões modeladores desses apresentadores. O pior é sabermos que a trajetória  "artística" de alguns desses atores e atrizes de televisão e cinema, inclui passagens por filmes e revistas  pornográficos (chamados por eles de "eróticos" e nus "artísticos"), ocasião em mostram o íntimo de seus corpos, sem qualquer pudor ou vergonha.  Nas bancas de jornais, suas imagens e fotos são mostradas e expostas para o mundo inteiro e vendidas para  quem oferecer as "trintas moedas". Muitos pais irresponsáveis e levianos levam para casa tais revistas, dando oportunidade para seus filhos menores verem seus modelos vistos na TV, ali bem perto deles, "possuídos" e manuseados por eles, incutindo-lhes na prática, os prazeres precoces de um corpo e de uma mente imaturas.

Uma coisa é certa; sem sombra de dúvida; essas crianças irão, também, exibirem seus corpos, desnudados e com a permissão dos seus pais, também condicionados e entorpecidos  pelas mensagens liminares ou subliminares da TV. Elas irão querer sentir os prazeres da estimulação erótica, precocemente estimuladas pelos exemplos desses modelos negativos de conduta. Basta se observar os trajes, a linguagem, a postura lasciva, erótica e  provocante da grande maioria de meninas, que mal saíram da puberdade. Tal conduta é vista, facilmente, em frente aos colégios, festinhas, cursinhos, barzinhos e outros locais barulhentos e cervejizados. Temos vistos, há bastante tempo e vezes, nas imediações de muitos colégios, meninas seminuas, trocando carícias, publicamente, em intimidade erótica com rapazolas que mal saíram das fraldas; algumas vezes em pleno horário das aulas. Sem falarmos nas conseqüências da fuga do estudo que tais prazeres precoces invocam, temos o aumento alarmante do número de abortos (já comentado acima) e de transmissão das doenças sexuais que ameaçam a todos. Tem também outro ponto muito nocivo  na TV: é o costume de apresentarem filmes feitos originalmente para o Cinema, onde a sua apresentação se dá em ambiente fechado, para uma platéia que escolheu assisti-los. Ocorre que tais filmes são apresentados pela TV, ao alcance de todos, sem qualquer impedimento para as crianças, expondo a elas cenas que agridem a religiosidade, a moral e os bons costumes. Aliás, a religião tem sido alvo dos interesses mercenários e políticos do Cinema e de muitos meios de comunicação. Eles minam o espírito da Fé Cristã, justamente porque ela sempre foi o freio da licenciosidade, do pecado e do crime (Crime é o "pecado" do homem contra o homem; Pecado é o crime do homem contra Deus). Torna-se difícil avaliar-se as conseqüências patológicas da TV sobre as mentes, quando não se conhece todos os mecanismos neuropsicológicos e tampouco, quando não se tem contato com as vítimas desse processo de decadência, patrocinado pela TV e seus subprodutos (vídeos,Internet e outros).Os psicoterapeutas mais responsáveis, que estudam com profundidade o cérebro e a mente, bem como os que atendem, diariamente, pessoas mentalmente prejudicadas pelas aberrações televisionadas, sabem muito bem porque se deve condenar, com veemência muitos programas, filmes e publicidades veiculados pela televisão. Temos vistos alguns debates e ouvido opiniões sobre este assunto na Imprensa e na TV, quando muitas pessoas defendem com entusiasmo qualquer tipo de programação das emissoras.

Afirmam essas pessoas que não vêem nenhuma inconveniência ou interferência negativa no desenvolvimento emocional e na personalidade dos telespectadores; mesmo em infanto-juvenis! Outros desses defensores, com candura e  ingenuidade angelicais, afirmam que "não tem nada a ver" que criancinhas assistam as cenas de nudismo,erotismo e violência que lhes são, habitualmente, apresentadas no vídeo. Resta tecer alguns comentários e análise sobre essas pessoas tão "liberais" para com os nossos filhos. Quase sempre esse polêmico e grave problema é discutido e manipulado entre aqueles que dependem da Televisão para os seus sustentos ou dela necessitam para a sua autopromoção, como os donos de Emissoras de TV e Rádio, diretores e funcionários delas; bem como os apresentadores de programas, autores de novelas, artistas, comerciantes, publicitários, fabricantes de aparelhos de TV; enfim, todos aqueles que estão ligados e dependem dos meios condicionadores de hábitos e costumes. De modo geral, tais pessoas não têm competência para opinarem sobre patologias mentais ( e, quando têm, são vítimas omissas do poder da Mídia ou interessados em promover suas auto-imagens). Assim sendo, é natural que defendam e se identifiquem com a TV e seus associados. É o mesmo que promover-se um amplo debate sobre a utilidade da fabricação de armas, a convidando para a discussão os representantes da indústria bélica e os  usuários de armas.Ultimamente (em, 1990), as emissoras descobriram um filão de ouro, que são os programas intitulados de "infantis". Eles superlotam os horários das crianças, aproveitando-se da facilidade em condicionar as suas frágeis mentes, a fim de vender os mais variados produtos de alimentos artificiais, até os mais falsos artifícios da Moda. Deterioram a alimentação das crianças e afetam a qualidade de vida delas e de toda a família. Discos, fitas, brinquedos; quase sempre simbolizando violência alienígena; revistinhas, hábitos nocivos importados de países moralmente decadentes, etc. Toda essa quinquilharia inútil e nociva é vendida na esteira do sucesso de tais programas infanto-comerciais, cujos apresentadores não raro, foram, são ou vão ser modelos eróticos de revistas que vão deleitar os irresponsáveis pais dessas crianças que serão precocemente erotizadas por esses modelos de permissividade. Será muito promissora a safra de "ninfetas" que futuramente  estarão se prostituíndo e se exibindo nuas, nessas Revistas, Jornais,Vídeos, Filmes e em tantos outros veículos de prostituição e promiscuidade. E os Pais, continuarão a chorar por seus filhos!!!  Muitos outros ainda defendem a TV, por desconhecerem os efeitos, no cérebro, produzidos pela estimulação negativa que recai sobre as pessoas, cujas personalidades encontram-se em formação e,naquelas, que a tem deteriorada. De todos os defensores da Televisão, o que mais surpreende são as opiniões de certos profissionais da área da saúde mental e da educação. Eles deveriam conhecer a trajetória dos estímulos veiculados pelo Vídeo, no cérebro do telespectador. Deveriam conhecer as conseqüências negativas provocadas pelas cenas de violência e erotismo no sistema límbico e hipotálamo-hipofisário, para a produção da mente (mentalidade) infantil. Deveriam saber sobre os famosos experimentos de Albert Bandura e colaboradores, na Universidade de Stanford. Bandura expôs uma turma de crianças do pré-escolar à cenas de agressividade no vídeo, por 30 minutos; ao mesmo tempo que mostrava a outro grupo de crianças, da mesma idade, cenas neutras, sem agressividade. Após as exposições dos filmes, as crianças que haviam visto as imagens de cenas agressivas, apresentaram comportamentos agressivos e violentos. As outras crianças que tinham visto o filme neutro e sem cenas de agressão; não apresentaram nenhum sinal de agressividade, após o experimento. Albert Bandura tornou-se conhecido no meio acadêmico e educacional, por essa clara e científica demonstração de que grande parte do que uma criança aprende é resultado da observação e imitação do comportamento de outros, de quem toma por modelo, de forma inconsciente. Posteriormente, outros pesquisadores validaram os resultados de Bandura, em demais experimentos similares. Tenho duas explicações para as afirmativas tão ingênuas (e permissivas) que a programação televisiva "não tem nada a ver" com a formação da personalidade: tais pessoas nada sabem de Biologia cerebral ( o que é inconcebível na formação do Psicoterapeuta; já que o cérebro é o substrato material da conduta animal) ou elas buscam a auto-promoção, desempenhando o papel de "bonzinhos","legais","liberais" e de "não-caretas", para uma imensa platéia de imaturos e permissivos que esperam ouvir isso mesmo delas. Seria bom para toda a Sociedade que esses "especialistas liberais" revejam os seus estudos de Neuro e Psicobiologia, a fim de recordarem os ensinamentos ministrados nos seus cursos, sobre a estimulação neuro-sensoriais. As primeiras experiências sensoriais na infância são tão importantes e marcantes que tais impressões são as últimas a sobreviverem quando o cérebro se deteriora na senilidade, nos traumatismos físicos, mentais e quando ocorre a morte. São elas, também, as primeiras a voltarem à recordação, após períodos de amnésia. Comprova-se, assim, quão fortes e persistentes são as imagens e impressões vivenciadas,presenciadas e gravadas na infância. Finalmente, desejamos alertar os Pais e todos aqueles envolvidos na educação e formação da personalidade humana, sobre os graves problemas psicossomáticos, sociais e econômicos que irão enfrentar, cedo ou tarde, caso continuem permitindo que os seus filhos e educandos continuem se desestruturando com os péssimos exemplos mostrados pela Televisão, Filmes, Vídeos, Revistas, Internet (esta, a pior de todos) e outros veículos que veicularem e divulgarem cenas e ensinamentos desestruturadores da personalidade. Os pais, educadores, governantes, autoridades e políticos, não devem se deixar levar pelas opiniões de quem não tem competência para discutirem, seriamente, tão grave problema; ou  de comerciantes,empresários , industriais e funcionários da Mídia ou que dela dependem para venderem seus produtos ou imagens. Melhor seria que os aparelhos de televisão fossem desligados na maioria de seus programas, dando lugar a um intercâmbio mais salutar entre os membros da Família. Melhor seria que esses meios de comunicação estimulassem os bons costumes, como a honestidade, a moral, a dignidade, o amor entre as pessoas; divulgando novelas e programas educativos com os bons exemplos dos Homens que dignificaram a nossa Espécie, como os heróis, mártires e benfeitores da humanidade; ao invés de exemplificarem e imporem  os péssimos exemplos do lixo do comportamento humano que diariamente vemos e que nos faz vítimas indefesas , desses produtores, em massa, de imaturos que  martirizam e destroem. Finalmente, compare o que aqui foi dito e publicado há mais de duas  décadas, com o que hoje vivenciamos ! Imagine como será o comportamento  da maioria das pessoas, nas próximas décadas, com o acesso ilimitado de todos às mensagens,imagens e modelos expostos na Internet ! Procure, em qualquer Site de "procura", o que quiser saber sobre: como se prostituir, como se deve matar, como se deve roubar, como se deve corromper,etc. etc.! Neles, encontrará toda espécie de ensinamentos, desde os mais úteis à Sociedade; até os mais aprimorados instrumentos pedagógicos para a prática da promiscuidade física e mental. Pais e Educadores! Querem continuar sofrendo, chorando e se empobrecendo com as mazelas e pragas que os seus filhos estão provocando em si mesmos e nos  filhos dos outros pais  e na sociedade; continuem a deixá-los expostos ao condicionamento perverso e nocivo dos meios de comunicação; não supervisionando a conduta das suas crianças, não lhes dando bons exemplos de decência, honestidade e cidadania; bem como, permitindo que eles façam o que quiserem, com receios de lhes causarem "traumas"!

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NOTA.
Este Texto foi escrito e divulgado em Jornais do Estado de Minas Gerais, principalmente pelo "O Estado de Minas", no Editorial da Jornalista e editora Anna Marina Siqueira, em agosto de 1990. Também foi divulgado em livros, Anais e citações diversas, inclusive no exterior. A sua reedição vale a pena, a fim de compararmos esse experimento de mais de 20 anos passados, com o nosso comportamento atual.



(Artigonal SC #3045572)